11 dicas para ajudar as crianças a comer bem

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Ensinar a criança a manter uma alimentação saudável pode ser um desafio e tanto para os pais, ainda mais, diante da rotina atribulada e do tempo curto para pensar no preparo de alimentos. Não à toa, uma pesquisa revelou que 51% das mães brasileiras afirmam ter dificuldades para alimentar os filhos. Principalmente, aqueles que comem pouco, querem sempre a mesma coisa ou mesmo não se interessam pela comida. O estudo, realizado pela Abbott Nutrition, ouviu 984 mães de todas as regiões do Brasil e mostrou que esse comportamento é mais comum entre os 3 e os 7 anos de idade.

Mas, apesar da resistência de algumas crianças em comer bem – e isso inclui frutas, legumes e verduras – especialistas insistem na importância de habituar os pequenos desde cedo a seguir uma alimentação saudável – o que é fundamental para garantir um desenvolvimento adequado e se prevenir da obesidade. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que três de cada 10 crianças de 5 a 9 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão acima do peso, um total de 4,4 milhões. A seguir, veja dicas de médicos e nutricionistas para ajudar as crianças a comer bem e crescerem fortes e saudáveis.

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Como estimular as crianças a seguir hábitos alimentares saudáveis

1. Preparo do alimento. A chance da criança querer experimentar um prato que ela mesma ajudou a preparar (sempre, com a supervisão de um adulto) é muito maior. “Cozinhar com os filhos é a melhor maneira de estimulá-los e cultivar bons hábitos, fazendo com que conheçam os alimentos e sintam o prazer do momento ao lado dos pais, criando também uma memória afetiva”, relata Débora Sasdelli, nutricionista da Nutrebem.

2. Organização da mesa. Educadores sugerem que crianças já desde os 2 ou 3 anos podem ajudar a montar a mesa da refeição, dispondo os guardanapos, por exemplo. À medida que crescem, elas podem colocar (e depois tirar) outros itens como o descanso dos pratos quentes e os próprios pratos. “Esse ritual é constante na vida de um adulto e por isso mesmo é importante ensinar aos filhos que ele também faz parte da refeição ideal, com o local limpo e se preparando para uma deliciosa refeição em família”, diz Débora.


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3. Montagem do prato. “É importante estimular a percepção da própria criança em relação ao quanto ela vai comer de acordo com a fome daquele dia, daquele momento. Para que a criança saiba se guiar do quanto ela precisa naquele momento, de qual a quantidade ideal pra ela naquela refeição, sabendo trabalhar e respeitar a saciedade”, destaca a nutricionista.

4. Importância de cada refeição. “Café da manhã, almoço e jantar são as principais refeições do nosso dia e não podem ser substituídas por alimentos que tragam maior teor calórico e menor valor nutricional. Já os lanches podem ser mais leves, compostos por bolachas, frutas, pão”, diz Isabela Lorizola, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi).

5. Propriedades dos alimentos. Não se tratar de passar a refeição inteira falando das funções benéficas de cada alimento, mas ao servir o arroz com feijão, por exemplo, vale dizer que essa ‘dupla’ faz parte dos alimentos saudáveis e contém uma série de vitaminas e nutrientes. E que comer esses alimentos, portanto, faz um bem enorme ao corpo e à saúde do seu filho.

6. Exemplo dos pais. De nada adianta dizer para a criança comer uma fruta se os pais não têm esse costume e, na geladeira, mal se encontra uma maçã. As crianças, principalmente, as menores, veem nos pais o exemplo para tudo e com a comida não é diferente. “Se os responsáveis têm hábitos alimentares errados, acabam induzindo os filhos a comerem do mesmo jeito”, afirma o médico Cid Pitombo, que é especialista no tratamento da obesidade.

7. Novas ideias para alimentos rejeitados. “Se a criança não gosta de legumes, por exemplo, vale tentar oferecê-los em forma de doce”, sugere Cíntia Ferreira, nutricionista do colégio Mopi, no Rio de Janeiro. Que tal experimentar o beijinho de mandioca, alimento de alto valor energético? Após cozinhar o aipim, amasse-o, modele as bolinhas e passe no coco ralado.

8. Receitas caseiras. Em vez de comprar alimentos prontos, por que não tentar fazê-los em casa? Uma opção de fácil preparo é a barra de cereal de banana, feita com banana amassada, aveia em flocos, granola e suco de laranja. “A banana é uma fruta bem aceita pela maioria das crianças em qualquer idade e suco de laranja é rico em vitamina C”, afirma Cíntia.

9. Mistura de alimentos atrativos aos menos aceitáveis. Raízes como a beterraba nem sempre são bem aceitas pelas crianças. A nutricionista do colégio Mopi sugere misturá-la com milho, para consumo como guarnição ou salada, tornando-a assim mais atrativa.

10. Pratos divertidos. Não precisa fazer disso um hábito, mas, de vez em quando, transformar o arroz integral com brócolis no ‘arroz do ‘Hulk’, pode surtir um bom efeito. Vale tentar! 

11 Saída ao supermercado (quando a pandemia estiver sob controle). Na feira ou no supermercado, envolver a criança na escolha das cenouras, dos tomates e do pepino, por exemplo, a fará conhecer os diferentes formatos, cores e texturas dos alimentos, ajudando-a a se interessar pelos mesmos. Em casa, ela também pode lavar os vegetais, mesclar molhos e ajudar no preparo dos alimentos.


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