Depressão em crianças: mudança de comportamento é o primeiro sinal

Em vídeo para a série Conversas sobre a parentalidade, o neurologista infantil Clay Brites falou sobre riscos e sintomas do transtorno e a importância do diálogo com os filhos como medida preventiva

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Menina negra no sofá está com a cabeça baixa
O isolamento e a redução da vida social podem ser sinais de um processo depressivo
Buscador de educadores parentais
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Quando a criança ou o adolescente se isola, deixa as amizades de lado, passa a não ver graça nas coisas que gostava de fazer, apresenta alterações no sono e na alimentação e chega a ter pensamentos irreais e negativos, é preciso atenção. Esses podem ser sinais da depressão em crianças e adolescentes

Segundo o médico pediatra e neurologista infantil Clay Brites, a mudança de comportamento é o primeiro indicador de que algo não vai bem. “A criança também passa a ter um discurso muito pessimista, parece que nada vai dar certo, nada está bom, e se incomoda facilmente com tudo”, comentou Clay, em vídeo inédito, que faz parte da série Conversas sobre parentalidade, gravado durante o 3° Congresso Internacional de Educação Parental, em novembro de 2022. Clay e a esposa Luciana Brites participaram do evento como palestrantes.

De acordo com o neurologista, outro ponto importante em relação à depressão é o isolamento, quando a pessoa só quer ficar sozinha e não quer ver mais ninguém. Atitudes irritadiças e, em casos mais graves, o discurso suicida também podem surgir. “Nem todo depressivo vai cometer suicídio, mas o depressivo fica mais próximo disso. Então, a gente tem que tentar, obviamente, tirá-lo desse risco”, afirmou Clay.

Ele ressaltou a influência dos processos de comunicação, das informações que chegam às crianças e aos adolescentes via internet, rádio e TV, e destacou o papel das famílias nesse cenário, que precisam conhecer os aplicativos usados pelos filhos e saber o teor dos conteúdos compartilhados. 

“A mesma coisa eu digo em relação a sexo e relacionamentos, os pais precisam se atualizar. Eles não podem mais ficar presos na ideia de que são adultos e não têm mais de saber de coisas de jovem. Não, eu tenho que estar hoje ativamente buscando essas informações”, pontuou Clay. Ele disse ainda que os pais têm de encarar essas informações de um jeito leve e curioso e não da forma “como os nossos pais encaravam”, com espanto e ou reprovação, o que só fará os filhos evitarem o assunto, quando poderiam discuti-lo com os pais. Para o especialista, ter disponibilidade para o diálogo é essencial. 

No vídeo em destaque, Clay falou sobre a depressão em crianças e adolescentes, sintomas, fatores que podem provocar o transtorno e formas de prevenir e tratar.

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