Novo estudo reforça danos ao feto pela ingestão de álcool na gravidez

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Todo mundo sabe que ingerir álcool na gravidez é contraindicado. Ainda assim, há quem se questione se uma taça de vinho ou um copo de cerveja pode realmente fazer mal ao feto. Um novo estudo, porém, mostra que o consumo de bebidas alcoólicas em qualquer quantidade, durante a gestação, pode trazer sérios riscos ao feto. 

Investigadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, analisaram 23 pesquisas sobre a influência do álcool em gestantes e concluíram que ele pode afetar a capacidade de raciocínio dos bebês e o desempenho na infância  – e, até, o peso ao nascer.

Outros prejuízos observados nos estudos foram: um maior risco de síndrome alcoólica fetal, QI (quociente de inteligência) menor em crianças de 8 anos, problemas de conduta e resultados escolares ruins aos 11 anos, entre outros aspectos. Alguns dos estudos analisados, porém, não encontraram evidências dos efeitos nocivos do álcool nas crianças.

Em resumo, os pesquisadores disseram ter encontrado “um modesto conjunto de evidências do efeito prejudicial sobre os resultados cognitivos e o peso ao nascer do bebê”. Diante dos resultados, o Serviço Nacional de Saúde inglês, (NHS – National Health Service), reforça a recomendação da abstinência – ou seja, que não deve se beber durante a gravidez. 

‘Se engravidar não beba. Não beba, se quiser engravidar’

A frase acima faz parte do programa de aconselhamento sobre uso de álcool e drogas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A entidade afirma que o álcool pode provocar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), problema que atinge todos os órgãos do feto, em especial, o sistema nervoso central, que sofre com vários defeitos. Segundo a SBP, há casos de má formação, alterações cardíacas e nos rins e prejuízos de cognição no bebê. “Não se conhece uma quantidade segura de álcool que não provoque essas alterações no feto”, afirma a médica livre docente em Pediatria Neonatal, Conceição Aparecida de Mattos Segre, da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Ela reforça que durante a lactação, o álcool também deve ser evitado, já que atinge o leite materno em pouco tempo e também traz danos ao bebê.

Teste do Pezinho

Alguns dos danos causados pelo álcool, com a deficiência intelectual, podem ser identificados por meio do Teste do Pezinho, que deve ser realizado na criança logo após as 48 primeiras horas de vida. “Quanto mais precoce for qualquer tipo de diagnóstico, mais chances a criança terá de se desenvolver com qualidade de vida”, ressalta o médico geneticista Caio Bruzaca, do Ambulatório de Diagnósticos do Instituto Jô Clemente, antiga Apae de São Paulo.

Leia mais: Gravidez sem álcool – SBP

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