Dançar na hora do parto pode ajudar gestante a lidar com a ansiedade

Movimentos da dança podem distrair e relaxar a gestante, além de ajudar no encaixe do bebê e na dilatação

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Grávidas dançam em hospital antes de dar à luz; imagem ilustra matéria sobre dança na hora do parto.
Ivete Sangalo postou vídeo dançando antes de dar à luz suas gêmeas, Helena e Marina, em 2018. Foto: Reprodução/Youtube
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Você já deve ter visto em alguma rede social vídeos que mostram mulheres grávidas já na maternidade, dançando logo antes de dar à luz. Os vídeos fazem sucesso há alguns anos, frequentemente viralizando e deixando as pessoas impressionadas com os movimentos das mamães. Mas afinal, a dança no momento do parto tem algum benefício para a gestante? Especialistas dizem que sim: ela ajuda a amenizar a ansiedade da mãe, distraindo-a das dores das contrações, além de facilitar o trabalho do organismo. 

“Nas pacientes que já estão em trabalho de parto, toda essa movimentação ajuda o quadril, ajuda no encaixe do bebê, ajuda na dilatação e cria um momento de festa. Isso ajuda fisicamente no trabalho de parto e emocionalmente também”, afirmou Camila Sotero, médica obstetra da maternidade do Hospital Vasco Lucena, no Recife, em entrevista à TV Globo. O hospital tem o projeto “Maternidade Dançante”, que propõe a dança para diminuir a tensão da gestante durante o trabalho de parto. 

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Neste momento de pandemia do novo coronavírus, restrições nas maternidades (como de visitantes, por exemplo) e o receio de contaminação pela doença também aumentam as preocupações da hora do parto. A dança pode deixar tudo mais leve – sempre, é claro, tomando os devidos cuidados. No Vasco Lucena, todos utilizam máscaras e cumprem as medidas de prevenção contra a Covid-19. A dança agora é parte do Programa de Humanização do Parto da maternidade, com adesão de cerca de 60% das grávidas. Os vídeos gravados no hospital têm feito sucesso nas redes sociais.  

https://www.instagram.com/p/CDom6nvAPnp/?igshid=ogdn0o75hbbs

Mas os vídeos de dança na hora do parto, não se restringem apenas ao momento de pandemia. Em fevereiro de 2018, o tema ficou em evidência quando a cantora Ivete Sangalo postou um vídeo dançando no hospital às vésperas do parto de suas gêmeas, Helena e Marina. 

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Nas redes sociais, é possível encontrar diversos outros exemplos de vídeos como esse, com músicas de gêneros variados, do funk ao forró, passando por samba, axé e pop. “É uma técnica lúdica que provoca o relaxamento da gestante. Os movimentos contribuem para o controle da dor e o gênero da música não interfere: animada ou relaxante, o importante é ser agradável para a gestante”, disse ao Metrópoles a obstetra Lucila Nagata, coordenadora de Gestação de Alto Risco do Centro Materno do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. 

Vários vídeos feitos nos Estados Unidos fazem parte do desafio “Baby Mama Dance”, que existe há anos no país e usa a música “Baby Mama”, lançada por Starrkeisha, alter ego do youtuber Cameron J, para colocar as gestante para dançar. A música convida grávidas a fazerem o “twerk”, estilo de dança que concentra os movimentos no quadril e em agachamentos. Segundo a doutora Lucila, o agachamento é importante para facilitar o parto. “Ajuda na dilatação e no encaixe do bebê”, disse. 

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À Globo, a Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Pernambuco afirmou que a dança na hora do parto é uma conduta individualizada que deve ser pactuada entre o médico e a gestante. A Associação ainda afirma que cada mulher responde de uma forma diferente a essa abordagem e ressaltou que o desejo da mulher deve ser respeitado no momento do parto, sempre com segurança. 

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