Cordão com desenhos de girassol vira símbolo nacional para pessoas com deficiências invisíveis

O produtor de conteúdo Niltinho Ricardo explica qual é a importância desta lei e quais condições ela abrange

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Cordão de girassol vira símbolo nacional para pessoas com deficiências invisíveis; foto de um cordão de fita com desenhos de girassol
Autismo, câncer e AIDS são algumas das deficiências invisíveis abrangidas/ Foto: Agência Senado (Roberto Suguino)
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Agora é lei! O governo federal formalizou o uso do cordão de girassol como forma de identificação de pessoas com deficiências invisíveis. Mas, o que são doenças invisíveis e qual a importância de uma lei como essa?

As deficiências invisíveis ou ocultas são aquelas que podem não ser percebidas em um primeiro momento, podendo ser neurológicas, cognitivas, de neurodesenvolvimento, físicas e incluem também dificuldades sensoriais e de processamento. Entre elas temos as deficiências visuais, auditivas, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), câncer, AIDS, doenças renais, transplantados, entre outras dificuldades.

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Além da própria deficiência ou transtorno, que gera algum tipo de limitação, essas pessoas, muitas vezes, enfrentam barreiras em seu cotidiano devido à falta de compreensão da sociedade. O cordão de fita com desenhos de girassol tem o objetivo de auxiliar na identificação dessas pessoas e poder garantir suporte, direitos e respeito para elas, além de evitar situações constrangedoras.

De acordo com a Lei 14.624, sancionada no dia 17 de julho de 2023, que institui o uso do cordão de fita com desenhos de girassóis para a identificação de pessoas com deficiências ocultas, o uso do acessório não é obrigatório, e mesmo que a pessoa com deficiência não o esteja usando, ela continuará tendo os seus direitos garantidos.

Contudo, a lei também explica que usar o cordão de girassol não irá substituir a apresentação de um documento comprobatório da deficiência quando for solicitado, para que o uso do acessório não seja usado de forma indevida por pessoas que não são deficientes ou que não estejam acompanhando uma pessoa com deficiência invisível.

Meu filho mais velho é uma criança autista e escrevo esse texto para que pais e mães de crianças típicas, ou seja, pais de crianças que não possuem uma deficiência, síndrome e/ou transtorno, possam reconhecer esse acessório e identificar o motivo por que determinado adulto ou criança receba um atendimento preferencial em um estabelecimento, por exemplo.

Mas, acima de tudo, tomar conhecimento do assunto é importante para poder mostrar para as pessoas que quem usa o cordão de girassol pode precisar de apoio, um pouco mais de tempo e de muita empatia.

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

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