\u00e9 uma baixa autoestima<\/a>, ela quer atender o comportamento esperado e acha que a submiss\u00e3o ou acatar o outro ou n\u00e3o se posicionar est\u00e1 dentro desse comportamento esperado. \u00c9 importante fazer a crian\u00e7a perceber que ela tem que se posicionar. \u00c0s vezes, quando eles s\u00e3o pequenos, isso pode ser feito por meio de uma frase pronunciada em tom forte, que \u00e9 a forma que eles conseguem se manifestar: \"n\u00e3o gostei, n\u00e3o pegue meu brinquedo\u201d, fazendo com que consigam emitir sua opini\u00e3o. Isso est\u00e1 ligado \u00e0 autoestima e \u00e0 percep\u00e7\u00e3o de que ela pode colocar seu ponto de vista sem que isso seja um dem\u00e9rito.\" <\/p>\n\n\n\nPor que os pais n\u00e3o devem se envolver na briga<\/h2>\n\n\n\n
\u201c\u00c9 a escola que tem o papel de educar esse grupo de alunos. N\u00e3o \u00e9 o caso de eu, enquanto m\u00e3e de um, ir tirar satisfa\u00e7\u00e3o, bater ou coagir o filho do outro. Porque da mesma forma que a gente est\u00e1 pensando que uma crian\u00e7a, se \"bateu, levou\", s\u00f3 perpetua o conflito, isso acontece num grau muito maior se adultos, que n\u00e3o s\u00e3o educadores, tomam atitudes dr\u00e1sticas - e mesmo que fossem educadores. J\u00e1 aconteceu de um educador segurar uma crian\u00e7a para a outra bater, isso \u00e9 t\u00e3o inconceb\u00edvel quanto um pai ou uma m\u00e3e ir resolver um problema que pertence \u00e0 escola.<\/p>\n\n\n\n
Na hora em que um adulto resolve pela crian\u00e7a, existe uma despropor\u00e7\u00e3o de poder, seja um educador que tenha a atitude desproporcional, seja um adulto que pertence \u00e0 fam\u00edlia da pessoa envolvida no conflito, isso n\u00e3o ajuda a desenvolver habilidades, nem para quem bateu, nem para aquele que \u00e9 a crian\u00e7a-alvo. \u00c0 medida que essa crian\u00e7a traz um pai ou m\u00e3e (e quanto maior ela for, isso se tornar\u00e1 mais evidente), ela est\u00e1 passando a mensagem de \u201ceu n\u00e3o dou conta dos meus problemas, quando eu estiver longe de um adulto eu sou vulner\u00e1vel\u201d. Em vez de ajudar meu filho a se posicionar e mostrar uma imagem de forte, estou fortalecendo a imagem de fraco - n\u00e3o que a crian\u00e7a seja fraca, mas \u00e9 a imagem que ela passa perante os outros, \u00e9 a mensagem subliminar que est\u00e1 sendo passada - de que longe de um adulto ela continua sendo um alvo.<\/p>\n\n\n\n
O pai, al\u00e9m de ter uma a\u00e7\u00e3o desproporcional agressiva, que coagiu outra crian\u00e7a, e isso \u00e9 inconceb\u00edvel, em vez de ajudar, ela est\u00e1 prejudicando, porque est\u00e1 fortalecendo a imagem de que meu filho n\u00e3o d\u00e1 conta sozinho, ele s\u00f3 consegue quando algu\u00e9m est\u00e1 falando, agindo por ele.\u201d<\/p>\n\n\n\n
Parceria escola-fam\u00edlia<\/h2>\n\n\n\n
\u201cO pai pode buscar saber na escola quais s\u00e3o os elementos que est\u00e3o sendo trabalhados. A professora pode contar sobre a realiza\u00e7\u00e3o de assembleias, interven\u00e7\u00e3o direta, rodas de conversa, e como \u00e9 feita a media\u00e7\u00e3o. O conflito n\u00e3o se resolve de uma hora para outra e n\u00e3o existe ambiente social sem conflitos, ele \u00e9 inerente o que a gente precisa buscar \u00e9 formas mais respeitosas de resolv\u00ea-los. Outra quest\u00e3o que os pais podem contribuir com a escola \u00e9 trazer algumas informa\u00e7\u00f5es sobre o filho, que o professor n\u00e3o tem acesso. Quanto mais velha \u00e9 a crian\u00e7a - pr\u00e9-adolescente, adolescente - os conflitos v\u00e3o se distanciando da vis\u00e3o do professor. Crian\u00e7a de 4, 5, 6 anos, muitas vezes, recorre ao professor para pedir ajuda, mesmo que ela se sinta alvo, mesmo que se sinta impotente. Mas \u00e0 medida que ela cresce, deixa de pedir ajuda ao professor, at\u00e9 para n\u00e3o ficar com a imagem de fraco ou porque o colega amea\u00e7a, mas essas informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o importantes para escola, n\u00e3o no sentido de ensinar \u00e0 escola como fazer, mas de contribuir com a escola e estabelecer uma parceria para que tenham informa\u00e7\u00f5es importantes que ajudem o professor a atuar. Ele vai fazer interven\u00e7\u00f5es diretas e indiretas, como an\u00e1lises de conflitos hipot\u00e9ticos, discuss\u00f5es de casos hipot\u00e9ticos, que potencializem aquela turma. Esse \u00e9 um ponto muito rico na rela\u00e7\u00e3o entre fam\u00edlia e escola.\u201d<\/p>\n\n\n\n
A influ\u00eancia do ambiente escolar nos conflitos<\/h2>\n\n\n\n
\u201cDependendo da forma de interven\u00e7\u00e3o, se a escola co\u00edbe os conflitos, n\u00e3o estar\u00e1 ensinando os alunos a lidar com eles. Por exemplo, quando as crian\u00e7as brigam porque foram trocar figurinhas do \u00e1lbum da Copa e fulano deu a figurinha e depois quis de volta. E a escola, em vez de trabalhar isso, para que os alunos aprendam a lidar com essas situa\u00e7\u00f5es, n\u00e3o permite mais trazer figurinhas. Essa medida tira os elementos da frente, como se isso estivesse resolvendo um problema, mas ao n\u00e3o trabalhar esses conflitos \u2012 ou porque evita situa\u00e7\u00f5es que podem caus\u00e1-los ou porque na hora que eles aparecem coloca adultos para resolv\u00ea-los pelas crian\u00e7as \u2012 a escola est\u00e1 deixando de desenvolver habilidades nas crian\u00e7as e de potencializar esses processos, para que esses meninos e meninas saibam falar com voz pr\u00f3pria e saibam resolver os pr\u00f3prios conflitos.\u201d <\/p>\n\n\n\n
A media\u00e7\u00e3o no bullying<\/h2>\n\n\n\n
\u201cEsse \u00e9 um fen\u00f4meno que tem elementos espec\u00edficos que o caracterizam. Para ser bullying<\/a> tem que ser recorrente, pelo mesmo autor, direcionado \u00e0 mesma v\u00edtima. E tem que ter o espectador, que \u00e9 um elemento importante. <\/p>\n\n\n\nPesquisas atuais tamb\u00e9m dizem que \u00e9 dif\u00edcil ter bullying sem