Por Helen Mavichian* – Lidar com comportamentos desafiadores de uma criança na escola requer habilidade para saber como manejar as situações de conflito. Uma abordagem compreensiva e colaborativa entre pais, professores e profissionais de saúde é imprescindível. A comunicação e o diálogo aberto entre todas as partes responsáveis e envolvidas na vida da criança são essenciais para entender a natureza do comportamento e desenvolver estratégias consistentes em casa e na escola para ajudar com os comportamentos difíceis.
Para tanto, é importante entender se há causas subjacentes, relacionadas, por exemplo, a problemas emocionais, dificuldades de aprendizado, situações de bullying ou questões familiares.
Auxiliar os pequenos a desenvolver habilidades sociais para lidar com os demais pode ajudar muito nesse sentido. Ao trabalhar a empatia, a resolução de conflitos e a comunicação – que seja sincera, aberta e clara – a criança se torna capaz de interagir de maneira mais positiva com os colegas e professores no ambiente escolar.
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Ensinar práticas de autorregulação também é válido: à medida que ela aprende técnicas de respiração, pausas e outras formas de manejo, poderá lidar com a frustração e o estresse de forma mais construtiva e equilibrada, sem ferir os colegas e cuidadores.
Outro maneira para ajudar no desenvolvimento do autocontrole é organizar a rotina da criança e estabelecer compromissos previsíveis durante a semana, proporcionando assim segurança e estrutura à sua vida. Isso pode contribuir para reduzir a ansiedade e conquistar estabilidade emocional.
Para a realização desse trabalho, é essencial envolver profissionais de saúde mental, como psicólogos infantis, que possam contribuir com a orientação da criança e dos pais e responsáveis no ambiente escolar. Inclusive, uma avaliação profissional pode identificar possíveis condições que contribuem para o comportamento desafiador como algum transtorno ou distúrbio associado às ações praticadas pelos menores.
Incentivar o envolvimento familiar na vida escolar da criança é uma prática positiva e necessária. Isso promove uma colaboração eficaz entre escola e família, criando um suporte consistente para a criança se desenvolver. Cada criança é única, diferente, e abordagens individualizadas podem ser funcionais. A paciência, a compreensão e a cooperação entre todas as partes interessadas são fundamentais para enfrentar e superar os desafios comportamentais na escola.
*Helen Mavichian – psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e mestre em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.