46% dos pais apoiam fechamento de escolas na pandemia, indica pesquisa Datafolha

Mulheres e entrevistados de menor grau de escolaridade e renda são os que mais resistem à reabertura

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46% dos pais apoiam fechamento de escolas, indica pesquisa Datafolha; fachada da escola estadual paulista Professor Alvino Bittencourt, na zona leste
28% dos entrevistados aprovam abertura parcial das escolas, segundo a pesquisa
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Embora as escolas tenham sido autorizadas a retomar as aulas presenciais, quase metade – 46% – dos brasileiros apoia o fechamento dessas instituições, segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje pelo jornal Folha de São Paulo. Outros 28% disseram ser a favor da abertura parcial dos estabelecimentos educacionais e 18% aprovam o fechamento somente nas fases mais restritivas da pandemia. Um total de 7% afirmaram serem favoráveis à abertura sem restrições e 1% não soube opinar.

Segundo a reportagem, foram entrevistados presencialmente 2.017 brasileiros, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país, entre os dias 11 e 12 de maio. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

A volta às aulas presenciais tem sido amplamente discutida entre pais, professores, gestores públicos, educadores e profissionais de saúde. Porém, não há consenso sobre o assunto. Há quem ressalte os baixos índices de transmissão da Covid-19 por crianças, os danos emocionais e de aprendizagem e a dificuldade de acesso ao ensino remoto , principalmente para os alunos mais carentes, como argumentos para manter as escolas abertas. Muitas famílias, no entanto, assim como os professores, avaliam que o fechamento das escolas deve ser mantido até quando todos os educadores forem vacinados e/ou a imunização atingir um número maior de pessoas, de modo a garantir a segurança e saúde de toda a população.

As mulheres são, de acordo com o levantamento, as que mais resistem ao retorno às aulas presenciais – 48% contra 43% dos homens. A resistência também é maior entre entrevistados de menor grau de escolaridade e renda.

Educacão como atividade essencial

Um projeto de lei que propõe incluir as aulas presenciais de educação básica e superior entre os serviços essenciais na pandemia, garantindo portanto seu funcionamento mesmo nas fases mais restritivas, foi aprovado na Câmara dos Deputados em abril e seguiu para o Senado. Porém, a votação foi adiada em 6 de maio, após aprovação de requerimento para realização de audiência pública sobre o tema. De acordo com o projeto, as aulas presenciais só devem ser suspensas quando as condições sanitárias de estados e municípios não permitam, em situação que deverá estar fundamentada em critérios técnicos e científicos, informa a matéria da Folha.

Saiba mais sobre a pesquisa aqui.


Leia também: Retorno às aulas presenciais: 10 aspectos a analisar antes da decisão


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