M\u00fasicos italianos do \u2018Maneskin\u2019 nos fazem lembrar o quanto a adolesc\u00eancia \u00e9 importante<\/a><\/p>\n\n\n\n
\n\n\n\n[mc4wp_form id=\"26137\"]\n","post_title":"A adolesc\u00eancia em luto na pandemia","post_excerpt":"Os adolescentes est\u00e3o em luto. Um luto diferente, um luto pelo que n\u00e3o puderam viver. Eles choram, questionam, sentem raiva, tristeza, medo, solid\u00e3o, desesperan\u00e7a","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"adolescentes-luto-pandemia","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2021-07-29 12:05:37","post_modified_gmt":"2021-07-29 15:05:37","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=36176","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":false,"total_page":1},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};
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\n\n\n\n[mc4wp_form id=\"26137\"]\n","post_title":"O adolescente e as telas: atividade da 'pizza' pode ajudar no controle de tempo nos dispositivos","post_excerpt":"Os jovens de hoje fazem tudo no celular \u2013 aulas, jogos, paqueras etc. \u2013 mas ainda assim subestimam o tempo que passam nesse dispositivo ","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"adolescentes-e-tempo-de-telas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2021-09-20 17:29:41","post_modified_gmt":"2021-09-20 20:29:41","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=40147","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":36176,"post_author":"24","post_date":"2021-07-28 20:26:54","post_date_gmt":"2021-07-28 23:26:54","post_content":"\n
N\u00e3o sei se voc\u00ea se lembra da sua adolesc\u00eancia. Eu j\u00e1 estou vendo meus 45 anos chegarem, mas me lembro como se fosse ontem!<\/p>\n\n\n\n
Como esperei pela liberdade da adolesc\u00eancia. Festa nas casas dos amigos, Carnaval nas cidades do interior de Minas, o grupo de amigas viajando sozinha para as praias do Esp\u00edrito Santo (como um bom mineiro, n\u00e9?), o bando de amigos juntos na Copa do Mundo de 94 (\u00e9 Tetra!) a turma da escola indo para o s\u00edtio, os dias divertido no \u00faltimo ano de escola (viva o Terceir\u00e3o!).<\/p>\n\n\n\n
Ah como \u00e9 bom lembrar... Que del\u00edcia foi viver minha adolesc\u00eancia. Aquele tempo que vivemos como se fossem ser os dias mais felizes da vida! A gente pensa no futuro, mas nem tanto. A gente se preocupa, mas nem tanto. A gente tem responsabilidades, mas nem tanto. A meta \u00e9 ser feliz, estar rodeado de amigos, fazer um monte de coisas pela primeira vez, aproveitar ao m\u00e1ximo e ser feliz mais um pouquinho!<\/p>\n\n\n\n
Ultimamente, tenho lembrado bastante desse tempo. N\u00e3o por vontade de viver isso novamente (na minha idade n\u00e3o sobreviveria a outra adolesc\u00eancia, n\u00e9?), mas pensando em tantos adolescentes que est\u00e3o trancados em casa h\u00e1 um ano e meio.<\/p>\n\n\n\n
Sim, eles existem! Muitos continuam sem ir \u00e0 escola, muitos continuam respeitando a pandemia, muitos continuam em isolamento social. Atendo alguns deles em meu consult\u00f3rio semanalmente e posso afirmar com toda empatia que consigo ter por eles: eles est\u00e3o em luto!<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o necessariamente esses adolescentes perderam algu\u00e9m nessa pandemia, mas est\u00e3o em luto. Um luto diferente, um luto pelo que n\u00e3o puderam viver. Eles choram, eles questionam, sentem raiva, sentem tristeza, sentem medo, sentem solid\u00e3o, sentem desesperan\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n
Se lamentam saudosos pelo que n\u00e3o viveram: n\u00e3o tem cinema na 6\u00aa depois da aula, nem vamos todos l\u00e1 para casa e pedimos uma pizza, n\u00e3o tem festinha no final de semana, nem dormir na casa das amigas. Alguns se formaram, mas a conquistas da formatura n\u00e3o foi celebrada, a viagem do 3\u00ba ano n\u00e3o aconteceu, n\u00e3o teve dia D, nem a despedida da escola que estudaram a vida inteira. N\u00e3o teve abra\u00e7o, n\u00e3o teve encontro, n\u00e3o teve festa, n\u00e3o teve, n\u00e3o teve, n\u00e3o teve...<\/p>\n\n\n\n
E sabe o que \u00e9 mais cruel? Muitos adolescentes se sentem culpados por se sentirem tristes. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n
Muitos se questionam como podem chorar por isso se tem tanta gente sofrendo e chorando porque perderam algu\u00e9m nessa pandemia. Muitos se acham maus, pois est\u00e3o se queixando sem motivo. Muitos tem vergonha do que est\u00e3o sentindo.<\/p>\n\n\n\n
Ah, isso d\u00f3i meu cora\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Eles se sentem errados por sentir.<\/p>\n\n\n\n
Na minha profiss\u00e3o, de hora em hora eu escuto uma dor diferente: a dor de uma m\u00e3e que perdeu o filho, a dor do fim de um relacionamento, a dor da solid\u00e3o, a dor da dificuldade social, a dor dos pais que se sentem perdidos, a dor dos filhos que n\u00e3o se sentem amados, a dor do medo, a dor da preocupa\u00e7\u00e3o com o trabalho, a dor da compuls\u00e3o alimentar, a dor de n\u00e3o se sentir capaz, a dor de perder o pai, a dor de n\u00e3o ter amigos, a dor do puerp\u00e9rio...<\/p>\n\n\n\n
Se tem uma coisa que aprendi ouvindo diariamente cada paciente que entra em meu consult\u00f3rio \u00e9 que n\u00e3o existe dor certa e dor errada. Como tamb\u00e9m n\u00e3o existe luto mais digno de dor que outro. Luto \u00e9 luto. D\u00f3i e pronto.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o se mede o tamanho da perda, para se autorizar o tamanho da dor.<\/p>\n\n\n\n
Dor a gente acolhe, d\u00e1 as m\u00e3os e caminha junto. Sempre.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n
Sem julgamento, sem menosprezo, sem cr\u00edtica, sem pressa.<\/p>\n\n\n\n
Com empatia, com compaix\u00e3o, com paci\u00eancia, com colo, com abra\u00e7o, com disponibilidade, com afeto, com amor.<\/p>\n\n\n\n
\u00c9 assim que a gente acolhe a dor dos adolescentes em luto ou qualquer outra.<\/p>\n\n\n\n
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