Setembro amarelo: cuidado com a saúde mental deve incluir gestantes, mães e pais

Campanha promove ações preventivas e visa conscientizar população da importância de apoiar quem está passando por um momento difícil

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Mão segura fita amarela em referência à campanha Setembro Amarelo contra o suicídio
Em uma década, número de casos cresceu 43% no país
Buscador de educadores parentais
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No domingo (10), foi celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Não só nessa data, mas ao longo de todo o mês, temos no Brasil a campanha Setembro Amarelo, que busca chamar a atenção para a importância da vida e ajudar na prevenção do suicídio por meio de ações de conscientização e capacitação para evitar práticas como as de automutilação.

Entre 2010 e 2019, houve um aumento de 43% no número de suicídios no país, passando de 9.454 casos para 13.523, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

A depressão é a principal causa do suicídio, que também está associado ao transtorno bipolar e ao abuso de substâncias químicas devido a fatores de risco como desemprego, fome, endividamento financeiro e traumas, situações que contribuem para o desequilíbrio da saúde mental daqueles que atentam contra a própria vida.

No âmbito parental, o cuidado com a saúde mental deve englobar as gestantes, puérperas, mães e pais, principalmente se houver história prévia de doença psiquiátrica, ideação suicida e fatores socioeconômicos como: falta de suporte familiar, ausência de parceiro, rede de apoio, dificuldades financeiras, gestação não planejada, histórico de violência doméstica e uso de álcool e drogas.

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O acolhimento por pessoas próximas, familiares e amigos, não se dá por meio de falas como “vai ficar tudo bem”, ou “sai dessa, você é forte”, ou ainda, “ao invés de pensar em fazer uma besteira, pensa nos seus filhos”.

Seja paciente, não julgue, pratique a escuta ativa. O verdadeiro acolhimento se dá com contato e apoio para mudança de foco e aquisição de hábitos saudáveis e positivos. Lembre-se sempre de dar um passo de cada vez, ouvindo o que a pessoa tem a dizer e, sem deixar de ser um porto seguro, inclua a busca de um psicólogo e ou psiquiatra.

Para cada suicídio registrado existem muitas outras pessoas que não entraram nas notificações mas também tentaram ou tiveram ideações suicidas. Se você está passando por uma fase difícil e precisa de ajuda ou conhece alguém que esteja precisando, saiba que existem atendimentos 24 horas por dia, gratuitos e com profissionais capacitados, a exemplo do Disque 188.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, e atende sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas, todos os dias através do https://www.cvv.org.br/

Para finalizar, peço que você leia em voz alta: “Eu sou importante, eu me amo, eu posso buscar a ajuda que preciso e também posso ser a ajuda que alguém possa estar precisando”. A vida fica mais bonita quando carregamos um sorriso no rosto, amor no coração e braços abertos para um abraço bem apertado.

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