Diretrizes para o manejo da infecção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 2017 é o nome do documento organizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para pais e médicos sobre essa doença. O conteúdo é resultado da colaboração de cinco especialidades médicas: cardiologia, Imunizações, Infectologia, Neonatologia e Pneumologia. E tem como objetivo ajudar profissionais e familiares dos pacientes a lidarem de modo correto com aspectos relacionados a esse problema de saúde. Vale a pena acessar o texto oficial.
Quem tem filhos pequenos sabe que infecções respiratórias são responsáveis por filas no atendimento de emergência dos hospitais infantis. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal agente causador de infecção aguda do trato respiratório em indivíduos de todas as idades. A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida e, virtualmente, todas as crianças serão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade, com reinfecções durante toda a vida. Embora de ocorrência universal, esse tipo de vírus ganha maior importância quando acometem prematuros, portadores de cardiopatias congênitas e de doença pulmonar crônica da prematuridade, grupos considerados mais vulneráveis.
O que a SBP oferece são medidas de suporte recomendadas para prevenir o aparecimento de novos casos e aumentar o controle da infecção. “Sem terapêutica específica disponível que abrevie o curso e a resolução dos sintomas, o tratamento é de suporte e geralmente os pacientes apresentam boa evolução”, diz um trecho.
Cuidados em casa contra viroses respiratórias
Um destaque para as famílias são os cuidados a serem tomados em casa. A SBP recomenda a adoção de medidas simples pelos pais e responsáveis, como fazer higiene das mãos com água e sabão e ou álcool a 70%; evitar expor à criança ao fumo; manter a alimentação normal para a idade da criança, fazer higiene da cavidade nasal com solução salina e somente usar antitérmicos se for necessário. Em caso de dúvidas ou se sinais de alerta presentes, o médico deve ser acionado.
Veja a lista de medidas para adotar em casa:
Fazer higiene das mãos com água e sabão e ou álcool a 70%.
• Evitar tabagismo passivo.
• Manter alimentação normal para a idade da criança.
• Fazer higiene da cavidade nasal com solução salina
• Uso de antitérmicos se for necessário.
• Reavaliação médica se houver dúvidas ou se sinais de alerta presentes.
• Orientar os cuidadores sobre os sinais e sintomas de “alerta” (veja na lista abaixo).
O documento ainda traz uma lista de motivos que justificam a hospitalização da criança:
• Episódios de Apneia
• Criança com piora do estado geral (hipoativa, prostrada, acorda apenas com estímulos prolongados)
• Desconforto respiratório (gemência, retração torácica, FR >60, cianose central, saturação <92% persistente)
• Sinais de desidratação
• Recusa alimentar, ingestão reduzida e/ou sem diurese por 12 horas
• Presença de comorbidade: displasia, cardiopatia, imunodefi ciência, doença neuromuscular, outras
• Idade inferior a três meses
• Prematuridade, especialmente inferior a 32 semanas
• Condição social ruim
• Dificuldade de acesso ao serviço de saúde se houver piora clínica
• Incapacidade ou falta de confiança para identificar sinais de “alerta”