5 dicas para cuidar das emoções e se tornar modelo para os filhos

Educadora parental dá sugestões para que adultos aprendam a se regular e tomar decisões mais conscientes e respeitosas, impactando no desenvolvimento saudável da criança

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Mulher sorridente apoia rosto sobre as mãos
Ter momentos de autocuidado é importante para a saúde emocional de mães e pais
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Por Fernanda Polsin* – Já ouviu falar em validar e nomear emoções, acolher, fazer escolhas limitadas, manter o “olho no olho”, montar quadro de rotinas, promover reuniões de família? Esses e tantos outros conceitos são conhecidos por quem se interessa por educar de maneira respeitosa. Já conceitos como regulação emocional e habilidades sociais são menos difundidos, apesar de serem de extrema importância – e eu te explico o porquê.

Ninguém ensina algo que não saiba. Com emoções e sentimentos não é diferente. Para que um pai e uma mãe possam ensinar os filhos a lidar com as emoções, eles também precisam ter conhecimento. Pode parecer óbvio, mas isso precisa ser dito, principalmente, para chamar a atenção dos pais para a sua própria saúde emocional que, muitas vezes, fica negligenciada.

Conhecer nossos sentimentos, cuidar das emoções e entender como se manifestam permite que saibamos quando eles estão ‘chegando’. Assim, podemos nos antecipar e refletir sobre as melhores formas de agir.

Podemos trabalhar a capacidade de compreender as reações emocionais buscando enxergar situações da realidade como elas são, sem deixar que nos afetem de forma muito intensa e negativa.

Essa é uma maneira de se regular e se tornar capaz de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros e a saber como manejá-los de forma mais adequada para o contexto.

Com esse conhecimento, você passa a ter atitudes e comportamentos adequados para se viver em sociedade, ou seja, trabalhar suas habilidades sociais.

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Pessoas que não cuidam da sua saúde emocional e se desregulam com muita frequência têm mais dificuldade de resolver problemas. Acabam também recorrendo mais a comportamentos disfuncionais como uso de substâncias, comida, compras…

E tudo isso tem um impacto tremendo na parentalidade. Isso porque, além de não conseguir ensinar sobre regulação emocional para a criança, os pais frequentemente perdem a paciência com os filhos e acabam usando de violência e punições.

Acaba sendo difícil se regular e tomar decisões mais conscientes e respeitosas no momento de raiva, estresse, ansiedade, frustração. Por isso, é mandatório cuidar da saúde emocional para quem deseja educar de forma positiva.

Não adianta ler, estudar, se informar e seguir orientadores parentais nas redes sociais se a desregulação emocional dificulta colocar tudo em prática. Não se trata de ser “zen” o tempo todo ou de evitar sentir emoções tidas como ruins. Mas sim de se sentir mais confortável com cada emoção, fazendo com que não seja sentida tão intensamente nem de forma tão rápida. Por isso, veja sugestões de como lidar com as emoções.

Como lidar com as emoções: dicas para os pais

  • Não se envergonhe ou se julgue por sentir o que sente nem tente se controlar;
  • Busque autoconhecimento e tenha momentos de autocuidado;
  • Após situações nas quais você se exaltou, reflita sobre o que poderia ter feito diferente;
  • Faça psicoterapia;
  • Tenha conhecimento sobre ferramentas da educação respeitosa.

Seguir essa lista já é um bom começo para quem deseja se familiarizar com as emoções. Mas é claro que há muito mais a ser feito para que os impactos da sua saúde emocional no desenvolvimento da sua criança não sejam negativos.

Impactos das atitudes dos pais sempre existirão. E eles podem marcar presença como algo ruim, de quem se desregula com muita frequência. Ou podem ser impactos de referência e modelo para que a criança aprenda.

Não se negligencie. Cuide da sua saúde emocional! Psicólogos e psiquiatras podem te ajudar. Não só em benefício da criança que está em desenvolvimento, mas também em benefício de uma maior qualidade de vida para você.

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

*Fernanda Polsin é mãe de duas crianças, e atua como psicóloga e orientadora parental.

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