Educação infantil: orientações para a volta às aulas de modo seguro

Fundação Maria Cecília Souto Vidigal faz recomendações aos municípios para o retorno das atividades de educação infantil de modo presencial

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Retorno das atividades de educação infantil: fundação faz sugestões para a volta às aulas; na imagem, sala de aula vazia mostra mesa e brinquedo de madeira
Volta às aulas deve ser escalonada, recebendo primeiro as crianças da pré-escola
Buscador de educadores parentais
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Com a divulgação dos planos de volta às aulas presenciais em diversas capitais brasileiras – que devem acompanhar medidas de flexibilização de isolamento social – entidades do setor de educação têm divulgado protocolos que garantam um retorno seguro à comunidade escolar em relação a aspectos sanitários, de higiene, saúde e prevenção da Covid-19.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, preparou 20 recomendações para o retorno às aulas, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elaborou as diretrizes para protocolo de retorno às aulas presenciais, o Instituto Rodrigo Mendes, os protocolos sobre educação inclusiva e a Sociedade Brasileira de Pediatria o relatório “Covid-19 e a volta às aulas” .

Nesta quinta-feira (7), a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que atua com foco na primeira infância, lançou o documento “Como voltar às atividades na educação infantil?”, que traz uma série de recomendações para auxiliar os gestores municipais.

O estudo sugere que a volta às aulas presenciais se dê de forma escalonada, recebendo primeiro as crianças da pré-escola – 4 e 5 anos – e só depois as da creche – 0 a 3 anos. Propõe também priorizar as famílias em vulnerabilidade social, aquelas que possuem trabalhadores da saúde ou outros serviços essenciais ou ainda as que têm crianças com deficiência, a serem avaliadas caso a caso.

Além disso, o documento sobre o retorno das atividades de educação infantil ressalta a importância dos educadores ficarem atentos ao estado emocional das crianças, abrindo espaço para que expressem seus sentimentos. E, entre muitos outros aspectos, diz que o “atendimento às necessidades das crianças pequenas, como atividades lúdicas e interativas, pode ser adaptado, mas é inegociável”.


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As crianças e a Covid-19

O relatório lembra que as crianças não fazem parte do grupo de risco da Covid-19 mas não são imunes ao vírus. Muitas são assintomáticas, outras apresentam sintomas leves, mas algumas podem apresentar um quadro mais grave. Ou seja, as crianças podem ser menos suscetíveis que os adultos a contrair a doença, mas nas escolas estão mais expostas ao vírus.

“Nesta complicada equação, não há como calcular o risco a que estão sujeitas, não só de contrair a doença mas também de servir como transmissores para outras crianças e para os adultos que as cercam, com imprevisíveis consequências”, relata o protocolo. Diante da ausência de vacinas contra a doença e num cenário de incertezas que a pandemia tem imposto, a intenção é dar subsídios para o planejamento da reabertura das escolas infantis com base nas experiências de outros países que já reabriram ou planejam reabrir suas escolas. A seguir, veja alguns dos principais tópicos para o retorno das atividades de educação infantil.


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Os mais velhos (de 4 e 5 anos) voltam primeiro

  • É considerado mais seguro que as crianças da pré-escola retornem primeiro às atividades presenciais, atendendo a duas questões centrais: recomendações de médicos apontam que, quanto mais velha a criança, maior a maturidade do sistema imunológico; e a legislação educacional traz obrigações de calendário para a pré-escola, etapa obrigatória, diferentemente da creche que é uma opção das famílias.

Adaptação dos espaços físicos

  • A necessidade de manter distanciamento social precisa ser contextualizada e adaptada para a realidade de creches e pré-escolas, o que demanda pensar em novas formas de interação entre crianças e profissionais e entre as crianças umas com as outras.
  • Como os profissionais de saúde (da Organização Mundial de Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria) não recomendam o uso de máscaras em crianças na faixa etária da creche (até 2 anos), os cuidados sanitários nesse caso têm de ser ainda maiores.
  • Considerando a fácil disseminação do coronavírus, é oportuno pensar em atender as crianças em pequenos grupos (sugestão de até 8 crianças com um adulto).

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Ações conjuntas com outros setores

A parceria com as pastas da Saúde, especialmente com os Núcleos de Vigilância em Saúde, e da Assistência Social é ainda mais importante neste momento. Entretanto, quando se discute o retorno das crianças às atividades educativas, outras áreas, tais como limpeza pública, economia e habitação são bem-vindas e podem contribuir substancialmente. A construção de respostas efetivas se dá quando as diferentes áreas buscam soluções de forma conjunta.

Acolhimento aos educadores

Para receberem esse acolhimento e para serem preparados para a organização do ambiente e as novas rotinas, os profissionais devem retornar às unidades na semana anterior à chegada das crianças. nesse intervalo, poderão iniciar o planejamento para a recepção de crianças e famílias.

Clique aqui para acessar o documento na íntegra.

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