5 livros para conversar com as crianças sobre discriminação racial

Leituras tratam de temas como a cultura negra, ancestralidade, autoestima, racismo, orixás femininas e representatividade

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Duas meninas negras leem deitadas no chão
Questões relacionadas ao racismo devem ser debatidas com as crianças desde cedo
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A leitura pode ser uma grande aliada à causa da inclusão racial. Ler com as crianças histórias que abordam a temática podem servir de ponto de partida para conversas enriquecedoras sobre racismo, desigualdades e respeito ao que é diferente – dos costumes e culturas a raças e etnias, por exemplo. Neste 21 de março, Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial*, sugerimos cinco livros que estimulam o debate e ajudam a conscientizar as crianças sobre o tema, de modo a incentivar o comportamento respeitoso e sem preconceito nos pequenos. As indicações são da Pró-Saber SP, organização social sem fins lucrativos, responsável por biblioteca gratuita para crianças e moradores da região de Paraisópolis (SP). O espaço reúne mais de 19 mil livros infanto-juvenis e funciona como palco de programas educacionais de contraturno escolar focados na leitura e na brincadeira.

“Precisamos contribuir, todos os dias, para que a educação antirracista chegue a todos. A leitura desempenha um papel importante no desenvolvimento de uma criança, e incentivar obras que tragam consigo representatividade, é um dever nosso”, diz Maria Cecilia Lins, diretora-executiva e fundadora do Pró-Saber SP.

LEIA TAMBÉM:

1- “O Caderno sem rimas de Maria”, de Lázaro Ramos.

Lázaro Ramos é um dos maiores e mais consagrados atores nacionais. Mas, nem todos conhecem seu lado literário. Com mais de 7 livros lançados, ‘O caderno sem rimas de Maria’, é um passeio entre o mundo subjetivo e dito por sua filha, fonte de inspiração da obra.

2- “Amoras”, de Emicida.

Inspirado em sua própria música, Emicida cria uma história inspiradora, construindo uma ponte para as crianças tenham contato sobre ancestralidade, cultura negra e autoestima; que deve ser cultivada e acentuada. Um livro essencial.

3- “A Mãe que Voava”, de Caroline Carvalho.

Mesmo as mães sendo vistas como ‘heroínas’, por fazer o impossível. Como é isso para uma criança? O livro de Caroline Carvalho aborda a visão de uma criança sentindo o afastamento de sua mãe por desempenhar suas várias tarefas diárias; desde os cuidados da casa, familiares e profissional.

4- “Omo-Oba: Histórias de Princesas”, de Kiusam de Oliveira.

O livro reúne histórias de orixás femininas e suas trajetórias como princesas. De forma lúdica, nos convidam a conhecer esse universo de ancestralidade e das religiões de matrizes africanas. Kiusam é uma escritora mundialmente conhecida, principalmente, por suas histórias repletas de diversidade e questões étnico-raciais.

5- “De passinho em passinho: Um livro para dançar e sonhar”, de Otávio Junior.

‘Passinho’ é o nome dado pela dança criada a partir do funk, da capoeira, do samba e do frevo. Criando textura e características próprias, o livro, escrito por Otávio Junior, simboliza a força desse movimento e a representatividade de quem participa.

*A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória às 69 pessoas que morreram durante o massacre de Shaperville, uma manifestação pacífica na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, em 1960.

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