Essa semana recebi os livros do projeto Literatura Acessível. Eles vieram acompanhados de uma carta da Usiminas, patrocinadora do projeto, explicando que o objetivo dessa iniciativa é promover a inclusão social das pessoas com deficiência por meio da democratização da leitura.
As escolas contempladas pelo projeto recebem a doação dos impressos, que trazem personagens com deficiência e reúnem em um único exemplar Braille, pictogramas e acesso à versão em Libras e audiodescrição. Os livros têm ilustrações bem coloridas que chamam a atenção das crianças, e as histórias são estruturadas para apoiar o seu desenvolvimento físico e psicológico.
Sabrina, A menina sabida nos faz refletir sobre as crianças que possuem altas habilidades e superdotação e muitas vezes não são compreendidas. Meu nome é Bia Sabia? fala de uma garotinha que tem paralisia cerebral e nos convida para um mergulho no universo da pluralidade humana. Já A sociedade que temos e a sociedade que queremos nos mostra uma escola preparada, com recursos e professores especializados, para receber pessoas com deficiência e necessidades específicas.
Logo que os livros chegaram, mostrei para os meus filhos e sentamos para ler juntos. Thor, de doze anos, achou o material bonito e cativante. Laila, que está com dez, disse que são acessíveis e muito importantes. Luísa, que é uma jovem com deficiência física, também gostou e aprovou o material.
No próximo mês, a Ong que fundei, Mova-se, visitará duas escolas aqui em Cachoeiro de Itapemirim (ES), onde moro. Já utilizávamos o recurso da contação de histórias para conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância de respeitar as diferenças e lidar com mais naturalidade com pessoas com deficiência. Mas, dessa vez, levaremos os livros do projeto Literatura acessível e tenho certeza que será bem proveitoso, já que as obras abrem uma oportunidade de conversa sobre acessibilidade arquitetônica, atitudinal e comunicacional – com o uso de tecnologias assistivas e recursos de adaptação. Os livros também oportunizam trabalhar valores importantes como a empatia, o diálogo e o respeito à diversidade humana. Além disso, materiais como estes nos ajudam a refletir sobre o papel que cada um de nós tem na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
As crianças representam o nosso futuro. Precisamos de mais iniciativas como essa!
*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.
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