Por Rafaela Matias
Os professores das escolas particulares de Belo Horizonte decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. O anúncio foi feito no início da noite da terça-feira (24) e deverá valer já a partir de amanhã(25), para as escolas que optarem pela adesão.
O sindicato havia declarado estado de greve desde a última quinta-feira (19) e realizou uma assembleia no fim da tarde de hoje, às 17h, para definir quais seriam os rumos da paralisação. Após concluir junto aos participantes que não houve receptividade patronal acerca das reivindicações da categoria, a assembleia decidiu por unanimidade manter a paralisação por tempo indeterminado. “Vamos ficar parados até que as discussões sejam retomadas com a nossa pauta”, afirmou Valéria Morato, presidente do Sinpro.
O objetivo da categoria é que o sindicato patronal receba a contraproposta para a convenção coletiva. Além do aumento salarial. a categoria briga pela valorização do tempo de dedicação dos professores às escolas, garantia de bolsa escolar para os filhos, bolsas na área da saúde e garantia do piso salarial das escolas.
Na última quinta-feira, a Canguru entrou em contato com todas as escolas da lista previamente divulgada sobre a adesão e constatou que 20 delas haviam aderido à paralisação, funcionando com o expediente reduzido ou encerrando por completo as atividades. Veja a lista.
O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais convocou diretores e representantes legais das escolas particulares a participar nesta quarta-feira (25) de mais uma assembleia geral da categoria para deliberar sobre o futuro das negociações.
OUTRO LADO
Em notas divulgada no final da manhã desta quarta-feira (25), o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais repudiou a greve e diz que propõe a continuidade das bolsas de estudos, o adicional por tempo de serviço, o intervalo interjornada, mas que mesmo insistindo, a nova proposta não foi aceita pelo SINPROMG. Em assembleia nesta manhã, os diretores das escolas decidiram por apresentar uma nova contrapropost, mais flexível.
A nota informa ainda que Levantamento feito pelo SINEP/MG concluiu que apenas 2 instituições de ensino em Belo Horizonte e Contagem aderiram à paralisação de hoje (25/04), o que representa 0,2% de um total de 970 instituições.
Eles ainda ressaltam que de acordo com a lei 7783/89, a chamada “Lei de Greve” prevê que as paralisações aconteçam quando “frustrada a negociação” entre as duas partes. Fato que para eles, não está acontecendo.
Texto atualizado dia 25/04, quinta-feira, às 12h18.
