Na educação parental, transformar propósito em negócio requer sonho e resiliência

Fernando Dolabela e Ivana Moreira ressaltam a importância de empreender com emoção e também conhecer os fracassos que levaram aos sucessos na construção do próprio negócio

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O fracasso é apenas o que vem antes do sucesso
Fernando Dolabela e Ivana Moreira lançaram o livro "O fracasso é –apenas – o que vem antes do sucesso" durante o 2º Congresso Internacional de Educação Parental / Divulgação
Buscador de educadores parentais
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“O empreendedorismo vem no kit do homo sapiens: todo mundo nasce com o potencial de ser empreendedor, assim como nasce com o potencial de falar. Todos esses potenciais devem ser desenvolvidos, e o empreendedorismo é desenvolvido através das conexões entre as pessoas”, explica Fernando Dolabela, organizador da metodologia Pedagogia Empreendedora, e criador dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do Brasil na educação básica e universitária e autor de 15 livros, dentre eles o best-seller “O Segredo de Luísa”.

No painel “Transformando propósito em negócio”, do segundo dia do 2° Congresso Internacional de Educação Parental, o autor abordou em conjunto com a jornalista e fundadora da Canguru News, Ivana Moreira, as possibilidades e benefícios de trabalhar o empreendedorismo desde a infância. Os dois falaram sobre a busca constante dos empreendedores por seu propósito e como é empreender na educação parental.

Empreendedorismo requer emoção – e pode ser coisa de criança

Segundo Dolabela, falar sobre empreendedorismo é também falar inteiramente sobre emoção, sobre sonhar com um propósito que se deseja atingir e fazê-lo se tornar realidade. “O empreendedorismo é um papo de emoção, como tudo na vida. O fundamento do empreendedorismo é a paixão. Se alguém quiser que os filhos sejam empreendedores, estimulem os filhos a desenvolver a emoção, pois a paixão não se compra, tem que ser descoberta”, diz. De acordo com ele, essa paixão e habilidade com o empreendedorismo é latente a todos nós, basta ser estimulada, assim como qualquer outra habilidade como a fala e a escrita: e é sobre isso que a educação empreendedora diz respeito.

Para Dolabela, é possível estimular o potencial empreendedor de cada um desde a infância. “A gente pensa no Brasil que as pessoas nascem aos 18 anos. Nada disso, nós temos que trabalhar com crianças. O alvo da educação empreendedora é a criança. Ao chegar na universidade, o aluno já deve estar com sua capacidade empreendedora desenvolvida”, explica. Fomentar o senso empreendedor nas crianças abrange o estímulo de diversas habilidades ligadas a criatividade, inovação, proatividade e busca por um propósito, o que reflete em crianças que sabem onde buscar seus objetivos e transformar sua realidade.

Ao falar sobre sua experiência como empreendedora, Ivana Moreira admitiu os próprios fracassos e sucessos. Segundo ela, empreender na educação parental foi possível devido à sua base familiar, incentivos e um propósito bem estabelecido: “Eu não ia estar nessa se não tivesse uma base familiar que me permitisse cair no buraco e continuar voando”. Ela completou: “Transformar propósito em negócio é a coisa mais difícil que já me propus a fazer na vida. Mas a educação parental precisa que alguns de nós, de preferência muitos, persistam”. 


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