7 competências socioemocionais para pôr em prática em tempos de pandemia

Se já havia um comprometimento por parte dos educadores para um olhar diferenciado com cada aluno, agora cabe um olhar mais abrangente, vislumbrando também a família

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Conhecimentos como resiliência e empatia devem ser postos em prática por educadores para ampliar o olhar para o aluno e sua família neste momento de pandemia
Estamos entrando nos lares de forma quase física, pois não há outra forma de darmos aula no momento. E, nossa entrada, exige de nós, percepção apurada de todo o contexto envolvido
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A pandemia causada pelo Covid-19 tem abalado mundialmente as estruturas de diferentes países e atingido fortemente a economia desses. Dias de tensão econômica e política afligem governantes de esferas distintas em todo o planeta. Há de se considerar que a crise, seja ela em qualquer grandeza avaliada, tem atingido uniformemente as faixas etárias das populações envolvidas. 

Com essa instabilidade instituída nos mercados internacionais e nacional, a vulnerabilidade econômica de inúmeras famílias também é preocupante. Taxa de desemprego aumentando, carga horária e salários diminuídos, pressão e mais pressão. Consequentemente o emocional é afetado na maioria esmagadora dos casos.

O efeito é em cascata e chega até nós, educadores. Seja como membros desse ecossistema mundial, seja como mediadores do conhecimento desses estudantes inseridos nesse contexto. A própria situação de isolamento social já provocaria um abalo emocional, e somado à ela, a pressão econômica citada acima sobre a família, ou sobre seus alicerces sustentantes (seja pai, mãe ou quem viabiliza o sustento financeiro).

Leia também: Trabalhando as competências socioemocionais na escola

O momento exige de nós educadores por excelência, um entendimento desse quadro geral ao prepararmos nossas aulas virtuais, ao preencher os planos de ação ou qualquer outro ato docente. Enxergarmos fora da caixa pedagogicamente, nos exige também, enxergarmos além do físico e cognitivo. Enxergar o emocional dos lares e pessoas que lá estão. Se antes, já havia esse comprometimento de nossa parte no olhar diferenciado com cada aluno, agora nos cabe um olhar mais abrangente, vislumbrando também a família. Estamos entrando nos lares de forma quase física, pois não há outra forma de darmos aula no momento. E, nossa entrada, exige de nós, percepção apurada de todo o contexto envolvido.

Competências nada mais são do conhecimento em ação. Chegou a hora de pôr em prática conhecimentos acerca de conceitos como resiliência, empatia, tolerância, responsabilidade, ousadia, entusiasmo e segurança. Poderíamos citar outras virtudes ou habilidades socioemocionais tão pertinentes ao contexto do isolamento social e da pandemia, contudo seguem abaixo algumas reflexões para nosso crescimento socioemocional no que tange a:

  • Resiliência: Você sabia que quem possui maior resiliência produz melhor, é mais focado e mais feliz? Aqueles que respondem às dificuldades da vida com maior rapidez e flexibilidade, saem de um momento de crise com muito mais facilidade do que uma pessoa com baixa taxa de resiliência, pois estas tendem a ficar presas no sofrimento ou na dificuldade que está passando. E estamos hoje no meio de uma crise. Não lamente, levante a cabeça e avance!
  • Empatia: É a capacidade de se colocar no lugar do outro, de tentar enxergar a situação sob o prisma do outro sujeito. Sabemos que temos conteúdos e mais conteúdos a trabalhar, mas já se imaginou no lugar desses pais com as crianças em casa e esse volume todo de atividades? Seja compreensivo, flexível até. Não podemos esperar que pais exerçam o papel de professores. O que precisamos no momento é de parceria, mas não inversão de papeis.
  • Tolerância: é preciso permitir que as pessoas cresçam, sendo pacientes com seus erros, reconhecendo que existem níveis diferentes de desenvolvimento. A maturidade é pessoal e processual em nossa vida. Aceite as pessoas como elas são e a partir daí inicia-se a melhor jornada de todas: o relacionamento!
  • Responsabilidade: Reconhecendo e cumprindo aquilo que é esperado para mim. Quando tomamos uma decisão e a executamos, somos responsáveis por ela. Sendo responsáveis mantemos o compromisso que fizemos. Cumpra o designado por sua escola, para sua função e surpreenda. A educação do país precisa de você professor!
  • Ousadia: Demonstre valentia, arrojo na tomada de  suas decisões. Seja inovador e destemido. Aprenda a editar vídeos, dê aulas com recursos diferenciados, não tenha medo da mudança.
  • Entusiasmo: Expresse alegria em cada tarefa dando o seu melhor. Demonstre comprometimento, alegria e animação. Os alunos precisam disso nesse momento ímpar.
  • Segurança: demonstre aos pais e alunos confiança que a escola quer o melhor para eles e que os professores são o porto seguro nesse momento de instabilidade. Diga que esse momento vai passar e que ficaremos bem. Palavras de afirmação são sempre bem-vindas.

Sairemos mais fortes, mais humanizados e mais disruptivos do que nunca. Não permita que o comodismo ou o medo governem seus atos. Somos muito mais do que professores. Somos educadores além do nosso tempo!

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