As 5 melhores empresas para mães e pais trabalharem

A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e o instituto Great Place to Work (GPTW) criaram um ranking para identificar quais e quão amigáveis são as empresas com colaboradores que têm filhos. Confira as vencedoras 2020

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Melhores empresas na atenção à primeira infância; foto tirada do alto mostra mãe, pai e dois filhos deitados no chão com as cabeças encostadas formando uma cruz
Buscador de educadores parentais
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Apoiar de forma consistente funcionários com filhos pequenos, principalmente os que estão na primeira infância, pode contribuir para um ambiente de trabalho mais produtivo e criar crianças que terão sucesso na vida adulta, segundo afirmam os mais diversos especialistas de áreas como educação, saúde e economia. Ainda assim, são poucas as empresas que dão suporte a mães e pais trabalhadores para que consigam equilibrar com êxito as demandas profissionais, domésticas e dos filhos. Isso prejudica, em especial, as famílias com crianças pequenas. E, na impossibilidade de dar a devida atenção aos filhos, muitas mães deixam de trabalhar logo após o fim da licença maternidade ou ao longo dos dois primeiros anos de vida do bebê, como mostrou a pesquisa Think-Tank, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). E com a pandemia, essa situação se agravou: estudo feito pela consultoria americana McKinsey revelou que 1 a cada 4 mães pensa em pedir demissão do emprego ou reduzir a jornada por causa da sobrecarga de trabalho.

No Brasil, ainda é pouco conhecido o conceito family friendly, que define as organizações preocupadas em promover mudanças a favor do bem-estar das famílias, mas aos poucos o termo vem ganhando espaço. Para ajudar na disseminação dessas empresas e suas práticas, foi criado em 2019 o ranking das “Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância”. Criado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que atua pela causa da primeira infância, e pelo instituto Great Place to Work (GPTW), autoridade mundial em avaliar a qualidade do ambiente de trabalho, o prêmio busca medir quão amigáveis as empresas são com os colaboradores que são pais e mães. 

Esta semana, ocorreu a premiação da segunda edição do evento, quando foram divulgadas as 5 vencedoras de um total de 97 inscritas, durante o 24º prêmio de Melhores Empresas para Trabalhar. São elas: Cisco, Johnson & Johnson, Vivo, Takeda e Santander Brasil.

“São organizações que foram além para adotar ações que colocam em primeiro lugar o bem-estar das crianças e das famílias, buscando um ambiente que proporcione condições para que os funcionários possam focar em criar seus filhos com tempo, amor e dedicação”, afirma Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

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As premiadas 2020 foram eleitas por garantir a seus funcionários cinco condições mínimas:

  • Conceder licença-maternidade de pelo menos 6 meses;
  • Conceder licença-paternidade de pelo menos 20 dias;
  • Ter uma sala de lactação permanente e dedicada exclusivamente para este uso;
  • Conceder auxílio creche em valor maior do que o previsto em lei;
  • Conceder auxílio creche para mães e pais. 

De acordo com a Fundação, cumprir os cinco requisitos propostos é de grande valia, mas essas empresas também mostram outros pontos que indicam uma preocupação com a primeira infância, como baixa rotatividade, oferecer bolsas de estudo, mentorias e um profissional dedicado à promover a diversidade. 

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Empresas com boas práticas podem influenciar outras a fazer o mesmo

Além de oferecer benefícios e suporte aos seus funcionários, as empresas que colocam a primeira infância como algo importante para sua organização são capazes de influenciar outras empresas do setor. Mariana relata que “grandes empresas têm um poder de influência proporcional ao seu alcance econômico. Nesse sentido, elas ainda podem ampliar esse poder, levando a causa da primeira infância para diversos segmentos da sociedade”. 

Uma contribuição e tanto frente ao baixo número que dá atenção ao tema: apenas 13% das organizações certificadas pelo selo Great Place to Work Brasil – que destaca aquelas com um excelente ambiente de trabalho pelas ações internas desenvolvidas – relataram ter ações visando a atenção à primeira infância. 

“Grandes empresas têm um poder de influência proporcional ao seu alcance econômico. Nesse sentido, elas ainda podem ampliar esse poder, levando a causa da primeira infância para diversos segmentos da sociedade

Mariana Luz, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

“A adoção de medidas para equilibrar o trabalho e o cuidado com os filhos esbarra na ideia de que isso demanda recursos humanos e financeiros, sem trazer retorno imediato nos negócios. Estudos mostram, no entanto, que investimento corporativo na primeira infância melhora a imagem da companhia, aumenta a produtividade e ajuda a reter talentos”, afirma a CEO da Fundação. 

Ela ressalta que as boas iniciativas têm de ser efetivamente colocadas em prática até que se transformem em uma cultura interna. “A primeira questão é sair do discurso para a ação, que é criar políticas. E a segunda fase é zelar para que a política vire prática respeitada na companhia”, avalia Mariana, salientando ainda a necessidade do ambiente corporativo deixar os funcionários confortáveis em usufruir dos benefícios. A seguir, detalhamos o que as empresas vencedoras fazem para dar suporte a mães e pais trabalhadores. Confira.

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Saiba mais sobre melhores empresas de apoio à infância

Quais são as políticas e benefícios oferecidos às famílias pelas empresas vencedoras de 2020:

1. Cisco (setor de tecnologia)

A primeira colocada do ranking conquistou o primeiro lugar oferecendo suporte tanto para pais quanto para mães quanto o assunto são crianças. Um exemplo são as licenças maternidade e paternidade, que consideram o cuidador principal, independente do gênero. Também há salas de amamentação e o conceito de “Anywhere Office”, com ferramentas que permitem aos colaboradores trabalharem de qualquer lugar de forma mais integrada com as necessidades da vida pessoal e familiar. E aqueles que se tornam avós também ganham licença de até três dias para conhecerem e ajudarem com os netos. 

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2. Johnson & Johnson (produtos)

De acordo com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, colaboradores que são pais e mães têm suas questões que envolvem o apoio à infância vistas pelas áreas de Recursos Humanos e Diversidade & Inclusão. Além disso, “há um esforço consciente de dispor de uma liderança bem informada sobre os temas relacionados a iniciativas que contemplam a paternidade e a maternidade na companhia”, afirma o site da Fundação. 

3. Vivo (comunicações)

A empresa é participante do Programa Na Mão Certa, promovido pela ChildHood Brasil, que busca informar e impulsionar o tema da proteção da infância e da adolescência no país. A parceria com empresas privadas, como a Vivo, faz com que a pauta se tornem recorrente no meio, levando informação, estratégias e soluções para um maior apoio à primeira infância tanto para os funcionários da empresa quanto para outras organizações.

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4. Takeda (setor farmacêutico)

A empresa conta com Comitês de Diversidade, com participação dos colaboradores de diversas áreas da instituição. Dois desses comitês tratam do tema da primeira infância: o de gênero e o etário. A comunicação interna conta com informação e reivindicação de mudanças no cenário da parentalidade e apoio à família, além de eventos propostos para discutir temas pertinentes à pais e mães que trabalham na empresa. 

5. Santander Brasil (setor financeiro)

Auxílio-creche, auxílio babá, lactários nos centro administrativos, bolsas de estudos para crianças com deficiência intelectual. Esses são alguns dos suportes oferecidos pela empresa aqui no Brasil. Além disso, o tema de apoio à primeira infância é sempre discutido e visto como prioridade entre gestores da organização. 

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Por que é importante investir na primeira infância?

A primeira infância, que vai dos 0 aos 6 anos é o momento em que ocorrem as maiores transformações do ser humano. Por isso, nesse período, a atenção e presença dos pais é essencial para o desenvolvimento da criança. Entretanto, aliar a vida profissional com a pessoal, quando se tem filhos, pode ser um desafio. 

Um estudo do Insper mostrou que 38% das mulheres casadas, que não trabalhavam, gostariam de estar empregadas e não tinham com quem deixar os filhos. Por outro lado, entre os pais entrevistados, a percepção é de melhoria nas relações de trabalho com a chegada de filhos, havendo inclusive a perspectiva de aumento de salário que supriria uma maior responsabilidade familiar.

“Crianças que recebem estímulos apropriados durante a primeira fase da vida têm desenvolvimento emocional e cognitivo mais saudável, que se reflete nas realizações na fase adulta. Acreditamos que investir na primeira infância seja o melhor caminho para diminuirmos as desigualdades sociais e interrompermos o ciclo de pobreza das famílias brasileiras”, conclui a CEO da Fundação.

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Saiba mais sobre Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância de 2020.

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