Vacina contra meningite C está disponível para crianças de até 10 anos

O Plano Nacional de Imunizações estendeu até 2023 a oferta desse imunizante para crianças com 11 anos incompletos, devido à baixa cobertura vacinal; até então, somente menores de 5 anos podiam receber a vacina de forma gratuita, em postos de saúde

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Criança em pé, com manga da blusa levantada, recebendo vacina
O Plano Nacional de Imunizações decretou que crianças de até 10 anos e profissionais da saúde podem passar a receber a vacina meningcócica C. A decisão vale até 2023
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O Programa Nacional de Imunizações (PNI) estendeu temporariamente a oferta da vacina meningocócica C para crianças não vacinadas entre 5 e 10 anos e trabalhadores da saúde, independentemente da idade, até fevereiro de 2023. Atualmente, o imunizante está disponível gratuitamente em postos de saúde, na rotina de vacinação de crianças somente para menores de 5 anos, conforme informou em comunicado sobre o assunto. 

A vacina meningocócica C (Conjugada) foi implantada no calendário vacinal em 2010, sendo disponibilizada no esquema de duas doses, aos 3 e 5 meses de vida, e uma dose de reforço, preferencialmente, aos 12 meses de idade. As crianças que por algum motivo perderam a oportunidade de receber a vacina nas idades indicadas, podiam ser vacinadas até os 4 anos, 11 meses e 29 dias.

Porém, diante do cenário de baixas coberturas vacinais, que se agravou a partir de 2020 com a pandemia da covid-19, a coordenação-geral do PNI avaliou ser necessário ampliar a faixa etária que pode receber a vacina meningocócica C para até 10 anos, 11 meses e 29 dias de idade, dada a relevância da vacinação desse grupo. 

Apesar da faixa etária em maior risco de adoecimento ser a de crianças menores de um ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença na comunidade, em decorrência de elevadas taxas de estado de portador do meningococo em nasofaringe, explicam os infectologistas Tassiana Rodrigues dos Santos Galvão e Danilo Galvão, em post no Instagram.

De acordo com o comunicado, o objetivo da medida é proteger esses grupos e evitar surtos da doença meningocócica, considerando as baixas coberturas vacinais em crianças. A ação também visa otimizar o uso das doses da referida vacina, disponíveis em estoque, e assim reduzir o número de hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos, em especial no retorno às aulas presenciais, afirma o documento da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

Veja aqui o calendário com todas as vacinas que as crianças devem receber até os 10 anos

Sintomas da doença*

A meningite é transmitida por meio de secreções respiratórias e da saliva, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa. A doença atinge as meninges, membranas que envolvem  a medula espinhal e o cérebro. Entre os sintomas, estão febre alta e repentina, intensa dor de cabeça, rigidez do pescoço, vômitos e, em alguns casos, sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental. O risco de morte pela doença é alto: 10% a 20%, podendo chegar a 70%, se a infecção for generalizada (meningococcemia). Entre os sobreviventes, cerca de 10% a 20% ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos, membros amputados. O tratamento é feito com antibióticos e outras medidas de preservação do equilíbrio do organismo, em Unidade de Terapia Intensiva isolada.

*Informações do site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)


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