5 fake news sobre a saúde das crianças

Hospital lança campanha para combater informações falsas que podem prejudicar o desenvolvimento saudável dos pequenos

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Bebê come frutas no cadeirão
O açúcar deve ser evitado principalmente por crianças pequenas; frutas são mais indicadas do que bebidas adoçadas
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Na era dos aplicativos de mensagens instantâneas, em que fake news circulam com facilidade e induzem as pessoas muitas vezes a acreditar em informações falsas, é essencial tomar cuidado antes de compartilhar qualquer conteúdo. E quando o assunto é a saúde das crianças, a atenção deve ser redobrada – a divulgação de mensagens falsas sobre os supostos prejuízos da vacina é um dos temas que causou muita confusão na pandemia. E para além desse assunto, há outras crenças disseminadas que podem levantar dúvidas e deixar mães e pais confusos.

“A disseminação de informações falsas causam reais prejuízos à saúde, pois doenças extintas ou quase extintas no Brasil como a poliomielite e o sarampo podem voltar a aparecer em decorrência da não vacinação das crianças”, alerta Daniella Bomfim, infectologista e diretora técnica do Sabará Hospital Infantil.  

A expressão fake news significa informação falsa, transmitida ou publicada como notícia. O volume desse conteúdo falso é tão grande que leva a mudar o comportamento da população em áreas como a saúde, prejudicando profissionais e pacientes.  

Na tentativa de combater tais práticas e trazer esclarecimentos a pais e responsáveis sobre a saúde das crianças, o Sabará Hospital Infantil aproveitou o Dia da Mentira, celebrado em 1º de abril, para lançar uma campanha contra as fake news na pediatria. Abaixo, especialistas do hospital esclarecem dúvidas sobre doenças respiratórias, vacinação, alimentação e amamentação. Confira.


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Vacinas trazem mais males do que benefícios às crianças 

“Fake. Essa foi uma das notícias falsas mais republicadas nos últimos anos. Por causa disso, milhares de crianças estão deixando de se vacinar contra doenças que já estavam controladas no Brasil como o sarampo ou a paralisia infantil. “Vacinem suas crianças! A vacinação é a maneira mais efetiva de reduzir doenças graves que podem provocar mortes ou sequelas graves”, afirma o gerente médico e infectologista do Sabará Hospital Infantil, Francisco Ivanildo de Oliveira Junior. 

Comer e entrar na água pode levar a criança à morte 

“Fake. Não é o entrar na água que causa qualquer tipo de problema de digestão e sim os exercícios e as brincadeiras que ocorrem dentro da piscina. O organismo precisa de um tempo para realizar a digestão. Sendo assim, se entrar numa piscina e ficar quietinha, a criança não terá problema. Agora se ela entrar na água, pular, nadar ou sair correndo, após se alimentar pode sim ter complicações”, explica Caroline Peev, coordenadora do pronto-socorro do hospital.  

Depois de um tempo o leite materno fica fraco e precisa ser complementado com fórmulas. 

“Fake. Desde que a mãe tenha uma alimentação saudável e balanceada, o leite materno se adapta a todas as necessidades que o bebê precisa. Mesmo com as crianças internadas na UTI aqui no Sabará, nós procuramos incentivar as mães a amamentarem seus filhos para melhor recuperação do bebê “, explica Denise Madureira, coordenadora do serviço de fonoaudiologia da instituição. 

Beijo no rosto e nas mãos do bebê podem ser dados sem nenhuma problema  

“Fake. Os beijos em bebês podem transmitir vírus e bactérias através do toque pele a pele e/ou pela inalação de partículas contaminadas (gotículas ou aerossóis). Esses agentes podem causar uma série de doenças, como gripes, resfriados, amigdalites, mononucleose infecciosa, pneumonias, entre outras. Quanto menor a criança, maior o risco de infecção, pois, nessa fase, ainda não receberam todas as vacinas necessárias para protegê-los e, na maioria das vezes, não se expuseram a esses agentes previamente, o que os torna susceptíveis”, afirma a infectologista Juliana Framil. 

Chás e sucos podem ser adoçados e fornecidos para crianças de qualquer idade 

“Fake. O excesso de açúcar não é indicado em qualquer idade, mas ele é ainda mais nocivo em crianças abaixo dos dois anos. A inserção desse ingrediente pode causar cáries precocemente nas crianças, além de contribuir para o surgimento da obesidade infantil. O ideal é prorrogar ao máximo a introdução do açúcar na dieta infantil, usando apenas os açúcares “bons” como os encontrados nas frutas”, diz a nutricionista Fernanda Rabelo. 

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