Atraso de fala: saiba quais são as principais causas  

Conhecer os marcos de desenvolvimento é essencial para identificar possíveis dificuldades

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Avaliação da criança deve ser feita de forma individualizada
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O atraso de fala em crianças é uma das principais queixas nos consultórios pediátricos, que costuma gerar dúvidas e preocupações entre pais e responsáveis. Para saber se ele é transitório ou sinal de uma condição que merece atenção, é essencial observar os marcos de desenvolvimento infantil e realizar avaliações específicas, incluindo exames auditivos, afirma a médica otorrinolaringologista e foniatra, Mônica Elisabeth Simons Guerra. 

Atualizados em 2022 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e adotados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os marcos de desenvolvimento infantil indicam o que se espera em áreas como linguagem, habilidades sociais e cognição, no período de dois meses a cinco anos.  

Por exemplo, aos 12 meses, é esperado que a criança balbucie palavras simples como “mamãe” e “papá”, enquanto aos dois anos, ela já deve ser capaz de formar frases curtas, com duas palavras. Aos três anos, a fala deve ser compreensível para a maior parte das pessoas, mesmo com possíveis trocas de sons. 

Se esses marcos não forem alcançados, é importante buscar orientação médica. A especialista reforça que a avaliação é sempre individualizada, levando em conta o histórico da criança, seus estímulos e condições de saúde. “Nem sempre o atraso é algo preocupante, mas é preciso identificar rapidamente se há um problema subjacente que exige intervenção”, destaca. 

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Motivos que levam ao atraso de fala 

Entre as principais causas de atraso de fala estão problemas auditivos, transtorno do desenvolvimento de linguagem (TDL), condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou fatores ambientais e sociais. Em muitas situações, o atraso também pode ser resultado de estímulos insuficientes, como a falta de interação verbal frequente com a criança. 

“Além do teste da orelhinha, realizado ao nascimento, é essencial reavaliar a criança em idades posteriores, já que déficits auditivos podem surgir e impactar diretamente a linguagem”, alerta a médica, que é membro do Departamento de Foniatria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). Outras avaliações, como a análise de habilidades motoras orais e cognitivas, também ajudam a determinar a origem do atraso. 

“A identificação e o tratamento precoce são fundamentais para promover o desenvolvimento da criança e evitar impactos na vida escolar e social. Com ferramentas como os marcos do CDC e o acompanhamento profissional, pais e responsáveis podem se sentir mais seguros e preparados para apoiar o desenvolvimento das crianças”, ressalta Vanessa Magosso Franchi, coordenadora do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF.  

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