6 dicas para montar um quarto montessoriano

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    Da redação

    Autonomia e independência são aspectos que a educação montessoriana estimula nas crianças desde cedo, nos mais variados ambientes em que elas circulam, inclusive, no quarto de dormir. Segundo especialistas, esse espaço deve ter uma decoração simples, sem muitos objetos, de modo a passar paz e tranquilidade. “É preciso ter cuidado com o excesso, tampouco recomendo usar coisas infantilizadas, mas priorizar a beleza e a harmonia entre os elementos dispostos”, explica Edimara de Lima, diretora pedagógica da Prima Escola Montessori de São Paulo. Veja a seguir como organizar um quarto segundo os princípios desse método criado pela pedagoga e médica italiana Maria Montessori (1870-1952).

    Pertinho do chão

    Camas baixas, próximas do piso, permitem que as crianças subam e desçam sozinhas do mobiliário sem perigo de cair. Futon japonês, estrado ou colchão dispostos diretamente no chão são outras opções que podem ser usadas com os pequenos, inclusive, os recém-nascidos. Além da segurança, essa organização favorece na criança a tomada de decisão, quanto a sair ou não da cama, e sua independência, já que é uma ação que pode ser feita sozinha.

    Ao nível dos olhos

    Bichos, paisagens e outros motivos decorativos encontrados em papeis de parede ou adesivos podem ser dispostos na parede, na altura dos olhos das crianças. Mas, preferencialmente, em locais em que ela não possa ver quando se deita para dormir, para evitar estímulos. “Os conceitos de repouso e de atividade no quarto devem ser complementares e não antagônicos. Por isso é importante pensar na decoração de modo a garantir um sono tranquilo à criança”, afirma Edimara.

    Fáceis de encontrar

    Caixas e cestas ajudam a organizar a bagunça, mas dificultam o acesso dos pequenos aos objetos de seu interesse. O ideal é que livros e brinquedos estejam dispostos em armários ou prateleiras baixas, em quantidade limitada, de maneira que a criança saiba onde eles estão e consiga manuseá-los com facilidade. “Quatro livros são suficientes e os brinquedos devem estar dispostos de modo que a mão da criança consiga retirar e devolver o objeto sem derrubar nada ao redor”, afirma a diretora pedagógica. Ela diz ainda que cabe aos pais decidir o que expor, segundo os interesses e demandas do filho.

    Prontos para vestir

    As cômodas com gavetas e armários muito usadas para trocar fraldas em recém-nascido, seguem tendo uso quando os pequenos crescem e começam a querer se vestir sozinhos. Eles adoram abrir as gavetas e escolher suas roupas favoritas. Para ajudá-los na busca, vale colar etiquetas de identificação, com os nomes ou desenhos das peças.

    Descoberta do corpo

    É importante para o reconhecimento do próprio corpo e descoberta de identidade. Enquanto o bebê não anda, o ideal é que o espelho seja colocado na posição horizontal e, depois, mudado para a vertical. “O espelho permite que a criança se observe e se conheça fisicamente. Ela pode erguer a mão, por exemplo, e ver se o comando que dá é obedecido pelo corpo”, relata Edimara. Até os seis anos é indicado o uso desse objeto.

    Espaço do brincar

    Alguns brinquedos e atividades, como o desenho, a pintura ou mesmo a pista de corrida dos carrinhos, exigem uma superfície estável. Uma mesa baixa que permita que a criança sente no chão e trabalhe com os brinquedos sobre ela pode ajudar nessas horas. “O tamanho dela deve se ajustar ao do quarto mas, como referência, vale observar se sua superfície tem espaço para manusear com tranquilidade uma folha de papel sulfite e um potinho com lápis ou pinceis”, acrescenta a diretora. Ela ainda sugere o uso de uma cadeira poltrona pequena para que a criança aprenda se sentar”.

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