Pesquisa associa vacina BCG, dada em recém-nascidos, a menos mortes por coronavírus

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Imagem mostra mão de pessoa adulta segurando vacina e ao fundo bebe está deitado na cama. Pesquisa associa vacina BCG, dada em recém-nascidos contra a tuberculose, a uma menor mortalidade pelo coronavírus em países que seguem políticas nacionais de vacinação
Pesquisa associa vacina BCG, dada em recém-nascidos contra a tuberculose, a uma menor mortalidade pelo coronavírus em países que seguem políticas nacionais de vacinação.
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Uma pesquisa realizada no New York Institute of Technology (NYIT), nos Estados Unidos, constatou que a vacina BCG (Bacillus Calmette–Guérin), dada em recém-nascidos para combater a tuberculose, pode estar associada a uma maior resistência contra o novo coronavírus. Isso porque acredita-se que a vacina ofereça proteção abrangente contra infecções respiratórias, que apresentam sintomas semelhantes à Covid-19.

Segundo o estudo, divulgado em março na publicação de saúde MedRXiv, ao comparar as práticas de imunização de diversos países, observou-se que aqueles que não têm políticas universais de vacinação BCG – como Itália, Holanda e Estados Unidos – foram mais severamente afetados em comparação com países com políticas universais e antigas de BCG.

A pesquisa defende a ideia de que quanto mais cedo a política de vacinação é estabelecida, maior a probabilidade de uma parcela significativa da população, principalmente os idosos, ser protegida.

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A investigação encontrou uma correlação positiva significativa entre o ano em que as políticas universais de vacinação BCG foram adotadas e a taxa de mortalidade do país devido à pandemia do coronavírus. O Irã, por exemplo, que iniciou sua política universal de vacinação contra BCG em 1984, tem uma taxa de mortalidade elevada, com 19,7 mortes por milhão de habitantes. Já Japão, que desde 1947 conta com uma política universal de vacinação de BCG, tem 0,28 mortes por milhão de pessoas, quase 70 vezes menos que o Irã. O Brasil iniciou a vacinação universal em 1920 e tem uma taxa de mortalidade ainda mais baixa, de 0,0573 mortes por milhão de habitantes, informa reportagem sobre o estudo feita pelo próprio instituto de tecnologia de Nova Iorque.

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“Propomos que as diferenças no impacto da Covid-19 entre os países possam ser parcialmente explicadas pelas diferentes políticas nacionais relacionadas à vacinação infantil Bacillus Calmette-Guerin (BCG)”, afirmam os pesquisadores liderados por Gonzalo Otazu, professor assistente de ciências biomédicas do NYIT. Eles dizem que a combinação de morbimortalidade reduzida faz da vacinação BCG uma nova ferramenta potencial na luta contra a doença.

Como uma das vacinas mais usadas no mundo, a vacina BCG existe há quase um século e tem se mostrado uma ferramenta eficaz na prevenção da meningite e da tuberculose disseminada em crianças.

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