
A cena é típica e bastante assustadora: de repente, a criança “acorda” aos gritos, chorando bem forte e quando os pais chegam no quarto, a encontram agitada, parecendo estar em pânico, às vezes até sentada e realizando algum movimento típico, mas ela não responde às tentativas de acalmá-la. Esse quadro é chamado de terror noturno e, na verdade, a criança não está acordada, mas dormindo em uma fase dita sono não-REM. Por isso, parece não responder aos pais.
Curiosamente, esse comportamento costuma acontecer sempre perto do mesmo horário da noite e, apesar do nome, não tem a ver com os pesadelos ou sonhos ruins. O terror noturno é uma parassonia – distúrbio caracterizado por movimentos anormais e involuntários durante o sono. Acontece de forma muito mais prevalente em crianças até os cinco anos de idade e tende a melhorar com o amadurecimento do sistema nervoso central até a adolescência.
As causas não são muito bem estabelecidas, mas sabe-se que a frequência e intensidade dos episódios podem piorar em dias muito agitados, fora da rotina da criança, com situações e vivências estressantes e até mesmo de grande empolgação.
Na grande maioria dos casos, não é necessário nenhum tratamento específico. Assim como o terror noturno, o despertar confusional e o sonambulismo também são parassonias benignas da infância. Aqui seguem algumas recomendações de como proceder quando esses episódios acontecem.
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O que fazer em situações de terror noturno, sonambulismo e despertar confusional
Primeiramente, manter a calma: não é incomum os pais ou cuidadores ficarem mais assustados que a própria criança que, quando acorda, pode nem se lembrar do que estava fazendo e daí se assustar com o desespero de quem veio para acudí-la. Lembrando que os episódios têm duração de alguns minutos que podem parecer eternos, mas que cessam espontaneamente sem qualquer necessidade de intervenção.
Em seguida, segurança: durante a crise, a criança pode sentar, levantar e apresentar outros movimentos que podem colocá-la em risco de acidentes. Atenção para altura da cama, objetos e móveis pontiagudos ou com quinas próximos ao colchão, tapetes e outros obstáculos. O quarto deve ser o mais seguro possível. Em caso de sonambulismo, mais atenção ainda deve ser dada à segurança de janelas, portas, sacadas e locais como a cozinha e área de serviço.
E, por fim, rotinas e bons hábitos de sono: horário para dormir, com rituais de sono e relaxamento antes do momento de adormecer podem contribuir muito para a diminuição dos episódios. Evitar eletrônicos e não consumir substâncias estimuladoras como café, chocolate, doces em geral, guaraná e chás com cafeína no período da tarde e da noite também podem ajudar na diminuição da frequência das crises.
O terror noturno e as outras parassonias benignas na infância, em geral, não têm a capacidade de prejudicar a qualidade do sono da criança e atrapalhar o rendimento das atividades diárias. Por isso, é fundamental observar o comportamento da criança durante o dia. Sonolência diurna, dificuldade escolar, ronco noturno, dificuldade para adormecer e sono entrecortado com despertares frequentes podem ser sintomas de outras patologias que devem ser investigadas.
A ida ao consultório pediátrico para avaliações de rotina contempla o sono como parte da atenção integral à criança e ao adolescente e, também por isso, manter o acompanhamento conforme indicação médica é fundamental.
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Olá bom dia
Minha filha tem 7 anos e desde bebêzinha que sofre com o terror noturno, tinha melhorado um pouco depois dos 5 anos porém esse ano ela está apresentando mais crises, e geralmente acorda chorando e falando que teve um pesadelo que eu tinha morrido, a minha dúvida é estou eu sem perceber passando alguma preocupação para ela?
Meu filho tem 6 meses, e vêm apresentando esse comportamento não só a noite, as vezes duram a soneca do dia Tbm, muitos gritos e choros incansável, já não sei o que fazer, pois todas as noites já fico em alerta esperando essas crises, , o que fazer?
Meu filho está tendo essas crises todas as noites fico desesperada sem saber o que fazer ele grita,anda , chora se estica todinho conversa várias coisas q não entendo muito bem, será q tem algo a ver com os estudos ele tem um pouco de dificuldade, e quando ele tá com essas crises vejo q ele cita algumas palavras sobre os estudos.
Eu tenho uma filha de 5 anos de idade, ela vem apresentando esses sintomas todas as noites, já pensei em comprar um calmante ou até mesmo procurar um psicólogo, ela chora num desespero e fica se debatendo, parecendo q está acordada, pois os olhos ficam aberto o tempo todo!
Devo me preocupar?
Minha filha está com dois anos e sete meses,com ela já faz um tempinho tbm que acorda de repente de madrugada e grita muito e chora ,senta na cama ,quer se atirar ,se debate muito,e se eu falo com ela ela não quer saber de mim.muito estranho mesmo
Doutora minha neta de 3 anos está tendo as crises de terror noturno.
Só que agora estão frequentes todas as noites.
Antes era uma vez por semana, mas agora às crises pioraram e estão sendo todas as noites, muitos gritos, choros , e agora com tapas e chutes, já levamos ao pediatra onde entrou com alguns florais mas não adiantou nada. Me oriente o que devemos fazer pois as noites estão ficando muito cansativas.
Meu bebê está assim, tem quase 2 semanas fico desesperada pois a única coisa que acalma ele é andar de carro de Madrugada , está sendo uma fase bem complicada.
Nossa bebê de um ano e três meses hoje se acordou depois de 30 minutos de sono chorando muito e gritando pela primeira vez e ficamos todos em casa aperriado pois eu já li a respeito e o tempo desse terror noturno fica entre 30 minutos a 1 hora só que minha netinha passou mais de 1 hora de olhos fechados chorando muito e gritando , existe alguma medicação para tal situação ou podemos fazer o que para ajudá-la a sair desse transe ? Mim assustei porque a mãe dela minha filha nunca passou por isso ! Devo levar ela para um pediatra ? Agradeço vossa atenção.
Att. Ricardo Lúcio.
Minha bebê teve ontem assim. Meu primeiro filho e a bebê sempre tem crises esporádicas. Já estava acostumada. Mas ontem ela chorou durante uma hora seguida de gritar. Cheguei a ir no pronto socorro de tão desesperada. Aí lá ela acalmou e dormiu.
Todo site que vejo fala que as crises duram de 5 a 15 minutos. Onde leu que é de meia a uma hora?
Texto muito bem elaborado.
Estou passando por isso, toda noite com meu filho.
Porém eu o pego no colo o acalmo e ele volta a dormi.
Quando é aconselhável entrar com medicação na sua opinião ? O médico receitou carbamazepina mas fico receosa em dar.
Olá, estou na mesma situação.
Com medo dar carbamazepina.
Como vcs passaram essa fase? Demorou?
Meu filho é autista, e hoje mesmo ele acordou assim, e normalmente quando acontece em não volta a dormir.
Tá sendo bem dificil
Oi, Raquel, tudo bem? Imagino que seja difícil mesmo lidar com essa situação, ainda mais porque acaba afetando o sono de todos da casa. Como disse a dra Talita, o principal é manter a calma e garantir a segurança da criança, para que ela não se machuque. Além disso, a questão da rotina é fundamental e sempre ressaltada pelos especialistas como algo que pode ajudar a reduzir os episódios de terror noturno. Mas se não estiver resolvendo, vale conversar com o médico do seu filho para que ele oriente melhor quanto ao que fazer. Fico na torcida para que logo as coisas melhorem por aí. Abraço, Verônica.
Olá.
Minha netinha de 5 meses dormia por volta de 23.30hs e acordou gritando muito. Mas muito mesmo. Chorava, ficou fria e bem mocinha. Foi assustador.
Bebê de 5 meses podem apresentar o Terror Noturno?
Oi, Eliane, tudo bem? O terror noturno é mais comum em crianças entre 2 e 5 anos, mas pode aparecer também em crianças menores de 1 ano. Abraço, Verônica.
Que bom Israel, ficamos felizes em poder ajudá-lo. Obrigada por vir aqui compartilhar sua experiência conosco. Abs, Verônica.
Me ajudou muito!