Juliana Sodré
Atenção, pais e mães com filhos nas escolas particulares de Belo Horizonte. Cerca de 30 escolas estão anunciando adesão à paralisação proposta pelo sindicato dos professores – o Sinpro – amanhã, dia 19 de abril, quarta-feira, de acordo com a entidade. A categoria rejeitou as mudanças propostas pelo Sinep – Sindicato das Escolas Patronais – na última assembleia e vai se reunir nesta quinta, às 10h, para decidir os rumos das reivindicações. A Canguru teve acesso à lista das escolas, divulgadas pelo sindicato, e já são 33 confirmadas. Cerca de 12 mil alunos devem ficar sem aulas nesta quinta-feira.
Confira a lista divulgada pelo sindicato:
1. Izabela Hendrix
2. Imaculada
3. Marista
4. Loyola
5. São Tomás de Aquino
6. Santa Maria – Coréu
7. Santa Maria – Floresta
8. Santa Matia – Contagem
9. Santa Maria – Cidade Nova (manhã)
10. Santa Maria – Nova Suiça (manhã)
11. Santa Maria – Medianeira
12. Santa Maria – Nova Lima (manhã)
13. Sagrado Coração de Maria
14. Magnum – Cidade Nova
15. Padre Machado
16. Balão Vermelho
17. Colégio Arnaldo – Anchieta
18. Colégio Arnaldo – Funcionários
19. Eccellente – Pampulha
20. Eccellente – Palmares
21. Eccellente – Ouro Preto
22. Eccellente – Sion
23. Colégio Batista (séries finais – Floresta)
24. Bernoulli – Pré-Vestibular
25. Bernoulli – Fundamental
26. Escola de Formação Gerencial do SEBRAE
27. Colégio Frederico Ozanan (manhã)
28. Colégio Nortear – Lagoa dos Ingleses
29. Colégio Montessori
30. Pitágoras – Cidade Jardim
31. Escola da Serra
32. Casa Viva
33. Sistema de Ensino Piaget
A reportagem ainda não conseguiu confirmar com todas as escolas sobre a adesão informada pelo sindicato. A Canguru confirmou que haverá mesmo paralisação no Colégio Loyola e no Magnum. Já a assessoria de imprensa das unidades do Colégio Santa Maria afirmou que os professores dessas unidades não vão cruzar os braços. Acompanhe nossa cobertura, com atualizações ao longo de quinta-feira.
Reivindicações
O Sindicato dos Professores afirma que a paralisação não é só por aumento. A categoria quer a valorização do tempo de dedicação dos professoras às escolas, garantia de bolsa escolar para os filhos, bolsas na área da saúde e garantia do piso salarial das escolas (valerá só o piso salarial da categoria, ou seja, acabará a isonomia salarial dentro das escolas). Além disso o sindicato alega que as escolas pretendem colocar fim do direito da representação sindical e implantação do contrato de trabalho intermitente.
Outro lado
Em nota de esclarecimento divulgada hoje, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP/MG) alega que a paralisação ou greve, direitos previstos em lei, só se validam quando há intransigência por alguma das partes negociadas, situação que não ocorreu por parte do SINEP/MG. De acordo com a nota, “as negociações estão no início, com a data-base prorrogada até o dia 30 de abril, portanto, não havendo falta de entendimento entre as partes. Por isso, qualquer paralisação não é legítima”.
Texto atualizado às 15h46