Estudo encontra coronavírus na pele de crianças com ‘dedos de Covid’

Pesquisa reforça hipótese de que problema dermatológico, visto com frequência crescente em crianças e jovens adultos durante pandemia, realmente é causado pelo coronavírus

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Representação do novo coronavírus; imagem ilustra matéria sobre crianças com
Pesquisadores avaliaram sete crianças que apresentavam as lesões conhecidas como "dedos de Covid"
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Os sintomas que já foram relacionados à infecção do novo coronavírus são inúmeros – e pesquisadores conduzem estudos para determinar se eles de fato estão relacionados à Covid-19. Entre esses sintomas, está uma alteração dermatológica nos dedos dos pés, que foi apelidada de “dedos de Covid” e tem aparecido com frequência crescente em crianças e em jovens adultos durante a pandemia. As lesões têm um tom rosado ou avermelhado, podendo evoluir para roxo, e não parecem estar relacionadas a uma maior gravidade da doença. 

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Em pesquisa realizada na Espanha, cientistas investigaram a relação das lesões com o coronavírus. O estudo, publicado no British Journal of Dermatology, avaliou sete crianças atendidas no Hospital Infantil Universitario Niño Jesús, na cidade de Madrid, na Espanha, que apresentavam as lesões conhecidas como “dedos de Covid”. Através de biópsia, a equipe que conduziu o estudo encontrou o coronavírus dentro das células epiteliais, que formam a pele. O vírus também estava presente nas células endoteliais, que revestem os vasos sanguíneos da região. As lesões estariam ligadas a danos no endotélio, que atrapalhariam a circulação. 

Para os autores do estudo, as observações apontam que os “dedos de Covid” observados em crianças e jovens têm, de fato, relação com a infecção pelo novo coronavírus. Outros problemas dermatológicos também poderiam estar relacionados ao vírus: outro estudo publicado no mesmo periódico, o British Journal of Dermatology, chegou à conclusão de que cinco diferentes tipos de lesões cutâneas são manifestações da Covid-19, através da avaliação de 375 pessoas com suspeita ou confirmação da doença. 

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Apesar dos estudos, os casos que envolvem algum tipo de lesão cutânea relatados na literatura científica são apenas algumas centenas, enquanto os infectados pelo novo coronavírus são milhões, o que causa debates na área da dermatologia que trazem dúvidas se esses problemas não seriam apenas coincidências. 

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