Uma em cada três crianças terá obesidade no país, até 2035, segundo estudo

Obesidade deve atingir 23% das meninas e 33% dos meninos no país, daqui a 12 anos

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Mãos de crianças passam a batata frita no catchup
Alimentação saudável e exercícios físicos ajudam no combate à obesidade infantil
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Até um terço das crianças e adolescentes pode ter de conviver com a obesidade no Brasil, até 2035, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2023. Estima-se que, em 12 anos, cerca de 23% das meninas e 33% dos meninos serão obesos no país. Até 2020, 12,5% das meninas e 18% dos meninos estavam nessa condição. 

Os números mostram que as taxas de obesidade estão crescendo rapidamente entre as crianças e nos países mais pobres. Segundo o relatório, os índices de crianças obesas em todo o mundo podem mais que dobrar em relação a 2020, passando para 208 milhões de meninos e 175 milhões de meninas obesas até 2035 – serão aproximadamente 400 milhões de crianças obesas.

Em relação aos adultos, os dados também são preocupantes: até 2035, 4 em cada 10 adultos (41%) no Brasil podem ter obesidade, indica o levantamento. Ainda assim, esse aumento é menor do que o previsto para crianças. O atlas calcula um crescimento da obesidade infantil no país de 4,4% ao ano, enquanto para adultos a estimativa é de um crescimento anual de 2,8%.

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“É particularmente preocupante ver as taxas de obesidade crescendo mais rapidamente entre crianças e adolescentes”, afirmou Louise Baur, presidente da Federação Mundial da Obesidade, responsável pelo levantamento.

Para Baur, o Atlas deste ano é um aviso claro de que, ao não abordar a obesidade hoje, corremos o risco de sérias repercussões no futuro. “Governos e formuladores de políticas em todo o mundo precisam fazer tudo o que puderem para evitar repassar os custos de saúde, sociais e econômicos para a geração mais jovem. Isso significa olhar urgentemente para os sistemas e fatores de raiz que contribuem para a obesidade envolvendo ativamente os jovens nas soluções. Se agirmos juntos agora, teremos a oportunidade de ajudar bilhões de pessoas no futuro.”

O relatório usa como referência o índice de massa corporal (IMC), número calculado dividindo o peso de uma pessoa em quilogramas por sua altura em metros ao quadrado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define uma pontuação de IMC acima de 25 como sobrepeso e acima de 30 como obesidade.

Consequências da obesidade em crianças

A obesidade é uma doença evitável e sua incidência em crianças já é considerada uma epidemia mundial. Problemas de saúde, como hipertensão, distúrbios metabólicos e mesmo problemas de saúde mental, podem surgir nos pequenos, aumentando ainda o risco de doenças cardiovasculares na idade adulta.

Questões genéticas, estilo de vida, excesso de tempo dedicado às telas, consumo de alimentos com baixo teor nutricional e a falta de exercícios físicos são todos fatores que contribuem para os altos níveis de obeisdade entre as crianças. Investir em uma alimentação saudável e incentivar os pequenos a se exercitarem regularmente são medidas essenciais, segundo destacam especialistas.

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