Surfe também é coisa de criança! Conheça os benefícios para os pequenos

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    As aulas de surfe são divertidas, atraem crianças de todas as idades, trabalham força, condicionamento aeróbico e equilíbrio e propiciam contato com a natureza

    Por Luciana Ackermann

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    Vitória nas ondas: garotinha de 5 anos começou a fazer aulas com o padrasto nas férias de julho | Foto: Daniel Mello

     

    Ah, o verão… Já, já começa, oficialmente, a estação mais quente no ano. Nessa época, nada melhor que um mergulho no mar – refresca, revigora e traz uma deliciosa sensação de alma lavada. Que tal aproveitar a chegada das férias e o lindo cenário das praias cariocas e paulistas para oferecer uma atividade esportiva, lúdica e divertida para as crianças? Estamos falando das aulas de surfe! Seja nas praias do Rio – Arpoador, Barra da Tijuca e Recreio – ou no incrível litoral Norte de São Paulo – Baleia, Camburi e Maresias –, as aulas de surfe fazem o maior sucesso entre a criançada. Muito além de um simples exercício físico, o esporte proporciona relação íntima com a natureza, desperta respeito pelo mar e pelo meio ambiente e garante um enorme gasto de energia dos pequenos que, fatalmente, terão uma tranquila noite de sono no fim do dia.

    Isabelle Nalu, a Belinha das séries Nalu pelo Mundo e Nalu a Bordo, é uma das mais animadas representantes do surfe infantil: “É quase inexplicável. Quando se está no pico, é uma sensação de medo e, ao mesmo tempo, de alegria e emoção. Quando dropo (desço) a onda, é uma das sensações mais legais que existem no mundo! Automaticamente, pego velocidade para fazer rasgadas e as outras incríveis manobras”, detalhou a menina, que viaja o mundo com a família.

    Leia mais sobre a ‘Família Nalu’ AQUI.

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    Pato e Belinha surfam juntos | Divulgação

    A cinegrafista Fabiana Nigol, mãe de Belinha, conta que, aos 7 meses, a pequena já ficava brincando com o pai Everaldo “Pato” Teixeira na beira do mar, no Havaí. Até que um dia, com boias de braço, eles foram se aproximando cada vez mais das ondas maiores. “Quando me dei conta, lá vinham os dois surfando a primeira onda dela. Estava começando a dar os primeiros passos, veio toda feliz, ainda de fraldas. Depois disso, sempre surfou com o pai. Passou por algumas fases de medo, mas agora está supermotivada”, relata Fabiana, que incentiva a prática para todas as idades. “O surfe alegra as pessoas, traz energia. Uma criança que surfa está conectada com o meio ambiente, quer preservá-lo e fica mais afastada da febre dos celulares, da internet, dos jogos e da TV. Pais e mães, vocês se surpreenderão com os benefícios! Quem sabe não se animam a aprender também? Nunca é tarde para se divertir!”, recomenda Fabiana.

    Bruna Uzêda, mãe de Vitória, de 5 anos, conta que, nas férias de julho, a caçula ficou animadíssima ao ver crianças do tamanho dela nas aulas de surfe no projeto social Favela Surf Clube, no Arpoador, onde trabalha o padrasto da menina, Fabiano da Silva Pereira, o “Bicudo”, que tem mais de 20 anos de experiência no esporte. Como a menina estuda em período integral, começou a fazer as aulas nos finais de semana. “Ela desde sempre é uma menina que fala e brinca muito, mas hesitava, dizia que não conseguia fazer algumas coisas. Depois do surfe, isso mudou. Fico orgulhosa com essa transformação. Ela sai do mar com aquele sorriso enorme de felicidade”, relata Bruna.

    O professor e padrasto de Vitória diz que o fundamental é respeitar o tempo de cada criança, que, aos poucos, adquirem confiança e vão treinando o equilíbrio, a coordenação e a respiração. Para Miguel Akkari, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP), professor da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa e chefe do grupo de ortopedia e traumatologia pediátrica da Santa Casa em São Paulo, o surfe é uma opção muito saudável de esporte na primeira infância, com a vantagem de atrair o interesse dos pequenos por ser realizado num ambiente extremamente agradável: a natureza. “As crianças melhoram o condicionamento físico, ganham força muscular nos braços e nas pernas, treinam equilíbrio, aprendem a preservar a natureza e a respeitar os perigos de entrar no mar. Respeitando as regras de segurança, os riscos são mínimos”, avalia Akkari. Ele destaca a importância de se prestar atenção à hidratação, por causa da exposição excessiva ao sol, e ao uso permanente de protetor solar.

    Ivan Pacheco, especialista em medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), faz coro e afirma que o surfe garante impacto positivo na saúde das crianças, inclusive na saúde futura. Acrescenta que se trata de um esporte com baixa incidência de lesões, mas que toda prática esportiva carrega um possível risco.

     

     

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