Sindicato de escolas privadas orienta instituições a não reajustar valor da rematrícula

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Escolas privadas de São Paulo têm sido orientadas a não reajustar o valor da rematrícula para 2021. O Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo) afirma que a sugestão leva em conta a situação de crise financeira enfrentada por muitas famílias devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus.

A partir de setembro, muitas escolas já começam a tratar com os pais sobre a reserva de vaga para o ano seguinte. Já o valor das mensalidades costuma ser definido em dezembro e caso os pais não concordarem com o reajuste, podem receber o dinheiro da rematrícula de volta.

Segundo o sindicato , alterar os valores agora seria precipitado. “A orientação às escolas é que façam a rematrícula, mandem o preço atual e digam que até 15 de dezembro, última data para efetuar o valor da mensalidade escolar, será reavaliado. Estamos com muito medo dessa inflação que está vindo”, afirmou o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro à rádio Bandeirantes.

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O empresário Paulo Henrique, da região de Campinas, recebeu a carta com a rematrícula no início do mês. Primeiro, tomou um susto, depois viu que o valor não foi reajustado. “Está um pouco difícil esse ano, devido a pandemia, já que caíram nossos rendimentos. Vou dividir o valor em quatro cheques e eles mantiveram o valor da mensalidade. Ficou bom pra todo mundo, tanto pra mim quanto para a escola. Vou conseguir manter os meus filhos estudando”, disse o empresário à rádio.

Advogados têm orientado as famílias a negociar os valores com a escola, inclusive, parcelando a quantia estipulada no contrato. Unir vários pais interessados pode ser uma maneira de aumentar a força de negociação com a instituição.

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