Bebel Soares está lançando o seu primeiro livro, “Sem paraíso e sem maçã”, pela editora Literare Books. O livro traz relatos de Bebel sobre si mesma, sobre sua trajetória e sua luta contra o câncer e a depressão, misturados a histórias marcantes que foram compartilhadas no grupo de apoio às mães que ela criou no Facebook, o “Padecendo no Paraíso”. Por quase uma década, o grupo reuniu dúvidas, dilemas e experiências pessoais de mães que conversavam e ajudavam umas as outras. Ele contava com 10 mil membros quando Bebel decidiu arquivá-lo, no início de junho. “Sem paraíso e sem maçã” entrou para a lista dos livros mais vendidos da Amazon, na categoria “Maternidade, paternidade e relacionamentos”.
Durante o lançamento virtual do “Sem paraíso e sem maçã”, que ocorreu na última quarta-feira (8), ao vivo, no canal da Canguru News no Youtube, Bebel foi entrevistada pela nossa publisher, a jornalista Ivana Moreira, e deu detalhes sobre o processo de escrever o livro. Segundo ela, a ideia para a obra veio de uma palestra que ela fez, na qual falou sobre si mesma e sobre o “Padecendo”. Uma amiga sugeriu que aquilo renderia um livro. “Muita coisa que eu contei no livro, eu já tinha falado no grupo, em comentários de posts. E tem muita coisa que eu não tinha contado”, explicou a autora.
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“Na verdade, eu comecei a escrever esse livro pra mim. Quando eu era adolescente eu tinha mania de escrever diário e eu comecei a escrever como se fosse um diário, praticamente. Revisando tudo. Eu peguei coisas que eu achava importantes para mim”, afirmou Bebel, no evento de lançamento virtual do livro.
A autora escreveu os textos que compõe o livro separadamente, mas quis colocá-los em uma ordem que fizesse sentido. “Eu queria que fosse uma leitura fácil, gostosa, e que uma coisa ligasse com a outra. Um texto liga com o outro, tem uma sequência, mas, ao mesmo tempo, se uma pessoa abrir o livro em um capítulo X, ela também vai entender sem precisar ler o resto”, explicou.
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Bebel, que também assina as ilustrações do livro, disse que, uma vez que começou a escrever, foi difícil parar. “Eu tinha que escrever 100 páginas, eu escrevi 200. Eu falei ‘eu tenho que parar esse livro’. Eu não terminei, eu parei. Porque se fosse continuar, eu estaria escrevendo até hoje”, declarou. “Eu falo com a minha terapeuta que [escrever o livro] foi uma terapia, uma coisa de tirar um peso que eu tinha. Depois que eu terminei de escrever e comecei a desenhar, me senti muito mais leve. Porque tinha coisa que faz parte da vida, mas que a gente não pode ficar carregando. Algumas coisas pesadas, algumas coisas difíceis”, revelou a autora.
“Sem paraíso e sem maçã” está a venda nas principais livrarias do país. Também é possível comprar o e-book.
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