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\n[mc4wp_form id=\"26137\"]\n","post_title":"Parentalidade n\u00e3o \u00e9 sobre os filhos, mas sobre os pais","post_excerpt":"\"Sabemos que a parentalidade n\u00e3o \u00e9 sobre os filhos, mas sobre os pais. Por isso se chama pa-ren-ta-li-da-de\u201d, diz a educadora parental Magda Gomes Dias. ","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"parentalidade-educacao-dos-filhos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2021-07-01 13:01:15","post_modified_gmt":"2021-07-01 16:01:15","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=34229","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":33023,"post_author":"15","post_date":"2021-06-08 11:11:28","post_date_gmt":"2021-06-08 14:11:28","post_content":"\n

Luar, em dinamarqu\u00eas, diz-se Maneskin<\/a>, o mesmo nome da banda italiana que ganhou o Festival da Eurovis\u00e3o da Can\u00e7\u00e3o <\/a>em maio deste ano. A dada altura, aqui em casa torc\u00edamos pela Fran\u00e7a, mas \u00e0 medida que o programa ia avan\u00e7ando e as m\u00fasicas repassavam, comecei a olhar para o grupo italiano com outros olhos. Pensei: quem s\u00e3o estes loucos, vestidos assim e que incendiaram aquele palco? Que loucura boa \u00e9 esta? Quis ouvir de novo a m\u00fasica e fiquei colada. Ainda que seja uma apaixonada por tudo o que seja franc\u00eas, e que a interpreta\u00e7\u00e3o tenha sido arrebatadora, havia algo nos italianos que era puro rock n\u2019 roll, justamente aquilo que estamos todos a necessitar nesta fase pand\u00e9mica que vivemos.<\/p>\n\n\n\n

Fui pesquisar sobre eles de imediato, percebi que t\u00eam entre 20 e 21 anos e que fazem m\u00fasica a s\u00e9rio pelo menos desde os 16, ou seja, alguns come\u00e7aram ainda pequenos, com a aprendizagem de instrumentos, por exemplo. Mas n\u00e3o fui s\u00f3 eu que colei. Todos, aqui em casa, fomos arrebatados pelo grupo de Roma, pelo seu estilo e ousadia. H\u00e1 muito tempo que n\u00e3o ouvia m\u00fasica nova com t\u00e3o boa qualidade. Claro que gostos s\u00e3o gostos e n\u00e3o s\u00e3o discut\u00edveis, mas o que percebi foi que estes jovens se deixaram influenciar por grupos ic\u00f3nicos como os Fleetwood Mac, Nirvana, Radiohead, Led Zepelin, Franz Ferdinand, David Bowie, Red Hot. Que base!!!<\/p>\n\n\n\n

Criar, e criar bem, n\u00e3o \u00e9 dado a todos. \u00c9 preciso talento, esfor\u00e7o, trabalho, sensibilidade e ousadia para experimentar, falhar e recome\u00e7ar. Malcolm Gladwell diz, no seu livro Outliers, que a diferen\u00e7a entre os que s\u00e3o brilhantes e os que s\u00e3o mais ou menos ou bons \u00e9 o n\u00famero de horas de treino, \u00e9 o esfor\u00e7o e a capacidade em sermos resilientes. E o que sabemos \u00e9 que se trata de um grupo dedicado e esfor\u00e7ado. Mas para al\u00e9m do talento art\u00edstico, esta banda tem, muito claramente, uma mensagem a passar: a da liberdade. Liberdade de express\u00e3o, de ser quem somos, de nos experimentarmos. \u00c9 um grupo que pensa no que deseja transmitir, desde a forma como comp\u00f5e a sua m\u00fasica, \u00e0 roupa que escolhe e \u00e0 maneira como se comporta em palco ou o que decide mostrar
nas suas redes sociais. \u00c9 um grupo inteligente, t\u00e3o fora da sua idade que, nas suas redes sociais n\u00e3o publicam nada das suas vidas pessoais. <\/p>\n\n\n\n

Damiano tem uma namorada h\u00e1 4 anos e s\u00f3 agora decidiu revelar a rela\u00e7\u00e3o. Parece que neles se fundiu o esp\u00edrito do rock n\u2019 roll com a sabedoria e intelig\u00eancia. Posso estar muito enganada, mas \u00e9 o que transmitem e isso n\u00e3o deixa de me emocionar por ver tanta compet\u00eancia e capacidade em mi\u00fados t\u00e3o jovens.<\/p>\n\n\n\n

Escrevo tudo isto para dizer que este grupo de jovens artistas e tudo o que trazem consigo parece que devolveu-nos um pouco de esperan\u00e7a: a da ousadia, da paix\u00e3o e do tes\u00e3o pela vida. E embora este tema aparentemente nada tenha que ver com parentalidade, para mim confirma-me que uma das fases mais importantes da nossa vida \u00e9 mesmo a adolesc\u00eancia e que pode ser
vivida com a liberdade que se deseja, sem que ela tenha de causar repulsa, medo ou dano. Para quem sempre achou que esta fase da vida \u00e9 de tontice, aqui fica um exemplo brilhante de como, quando damos espa\u00e7o aos mi\u00fados desde cedo, permitimos que se descubram, se experimentem e voem sem medos nem preconceitos. Se olharmos bem, vemos nos
Maneskin<\/a>, mi\u00fados a divertirem-se e a serem felizes com o que adoram fazer. N\u00e3o diria que Maneskin seja a luz da lua, mas um raio de sol cheio de esperan\u00e7a para uma gera\u00e7\u00e3o que parece perdida, desorientada e adormecida. Grazzie mille!<\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: 7 erros que pais de filhos adolescentes cometem<\/a><\/p>\n\n\n\n


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[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"M\u00fasicos italianos do 'Maneskin' nos fazem lembrar o quanto a adolesc\u00eancia \u00e9 importante","post_excerpt":"","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maneskin-adolescencia-banda-italiana","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 17:06:40","post_modified_gmt":"2025-11-26 20:06:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=33023","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":30669,"post_author":"15","post_date":"2021-04-20 18:52:52","post_date_gmt":"2021-04-20 21:52:52","post_content":"\n

Passamos a fronteira do inimagin\u00e1vel, e neste momento, n\u00e3o h\u00e1 grande seguran\u00e7a na previs\u00e3o do futuro. H\u00e1 mais de um ano, confinados em casa, por causa da pandemia do coronav\u00edrus. Quando acredit\u00e1vamos que seria impens\u00e1vel aguentar um m\u00eas, percebemos hoje que somos mais resilientes e que at\u00e9 sabemos responder aos desafios. Uns com mais cautela do que outros, mas de uma forma geral, conseguimos adaptarmo-nos.<\/p>\n\n\n\n

Mas h\u00e1 sempre o reverso da medalha e a fatura est\u00e1 pesada e vem com juros acrescidos. Aumentou o burnout parental, o que significa que alguns n\u00e3o conseguimos mais sentir prazer nesse papel que tanto idealizamos e se romantiza. Estamos exaustos, sem retaguarda e rede de apoio. Sem estrat\u00e9gias. Fartos e com vontade de largar tudo. Mas isso n\u00e3o \u00e9 op\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Desde dia 19 de abril que, em Portugal, o ensino presencial regressou para todas as idades, mas os mais jovens tamb\u00e9m pagaram a fatura do confinamento. Mais ansiedade, saudades, cansa\u00e7o, des\u00e2nimo. Excesso de ecr\u00e3s, dificuldade em focarem-se em atividades, perda de prazer pela escola, at\u00e9!  Em termos de desenvolvimento s\u00f3cio-emocional, perderam oportunidades - que s\u00e3o recuper\u00e1veis, espero - de socializar, de terem brigas com uns e de as resolverem. N\u00e3o houve festas de anivers\u00e1rio, n\u00e3o houve atividades extra curr\u00edculo escolar. N\u00e3o fizeram novos amigos.<\/p>\n\n\n\n

Alguns adolescentes adiaram o primeiro beijo, o primeiro fim-de-semana fora com o namorado. N\u00e3o se sentiram imortais porque \u00e9 esperado que assim sintam, mas imortais porque os dias n\u00e3o passavam, a vida ficou em stand-by.<\/p>\n\n\n\n

Ansiedade, des\u00e2nimo, tristeza, apatia s\u00e3o sintomas que n\u00e3o podem ser ignorados. Mesmo que, aqui em Portugal, se esteja a desconfiar devagarinho, a verdade \u00e9 que isso n\u00e3o significa que a fatura fica esquecida e arquivada. Precisamos de estar atentos a n\u00f3s, mas tamb\u00e9m aos outros que apresentam estes sintomas. Hoje, mais do que nunca, \u00e9 urgente pedir ajuda, aceitar ajuda. E dar tempo. Para nos voltarmos a adaptar ao que era antes e \u00e0 ansiedade que esse antigo conhecida pode trazer.<\/p>\n\n\n\n

Desejo que o Brasil possa recuperar r\u00e1pido deste momento altamente desafiante que est\u00e1 a viver. Desejo que o mundo recupere r\u00e1pido para que possamos viver com menos constrangimentos e, finalmente, abra\u00e7ar os nossos!!<\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: O home office te aproximou do seu filho?<\/a><\/p>\n\n\n\n


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[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"A fatura pesada da pandemia, com juros","post_excerpt":"Ansiedade, des\u00e2nimo, tristeza, apatia s\u00e3o sintomas que n\u00e3o podem ser ignorados. Precisamos de estar atentos a n\u00f3s, mas tamb\u00e9m aos outros que apresentam estes sintomas. ","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"pais-exaustos-pandemia","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 16:58:51","post_modified_gmt":"2025-11-26 19:58:51","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=30669","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":29834,"post_author":"15","post_date":"2021-04-05 13:13:52","post_date_gmt":"2021-04-05 16:13:52","post_content":"\n

A Gretchen Rubin<\/a>, escritora americana, tem uma frase que adoro e que diz \u201c Os dias s\u00e3o longos , mas os anos s\u00e3o curtos.\u201d Esta frase \u00e9 verdade para quem tem filhos pequenos, naquelas fases muito desafiantes. A ela juntamos a outra frase que diz: passa a correr, passa r\u00e1pido. Ou seja, a no\u00e7\u00e3o de tempo \u00e9 altamente subjetiva. N\u00e3o tem s\u00f3 que ver com o tempo que passa, mas tamb\u00e9m com o tempo social. Ou\u00e7o pessoas da gera\u00e7\u00e3o dos meus dizer \u201cNo meu tempo e com a tua idade eu j\u00e1 estava\/j\u00e1 era, j\u00e1 tinha.\u201d Hoje, aos 43 anos, sinto-me com 20, vejo-me com 20, mas a realidade ao espelho e na forma como me tratam \u201ca senhora\u201d mostram-me a realidade. O tempo mental \u00e9 um, o tempo f\u00edsico \u00e9 outro. O tempo \u00e9 uma medida altamente subjetiva.<\/p>\n\n\n\n

Falando com v\u00e1rias pessoas, a no\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao tempo deste \u00faltimo ano \u00e9 algo que daria uma tese ou uma com\u00e9dia. N\u00e3o sei se te aconteceu tamb\u00e9m, mas dei por mim, por vezes, a n\u00e3o saber exatamente, em que fase do ano estava, em que m\u00eas ou dia era. Ao trazer o trabalho para dentro de casa, e a viver todas as esferas da minha vida ao mesmo tempo, as fronteiras temporais come\u00e7aram a desaparecer. Trabalho ao fim de semana \u2013 algo que a maior parte dos empreendedores e pessoas que t\u00eam os seus pr\u00f3prios neg\u00f3cios fazem \u2013 mas acredito que passei dos limites. N\u00e3o me dei conta. E percebi que tomo decis\u00f5es o tempo todo. Entre o tempo que n\u00e3o sabemos que temos at\u00e9 esta pandemia terminar, tomo decis\u00f5es. O que fazer para o jantar, o que fazer se este projeto n\u00e3o der certo, o que fazer com este cansa\u00e7o. A ang\u00fastia das decis\u00f5es, t\u00e3o bem definida num texto de Sartre que postei h\u00e1 umas semanas<\/a> arrasa conosco. <\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: O principal \u00e9 decidir em fam\u00edlia uma rotina que seja boa para todos<\/a><\/p>\n\n\n\n


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Tenho percebido que, de uma forma geral, estamos todos esgotados, com falta de vitalidade. Procuramos manter as rotinas, que s\u00e3o, de fato o que nos alivia o cansa\u00e7o, mas percebemos que, ainda assim, \u00e9 dif\u00edcil assegurar algumas delas.<\/p>\n\n\n\n

Vejo pais completamente exaustos<\/a>, num estado de burnout que s\u00f3 tem solu\u00e7\u00e3o quando se pede ajuda para que se volte a equilibrar a balan\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

A organiza\u00e7\u00e3o do nosso tempo, onde existimos nas diferentes esferas, torna-se ent\u00e3o algo que precisamos de olhar com a m\u00e1xima seriedade para sairmos deste turbilh\u00e3o em que muitos j\u00e1 estamos metidos.<\/p>\n\n\n\n

Algu\u00e9m disse, e cheio de raz\u00e3o: Podemos ter tudo \u2013 s\u00f3 n\u00e3o podemos ter tudo ao mesmo tempo.<\/p>\n\n\n\n

Para manter uma rotina, precisamos ser generosos consigo mesmos: n\u00e3o d\u00e1 para ter tudo ao mesmo tempo.<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, e para come\u00e7ar, vamos olhar para esta tr\u00edade super importante:<\/p>\n\n\n\n

O descanso <\/span><\/p>\n\n\n\n

A alimenta\u00e7\u00e3o <\/span><\/p>\n\n\n\n

A atividade f\u00edsica<\/span><\/p>\n\n\n\n

S\u00e3o 3 elementos que precisam estar presentes na nossa vida. <\/p>\n\n\n\n

Eu passei a permitir-me dormir a sesta (um cochilo \u00e0 tarde), de vez em quando. Permitir foi o verbo que usei, \u00e9 verdade. Porque preciso respeitar o meu corpo, o cansa\u00e7o que sinto.<\/p>\n\n\n\n

Se sempre fui cuidadosa com a alimenta\u00e7\u00e3o, a verdade \u00e9 que estou a seguir um plano s\u00e9rio, com benef\u00edcios anti-oxidantes. \u00c9 f\u00e1cil cair no \u201cs\u00f3 um copo de vinho, s\u00f3 uma batata frita\u201d. Tamb\u00e9m \u00e9 f\u00e1cil, para quem n\u00e3o tem filhos, passar o dia sem comer, porque est\u00e1 a fundo no seu trabalho. J\u00e1 para quem tem filhos, cozinhar pode ser um pesadelo. Para mim, neste segundo confinamento quase foi quase isso, o que me fez retomar um h\u00e1bito que me salva sempre: decidir os menus e tirar uma manh\u00e3 por semana, para preparar todas as refei\u00e7\u00f5es da semana. Tamb\u00e9m vou buscar fora ou mando vir, mas porque quero alimentar-me bem, resolvo tudo numa manh\u00e3. E posso garantir que a obriga\u00e7\u00e3o deixa de existir porque est\u00e1 assegurada de uma vez s\u00f3.<\/p>\n\n\n\n

E finalmente, a atividade f\u00edsica. J\u00e1 n\u00e3o procuro os \"6 pack\" (a chamada \"barriga de tanquinho\") \u2013 mas o treino de for\u00e7a, de equil\u00edbrio, porque um dos motivos de morte ou invalidez a partir de uma certa idade \u00e9 a falta de for\u00e7a derivado \u00e0 perda de m\u00fasculo. Claro que praticar esportes traz muitas outras vantagens, mas eu foco tamb\u00e9m nesta \u2013 sinto mais for\u00e7a, mais agilidade. Como se tivesse os tais 20 anos\u2026<\/p>\n\n\n\n

E se estes tr\u00eas pontos s\u00e3o importantes para a rotina, tamb\u00e9m precisamos de trazer mais coisas \u00e0 nossa vida. Criatividade, divers\u00e3o, leveza, felicidade. Sabem, as coisas est\u00e3o puxadas.<\/p>\n\n\n\n

No in\u00edcio do confinamento passado, e neste, decidi desafiar-me. Decidi que, enquanto durasse o confinamento, n\u00e3o iria repetir a mesma roupa. Decidi que iria cozinhar um prato diferente todos os dias. N\u00e3o sei como consegui quase dois meses de pratos diferentes \u2013 mas o desafio de um conjunto diferente, todos os dias, \u00e9 um bossa na minha criatividade e auto-estima. Posso n\u00e3o sair todos os dias, mas todos os dias cuido de mim. Visto-me, coloco os meus cremes, o meu eyeline (delineador) e r\u00edmel, e o meu batom. N\u00e3o \u00e9 negoci\u00e1vel. <\/p>\n\n\n\n

Em jeito de resumo: os dias podem ser longos ou curtos, mas os anos, esses, passam a voar. E no nosso dia a dia, precisamos de assegurar que existimos nas diferentes esferas que temos, nos diferentes papeis. E para que isso aconte\u00e7a precisamos de repetir que \"Podemos ter tudo, s\u00f3 n\u00e3o podemos ter tudo ao mesmo tempo\" \u2013 e isso vai trazer um olhar mais generoso para conosco que \u00e9 o que nos permite conciliar o que \u00e9 importante, sem culpas, de forma tranquila.<\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: Pediatras d\u00e3o dicas a pais que ainda n\u00e3o conseguiram organizar rotina<\/a><\/p>\n\n\n\n


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[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"Pais e m\u00e3es exaustos: 3 atitudes para enfrentar o turbilh\u00e3o","post_excerpt":"Para ajudar fam\u00edlias que est\u00e3o esgotadas, a colunista Magda Gomes Dias destaca tr\u00eas pr\u00e1ticas que precisam estar presentes no nosso dia a dia","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"pais-manter-rotina-pandemia","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 16:57:45","post_modified_gmt":"2025-11-26 19:57:45","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=29834","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":28444,"post_author":"15","post_date":"2021-03-10 12:46:38","post_date_gmt":"2021-03-10 15:46:38","post_content":"\n

Corria o ano de 2015 quando lancei o meu primeiro livro, o \"Crian\u00e7as Felizes\". Nessa altura, convidei uma amiga minha, m\u00e9dica de medicina geral e da fam\u00edlia e uma pedopsiquiatra para me acompanharem na apresenta\u00e7\u00e3o. \u00c9 um h\u00e1bito que temos em Portugal - h\u00e1 sempre algu\u00e9m que fala do livro, antes do editor e do autor.<\/p>\n\n\n\n

A Ana, que \u00e9 minha amiga h\u00e1 anos (mas tem dias que acho que \u00e9 desde sempre), disse, cheia de sabedoria, que ser m\u00e3e ou pai \u00e9 uma esp\u00e9cie de profiss\u00e3o de desgaste r\u00e1pido. E eu acrescento: de desgaste continuo.<\/p>\n\n\n\n

A natureza \u00e9 s\u00e1bia e nos torna ignorantes e crentes na altura em que planejamos ter filhos: achamos, sempre, que o que acontece com os outros n\u00e3o acontecer\u00e1 conosco \u2013 os estresses, as birras e in\u00fameros desafios que a parentalidade nos traz. Ainda bem que assim \u00e9, caso contr\u00e1rio, a extin\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie j\u00e1 teria acontecido. Recordo-me quando, numa a\u00e7\u00e3o de prepara\u00e7\u00e3o para o parto, que muitos frequentamos antes do beb\u00ea nascer, eu falava sobre isso para m\u00e3es e pais gr\u00e1vidos e n\u00e3o via qualquer tipo de rea\u00e7\u00e3o neles. N\u00e3o tomavam notas, n\u00e3o se envolviam como eu estava habituada a ver nas partilhas com grupos de pais de filhos grandes ou pequenos. Ent\u00e3o, percebi. Parei de falar, sorri e perguntei-lhes:<\/p>\n\n\n\n

\u2013 Voc\u00eas acham mesmo que isto n\u00e3o vai acontecer com voc\u00eas, n\u00e3o \u00e9?
As pessoas riram e acenaram que sim.<\/p>\n\n\n\n

A primeira preocupa\u00e7\u00e3o que os pais costumam ter s\u00e3o os cuidados prim\u00e1rios e a sobreviv\u00eancia do rec\u00e9m-nascido. Muitos de n\u00f3s n\u00e3o lidamos nem cuidamos de pessoas t\u00e3o pequeninas e dependentes de n\u00f3s, antes. Nesse momento, pedi-lhes que tomassem notas e que depois as guardassem numa das gavetas do quarto do beb\u00ea. Quem sabe nunca viessem a ser necess\u00e1rias; quem sabe se n\u00e3o se tornariam preciosas.<\/p>\n\n\n\n

Dois anos depois, fui contactada por tr\u00eas casais desse grupo \u2013 as notas foram preciosas, mas j\u00e1 n\u00e3o eram suficientes. \u00c9 quase sempre assim: pelo bem e manuten\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie!<\/p>\n\n\n\n

Tenho uma frase que digo com imensa frequ\u00eancia. \"A parentalidade \u00e9 uma esp\u00e9cie de fermento: coloca-nos em contato com o melhor e com o pior de n\u00f3s.\" Lidar com essas emo\u00e7\u00f5es intensas e frequentes nem sempre \u00e9 f\u00e1cil, mas podemos aprender. Na verdade, a parentalidade, como o pr\u00f3prio nome diz, n\u00e3o \u00e9 acerca da crian\u00e7a, mas dos pais.<\/p>\n\n\n\n

Vale a pena aprofundar os estudos e as leituras acerca do tema \u2013 mesmo quando acreditamos que isso nunca vai acontecer conosco.<\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: Criar uma crian\u00e7a \u00e9 f\u00e1cil, mas educar\u2026<\/a><\/p>\n\n\n\n


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[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"A parentalidade, como o pr\u00f3prio nome diz, n\u00e3o \u00e9 acerca da crian\u00e7a, mas dos pais","post_excerpt":"A educadora parental Magda Gomes Dias lembra que ser m\u00e3e ou pai \u00e9 uma profiss\u00e3o de desgaste cont\u00ednuo","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"parentalidade-pais","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 16:03:51","post_modified_gmt":"2025-11-26 19:03:51","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=28444","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":27500,"post_author":"15","post_date":"2021-02-16 15:25:47","post_date_gmt":"2021-02-16 18:25:47","post_content":"\n

Durante conversas matinais com meus seguidores<\/a>, muitas vezes, deixo reflex\u00f5es, outras vezes, provoca\u00e7\u00f5es, mas tamb\u00e9m partilho textos que me inspiram e me fazem pensar.<\/p>\n\n\n\n

Certa vez, contei o que aconteceu no momento em que j\u00e1 h\u00e1 muitos anos a professora dos meus filhos revelou que utilizava um m\u00e9todo com o qual eu, que estudo e trabalho com as quest\u00f5es da educa\u00e7\u00e3o, tinha s\u00e9rias reservas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Na ocasi\u00e3o em que isso ocorreu, h\u00e1 cerca de sete anos, um grupo de m\u00e3es olhou para mim e esperou que eu reagisse. N\u00e3o fiz nada. Quando nos encontramos depois, perguntaram-me o que eu iria fazer, sobretudo porque tinha escrito sobre o assunto dois dias antes desse encontro com a professora.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

A minha resposta foi um seguro \u201cN\u00e3o vou fazer nada.\u201d A verdade \u00e9 que sei que n\u00e3o posso nem quero controlar tudo na vida dos meus filhos, expliquei-lhes. Isto \u00e9 a vida a acontecer e se eu reclamar ou quiser mudar sempre tudo, quando as coisas n\u00e3o s\u00e3o do meu agrado, ent\u00e3o estou a prejudicar os meus filhos e a desrespeitar as decis\u00f5es dos outros, que s\u00e3o t\u00e3o livres quanto as minhas. Do meu lado, irei ajudar os meus filhos a compreenderem o que se pretende, darei o meu ponto de vista, e escutarei o que t\u00eam para me dizer, verificando se isso lhes traz preju\u00edzo ou n\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: 7 passos para promover a comunica\u00e7\u00e3o n\u00e3o violenta com as crian\u00e7as<\/a><\/p>\n\n\n\n


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Por mensagem, uma m\u00e3e comentou que a professora da filha dava doces como incentivo e que ela discordava. O que fazer?
Coloquei esta quest\u00e3o \u00e0 audi\u00eancia da live que fiz na tarde em que escrevo este artigo, e todos disseram que a m\u00e3e deveria falar com a professora e explicar que n\u00e3o era boa ideia.0<\/p>\n\n\n\n

Desejamos crian\u00e7a desenroladas, aut\u00f4nomas e que afirmem o que desejam. Mas depois metemo-nos no meio para lhes resolver os problemas.<\/p>\n\n\n\n

\u2013 E a sua filha consegue dizer que n\u00e3o? \u2013 perguntei \u00e0 m\u00e3e que me escreveu.
\u2013 Consegue \u2013 respondeu ela.
\u2013 Ent\u00e3o, parece-me que o assunto est\u00e1 resolvido \u2013 afirmei.

Embora possam me dizer \u201cse fosse o meu, ele aceitaria\u201d, o nosso primeiro pensamento \u00e9, muito frequentemente, ter uma daquelas conversas \u201cfrancas\u201d com o outro. No que toca \u00e0 parentalidade, nada mais errado, sobretudo quando s\u00e3o situa\u00e7\u00f5es deste tipo. <\/p>\n\n\n\n

Queremos crian\u00e7as capazes, emancipadas e decididas, mas depois tiramos-lhes oportunidades como estas de pensarem por si e afirmarem-se. N\u00e3o estou a dizer que n\u00e3o partilhemos os nossos receios e pontos de vista, mas ser\u00e1 que primeiro n\u00e3o vale a pena dotar os nossos filhos de estrat\u00e9gias?

Vamos pensar nisto?<\/p>\n\n\n\n


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Leia tamb\u00e9m: Seu filho tem autonomia?<\/a><\/p>\n\n\n\n


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[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"O que voc\u00ea faz quando discorda da professora de seus filhos?","post_excerpt":"A educadora parental Magda Gomes Dias comenta o que disse a uma m\u00e3e que lhe perguntou sobre isso, usando experi\u00eancia que ela mesma teve na escola de seus filhos","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"discorda-do-metodo-da-professora","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 16:00:55","post_modified_gmt":"2025-11-26 19:00:55","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=27500","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":24191,"post_author":"15","post_date":"2020-12-15 11:14:34","post_date_gmt":"2020-12-15 14:14:34","post_content":"\n

Durante muitos anos n\u00e3o me via como algu\u00e9m que desse valor a coisas bonitas. Dava valor a coisas pr\u00e1ticas e simples. Mas n\u00e3o era necess\u00e1rio ser bonito. <\/p>\n\n\n\n

Hoje, n\u00e3o \u00e9 mais assim. Precisa de ser simples, pr\u00e1tico e tamb\u00e9m bonito. \u00c9 poss\u00edvel esse equil\u00edbrio. E o melhor de tudo \u00e9 que quanto menos, melhor. Mas tem que ser bonito.<\/p>\n\n\n\n

Na mesma medida, deixei de conseguir ler muitos livros ao mesmo tempo - e quantos livros j\u00e1 li ao mesmo tempo, minha gente... Deixei de conseguir estar a trabalhar em v\u00e1rias coisas ao mesmo tempo. Continuo a n\u00e3o conseguir trabalhar numa mesa desarrumada. Menos, sempre. <\/p>\n\n\n\n

Desacelerar.<\/p>\n\n\n\n

Verbo que embora desejasse mais presente na minha vida, nem sempre consigo. A minha natureza \u00e9 acelerada, entusiasmada. Basta tirar a press\u00e3o de cima de mim para estar com novas ideias, mais vontade de fazer coisas boas. Trazer pessoas, envolv\u00ea-las. Fazer acontecer \u00e9 uma esp\u00e9cie de combust\u00edvel. \u00c9 ou era?<\/p>\n\n\n\n

Dou por mim a querer fazer menos mas melhor, mais simples, pr\u00e1tico e bonito. Seja no trabalho, na casa ou com os filhos. Quem diria...  eu que n\u00e3o ligava muito ao bonito.<\/p>\n\n\n\n

As f\u00e9rias do Natal est\u00e3o quase a\u00ed e desejo-as. Desejo dias vagarosos, ao som de uma lareira. Desejo andar devagar, desligar e desacelerar. E escrevo estas palavras apropriando-me delas. A vertigem dos dias, as responsabilidades, a falta de apoio em certos dom\u00ednios mas o imenso apoio de outros lados fazem a balan\u00e7a procurar um equil\u00edbrio muito interessante. Esse equil\u00edbrio \u00e9 feito com gestos cada vez mais lentos porque n\u00e3o me consigo consumir muito mais. A sensa\u00e7\u00e3o de que tudo isto \u00e9 irreal, de que vivemos algo fora do normal convidam-me a estar mais presente, a colocar a minha energia apenas naquilo que sei que me vai fazer sentir bem. E o bonito tem esse lugar: nas coisas, nos projetos, na forma como se fala, nos amigos e pessoas que escolho ter na minha vida, na forma como acarinho os meus.<\/p>\n\n\n\n

Ser\u00e1 que o que escrevi acima te faz sentido? Conta-me, como vais trazer o bonito para os teus dias?<\/p>\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M: Final de ano, cansa\u00e7o \u00e0 vista: tome cuidado e saiba como minimiz\u00e1-lo<\/a><\/p>\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]<\/p>\n","post_title":"Fazer menos e melhor \u2013 mais simples, pr\u00e1tico, e bonito","post_excerpt":"As f\u00e9rias do Natal est\u00e3o quase a\u00ed e desejo-as. Desejo dias vagarosos, ao som de uma lareira. Desejo andar devagar, desligar e desacelerar. ","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"simples-bonito","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-26 15:51:49","post_modified_gmt":"2025-11-26 18:51:49","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=24191","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"image\/jpeg","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":23511,"post_author":"15","post_date":"2020-11-25 14:11:33","post_date_gmt":"2020-11-25 17:11:33","post_content":"\n

Dos v\u00e1rios pecados mortais, a pregui\u00e7a \u00e9 talvez aquela por quem nutro mais repulsa. Fico nervosa com as pessoas que andam devagar, que n\u00e3o se afastam por estarem desatentas e que n\u00e3o t\u00eam urg\u00eancia em viver. Talvez pregui\u00e7a tenha significado, para mim, a aus\u00eancia de paix\u00e3o e tes\u00e3o pela vida.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 uns anos, numa fase bem desafiante da minha vida, o meu marido ofereceu-me um livro que recebi, admito hoje, com bastante desd\u00e9m. Chamava-se \"A Arte de n\u00e3o fazer nada\" e eu perguntei-me se ele me conhecia t\u00e3o bem quanto eu achava.<\/p>\n\n\n\n

A vida continuou.<\/p>\n\n\n\n

Veio o nascimento da Escola da Parentalidade. Veio a forma\u00e7\u00e3o de uma equipe, a cria\u00e7\u00e3o de cursos, textos, a gest\u00e3o de toda uma empresa. Enfim, veio a vida que foi abra\u00e7ada com paix\u00e3o, que \u00e9 assim que deve ser, sem deixar nada para amanh\u00e3 nem para depois. <\/p>\n\n\n\n

E veio a Covid-19 e com ela a vida em suspenso. Tenho no\u00e7\u00e3o que procurei me adaptar, tirar o melhor deste per\u00edodo em casa. Afinal de contas, tratar das nossas coisas, trabalhar num espa\u00e7o simp\u00e1tico, tendo a fam\u00edlia por perto, haver\u00e1 l\u00e1 maior prazer?<\/p>\n\n\n\n

Sem ter tido tempo para recuperar as energias e descansar, voltamos em outubro ao dia-a-dia. Forma\u00e7\u00f5es \u00e0 noite, uma situa\u00e7\u00e3o de sa\u00fade por resolver e um cansa\u00e7o a instalar-se que eu negava, como sendo, apenas, uma pequena sobrecarga. Eu escrevi sobrecarga. \u00c9 carga em cima de outra carga, o que revela que este \u00e9 um pensamento que precisa de ser questionado e colocado em quest\u00e3o. Estar em sobrecarga parece ser, afinal, o normal e n\u00e3o o excepcional.<\/p>\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M: 7 dicas para manter a mente s\u00e3 em tempo de isolamento social<\/a><\/p>\n\n\n\n

Domingo de descanso e a sobrecarga ganhou. Eu colapsei. Sem outra alternativa,  escutei o que o corpo, o universo e a mente me estavam a querer dizer, e eu insistia em n\u00e3o querer ver nem ouvir.<\/p>\n\n\n\n

Parei uma semana e dei-me ao tal vil\u00e3o do pecado que \u00e9 a pregui\u00e7a. Fui desencantar o livro \"A Arte de n\u00e3o fazer nada\" e dei-me ao sossego. Afinal, acho que o meu marido sempre me conheceu melhor do que eu pensava e sabia, antes de mim, do que eu precisava. E respeitou o meu ritmo e natureza. Pousei o meu corpo no sof\u00e1, v\u00e1rias vezes. Deixei a mente passear, sem fazer quase nada. Sem ler, sem ouvir m\u00fasica, sem exerc\u00edcio nenhum. Parei e andei devagar. E n\u00e3o fiquei nervosa com isso. At\u00e9 gostei. Parei para n\u00e3o fazer nada.<\/p>\n\n\n\n

Voltei \u00e0 vida, devagar. Peguei meu calend\u00e1rio e marquei dois per\u00edodos durante a semana em que, ou n\u00e3o trabalho ou n\u00e3o vou para a Escola. Dei-me conta que tenho um ritmo pr\u00f3prio, de quem vive e agarra a vida com unhas e dentes, e que isso consome energia. Muita energia, Aulas \u00e0 noite, atendimentos, gest\u00e3o e escrita s\u00e3o coisas que fa\u00e7o muito facilmente, com grande entusiasmo e felicidade, mas que me consomem. E para dar, preciso parar.<\/p>\n\n\n\n

Nunca pensei dizer isto, mas a pregui\u00e7a tem as suas virtudes e decidi que duas vezes por semana me entregarei nos seus bra\u00e7os, tal como me entrego ao ritmo fren\u00e9tico dos meus dias, nos outros dias. Nas duas situa\u00e7\u00f5es, com imenso prazer e paix\u00e3o, que \u00e9 assim que vivo a vida.<\/p>\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M: Reserve um tempo especial para si mesma (nem que sejam alguns poucos minutos di\u00e1rios)<\/a><\/p>\n\n\n

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Novembro marca 60 dias ap\u00f3s o regresso \u00e0s aulas das crian\u00e7as, aqui em Portugal. O confinamento teve in\u00edcio em 13 de Mar\u00e7o. Meses depois desta reten\u00e7\u00e3o, a abertura da escola e do ano escolar significavam o regresso \u00e0 vida \"normal\", ainda que com cuidados. <\/p>\n\n\n\n

Era urgente voltar \u00e0 rotina e at\u00e9 o estresse do tr\u00e2nsito parecia trazer algum tipo de alegria. Preparar a roupa de v\u00e9spera e cal\u00e7ar o sapato em vez do chinelo chegou a ser quase o c\u00famulo da sofistica\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Dois meses depois, a normalidade passou a incluir emails das escolas com o ponto de situa\u00e7\u00e3o referente \u00e0 covid. Nessa listagem temos de \u201clevar os mi\u00fados a fazerem teste covid\u201d e saber que, mais cedo ou mais tarde, \"vamos voltar a casa por um per\u00edodo de uns 15 dias\u201d. Ou seja, a vida fica em suspenso, sem que grandes programa\u00e7\u00f5es possam ser feitas, sem nos podermos entusiasmar com o que vamos fazer daqui a 15 dias. Marcamos a nossa vida na agenda, sempre com a certeza de que nada \u00e9 definitivo. Na verdade, nunca foi, mas n\u00e3o t\u00ednhamos esta lembran\u00e7a, constante e frequente de que a vida pode ser interrompida a qualquer momento.<\/p>\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M: Flexibiliza\u00e7\u00e3o com seguran\u00e7a para as crian\u00e7as: \u00e9 poss\u00edvel?<\/a>

Felizmente, e na medida do poss\u00edvel, resistimos. Procuramos proteger-nos, garantindo que as crian\u00e7as se divirtam e se relacionem em \u201cbolhas\u201d, mas n\u00e3o lhes retiramos o essencial: o brincar, o correr e o olho no olho. Os mais pequenos podem ver os sorrisos uns dos outros e v\u00e3o desenvolvendo a escuta. O professor \u00e9 portador de m\u00e1scara e os alunos at\u00e9 aos 10 anos v\u00e3o percebendo se o mesmo est\u00e1 a falar a s\u00e9rio ou a brincar. Resta-nos a express\u00e3o do olhar que n\u00e3o \u00e9 tudo, afinal. Faltam as express\u00f5es e as pequenas contra\u00e7\u00f5es da boca que nos mostram impaci\u00eancia ou delicadeza. Falta o abra\u00e7o que acolhe e protege. <\/p>\n\n\n\n

A capacidade que os mi\u00fados t\u00eam em se adaptar \u00e9 enorme. A vontade que os adultos \u00e0 sua volta t\u00eam em tornar a vida o mais normal \u00e9 de uma grande generosidade e resili\u00eancia. Mas a verdade \u00e9 que n\u00e3o vivemos tempos normais e por isso precisamos resistir, nos adaptar para sobreviver. Que \u00e9 disso que se trata.<\/p>\n\n\n\n

Ao conversar com pais e professores verificamos o de sempre: os mi\u00fados mais tranquilos, mas tamb\u00e9m os mais ansiosos, os que mais cooperam e os que mais resistem espelham os sentimentos que os adultos que est\u00e3o \u00e0 sua volta t\u00eam: de tranquilidade ou ansiedade, de resist\u00eancia ou coopera\u00e7\u00e3o. Com covid ou sem, a verdade \u00e9 que somos, eternamente, o reflexo do que pensamos e das pessoas com quem nos relacionamos.<\/p>\n\n\n\n

A 60 dias do final do ano e h\u00e1 quase um ano neste vida interrompida, resta-nos o desejo quase infantil de que o R\u00e9veillon nos traga uma nova vida que \u00e9, afinal de contas, a mesma que t\u00ednhamos anteriormente: com abra\u00e7os, com toque, com sorrisos e l\u00ednguas de fora. Tirar a m\u00e1scara e passar um batom, guardar o \u00e1lcool gel e entrela\u00e7ar os dedos nas m\u00e3os do outro, agarrando-o como se n\u00e3o houvesse amanh\u00e3.<\/p>\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M: Crian\u00e7as (e adultos) precisam tomar sol e praticar esportes ao ar livre<\/a><\/p>\n\n\n

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