Adolescentes vacinados dizem se sentir felizes e seguros contra a Covid-19

Avanço da vacinação deixa jovens esperançosos quanto ao fim da pandemia, mas eles acham que o mundo não voltará a ser como antes

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Adolescentes vacinados: a felicidade da sensação de segurança; médico com luvas azuis vacinando criança
Jovens se sentem mais protegidos após serem vacinados
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Enquanto a população adulta recebe as vacinas contra o coronavírus desde o início do ano, as crianças e os adolescentes esperavam ansiosamente pela sua vez. Para as crianças mais novas, este momento ainda pode demorar um pouco, mas desde o final de agosto, algumas cidades brasileiras passaram a oferecer o imunizante para a faixa etária dos 12 aos 17 anos. Mesmo não sendo a população que corre o maior risco de contrair a Covid-19, adolescentes vacinados ouvidos pela Canguru News disseram se sentir muito mais seguros após receberem a primeira dose.

“Eu fiquei muito feliz, eu acho que foi a única vacina que eu já quis tomar na vida. É um sentimento muito surreal, dá um senso de proteção que é muito bom”, diz Isabel Julião, de 13 anos. Isabel mora em Belo Horizonte, mas conseguiu receber o imunizante em julho enquanto visitava seu pai que mora nos Estados Unidos. “Antes da vacinação eu tinha medo por todo mundo, tinha medo de pegar o coronavírus ou que pessoas próximas de mim pegassem. Eu ainda estou me cuidando, mas me sinto bem mais tranquila por já ter tomado a vacina”, afirma.

“Eu estava muito ansiosa para chegar a minha vez”, afirma Gabriela Vaqueiro.

Gabriela Vaqueiro, de 12 anos, também não via a hora de finalmente ser imunizada e conta que foi receber a dose logo no primeiro dia em que a vacina foi liberada para a sua faixa etária na capital paulista, no início de setembro. “Sempre via as fotos que as pessoas mais velhas que eu postavam quando tomavam a vacina. Todos ficavam felizes e celebravam. Eu estava muito ansiosa para chegar a minha vez também”, afirma Gabriela. Ela se sente bem mais protegida agora, porém, ainda tem alguns receios: “Nem todos tomaram a vacina e tem gente que não quer tomar”.

Gabriela Vaqueiro, 12 anos, tomando vacina contra o coronavírus/ Foto: arquivo pessoal

“O mundo em si será como antes, mas as pessoas terão mudado, porque teremos essas novas experiências dentro de nós”, diz Vitória Berti.

Para Vitória Berti, 14 anos, e João Torres, 13 anos, também de São Paulo, a chegada da vacina foi muito bem-vinda, sendo fundamental na prevenção contra o coronavírus. Além de uma forte dor no braço, Vitória sentiu apenas felicidade. “Com a vacinação, eu acho que a pandemia não vai durar muito mais tempo, ainda assim, temos que continuar nos cuidando”, diz a menina.


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Como será o mundo sem a pandemia?

Para os quatro adolescentes vacinados, a imunização dessa faixa etária foi muito significativa: eles têm esperança de que a pandemia pode estar se encaminhando para um fim. “Eu acho que a vacinação está indo bem rápido, mas talvez ainda demore um pouco para a pandemia acabar completamente”, aponta João. Segundo Gabriela, quando este momento chegar, o mundo será bem melhor, as pessoas vão se sentir muito mais tranquilas e teremos o retorno das celebrações em família, dos shows e do Carnaval, uma das festas populares mais esperadas do ano, que fez muita falta durante este período de isolamento social.

“Será estranho voltar a ter contato com as pessoas”, conta João Torres.

“Eu acho que conforme as pessoas forem tomando vacina as coisas vão voltar ao normal, apesar de eu não saber mais qual é o sentido de ‘normal’, porque acho que tem várias coisas que não vão ser como eram”, conta Isabel. Os adolescentes concordam que, mesmo quando todas as pessoas estiverem vacinadas e livres do coronavírus, o mundo não voltará a ser exatamente como era antes, as sequelas da pandemia ainda durarão. “Eu acho que o fim do uso de máscaras ainda vai demorar e, inclusive, muitas pessoas vão permanecer com esse costume para sempre”, exemplifica Gabriela.

João Torres, 13 anos, vacinado contra a covid-19/ Foto: arquivo pessoal

João acredita que vai levar um tempo para se adaptar quando não for mais obrigatório o uso de máscaras e as aglomerações voltarem a ser permitidas. “Eu acho que vai ser bem diferente quando a pandemia acabar, porque uma coisa muito principal da vida dos adolescentes e das crianças é o contato, que foi um pouco perdido. Eu vou achar bem estranho sair na rua sem máscara e voltar a ter contato com as pessoas”, explica. 

“Fico muito feliz que minha aula voltou a ser presencial”, relata Isabel Julião.

O coronavírus fez com que as pessoas aprendessem a enxergar a vida com outros olhares, de acordo com Isabel. “Antes da pandemia, eu achava muito chato ter que ir todo dia para a escola, mas agora eu fico muito feliz que a minha aula voltou a ser presencial”, diz a garota. Este período trouxe diversos impactos e aprendizados, afetando toda a sociedade de alguma forma. “A pandemia nos ensinou muita coisa com a quarentena e o isolamento social. Eu imagino que, quando acabar, o mundo em si será como antes, mas as pessoas terão mudado, porque teremos essas novas experiências dentro de nós”, finaliza Vitória.


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