Pais, não tenham medo do choro de seus filhos

Para a psicóloga e fundadora da Escola da Inteligência, Camila Cury, o problema não está no choro e, sim, em como reagimos a essa situação; "Educar é um processo de autodesenvolvimento e não só de desenvolvimento do outro", diz ela

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Menina está de cabeça inclinada chorando
Adotar comportamentos extremos, diante od choro dos filhos, não forma crianças saudáveis, diz Camila Cury
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Que mãe ou pai nunca ficou angustiado diante do choro de seus filhos? Neste artigo, você vai ver que nosso papel não deve ser focado em como parar o choro e, sim, em como vamos reagir a ele. 

O choro não advém de uma criança mimada, mas de uma criança frustrada, e a frustração faz parte da vida. Por isso, diante de uma birra, o problema não está no choro, na gritaria da criança, mas em como reagimos a essa situação. 

Muitos pais vão para os extremos: um deles é o da permissividade, que sana o problema de maneira instantânea, cedendo às pressões e chantagens; e o outro é o do autoritarismo, que usa gritos e broncas para inibir a criança diante da frustração dela. 

Esses dois comportamentos extremistas não formam crianças saudáveis nem preparadas para a vida.

Quando meus dois filhos estão chorando, eu tenho que elaborar minhas emoções, porque a raiva, muitas vezes, me acomete. E essa emoção não tem a ver, principalmente, com o comportamento deles, mas com o que eles provocam em mim. 

Nem sempre nossos filhos dão os frutos que queremos, aprendem na velocidade que gostaríamos e se comportam da forma como esperamos.  

Por isso, educar tem a ver conosco. Como você lida com as frustrações na sua vida? Quando as coisas não saem da forma como você planejou, como você reage? Quando seu filho, parceiro ou equipe de trabalho não correspondem às suas expectativas, o que você faz?

Educar é um processo de autodesenvolvimento e não só de desenvolvimento do outro. Quando repensamos a nossa história, entendemos que o choro dos filhos faz parte. 

Dê espaço para os sentimentos do seu filho e forme pessoas que aceitam o que sentem não como um fator limitante, mas como algo que pode ser trabalhado. 

O seu papel não é impedir que seu filho chore e, sim, demonstrar que está ao lado dele. 


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