Li, há uns anos, no blogue de um pai, que as palmadas tinham benefícios. Que benefícios são esses eu não sei dizer mas o que posso aqui assegurar é que as palmadas funcionam. E nunca te direi o contrário. Funciona, sim! Pelo menos no curto prazo e até o dia em que o nosso filho nos diz, em tom de provocação: “Podes bater que não dói!”
Acredito que nenhum pai nem nenhuma mãe quer se chatear ou aborrecer com os filhos ao ponto de ter de bater neles. E se o faz é certamente porque aprendeu que bater funciona ou porque não tem outras estratégias. Mas tenho dúvidas de que a maior parte dos pais deseje usar as palmadas como estratégia de educação.
Pais e filhos são seres humanos inteiros e iguais e a única diferença é que os filhos estão a aprender. A nossa missão, enquanto pais é educá-los, fazê-los compreender quais são as regras da sociedade, torná-los saudáveis emocionalmente, corajosos, participativos e todas essas competências que um ser humano precisa ter.
Educar não é domesticar. Educar é humanizar.
Nesta humanização explicamos as regras e que as mesmas são para serem cumpridas mas também são para serem questionadas. Algumas são tão simples como não atirar a comida para o chão, a importância de se honrar compromissos, não atravessar no sinal vermelho ou ainda não bater ou chamar nomes.
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Mas há sempre quem vá dizer que as palmadas são uma ferramenta educativa essencial. Ora, se as palmadas são a tal ferramenta educativa essencial, ao praticá-las estamos a faltar respeito à criança, não usando o conhecimento que temos da vida como oportunidade para ensinarmos. Mas estamos também a dizer que não temos ou não queremos usar outras estratégias como conversar, combinar consequências, responsabilizar. Não estou a dizer que deixes passar. Estou a dizer que é necessário compormos um time com os nossos filhos. Repara que qualquer criança que esteja bem, que sabe o que fazer, e portanto, já tem alguma maturidade (o que não é característica das idades mais baixas), tem vontade de cooperar, de ajudar e não de dificultar. É uma criança que se porta bem. Sim, fazem birras, fazem-nos sentir desafiados todos os dias, querem quebrar os limites, mas caramba! Isso é parte de ser criança. Tal como é esfolar os joelhos!
Finalmente, faltamos também ao respeito conosco e à imagem de pai ou de mãe que desejamos ser. Aposto que gostaríamos de ser melhores do que por vezes somos. A busca não é, contudo, a perfeição, mas a melhoria contínua. Consegues perceber a diferença?
As palmadas que mais doem são as mais injustas – claro que são – são aquelas em que nos ‘saltou a tampa’ e não fomos capazes de nos controlar. Por isso é que se diz que é absolutamente importante aprender sobre este tema, é importante termos uma rede de apoio e estratégias.
Porque educar não é um jogo de poder.
Obviamente vc n tem filhos ou se tem os deicha pra outra pessoa criar , tem horas que a palmada é algo essencial