Kwell apresenta:
Você já deve ter vivido esta experiência ou, certamente, conhece alguém que viveu: os pais que se desesperam quando a filha pega piolho na escola e… zupt!, cortam o cabelo todo da criança, bem curtinho, no famoso estilo “joãozinho”.
Dez em cada dez meninas ficam desapontadíssimas com o resultado – e, o pior, a eficácia do método é nula. Em outras palavras: cortar o cabelo não soluciona uma infestação de piolhos.
Nas redes sociais, com a hashtag #cortarnãoésolução, a Canguru pediu aos leitores para compartilharem suas histórias e lembranças associadas às tesouradas mal-aplicadas que receberam após uma infestação de piolho. A mais curiosa foi enviada pela leitora Vilma Zanon, que mora em Belo Horizonte:
“Eu pegava piolhos, mas preciso confessar: eu gostava, já que minha mãe e irmãs me deitavam no colo para passar pente-fino. Eu gostava apenas por causa do carinho recebido. Um dia, quando eu tinha cerca de 7 anos, eu realmente quase morri, porque minha mãe passou um inseticida na minha cabeça por achar que não tinha outra solução. Fui para o pronto-socorro intoxicada e passei uma semana lá. Como perdi o colo da minha família, tive uma péssima ideia: avistei um piolho mergulhando na cabeça de uma coleguinha, o peguei e o coloquei na minha cabeça! No dia seguinte, falei: “Mãe, estou com piolho”. Na hora, ela respondeu: “Não é possível, passei veneno”. Então tive que contar a verdade. Ela não pensou duas vezes e cortou curtinho meu cabelo. Chorei muito, mas não pelo cabelo que batia na cintura antes do corte. Chorei porque não receberia mais atenção.”
E o que funciona?
Veja as dicas dos especialistas*:
» Xampus especiais e medicamentos à base de permetrina (lendo a bula com atenção!)
» Água morna com vinagre, que ajuda a desprender as lêndeas
» Em períodos de surto nas escolas, lavar a cabeça todos os dias, passar pente-fino após o banho, manter o cabelo preso em rabos de cavalo e tranças e lavar bem roupas, acessórios, lençóis e outros objetos usados pela criança, colocando-os para secar ao sol
Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP), e Cláudia Márcia de Resende Silva, dermatologista,
pediatra e presidente do Comitê de Dermatologia da Sociedade
Mineira de Pediatria, em entrevista à Canguru de agosto de 2017.