Os bebês estão sempre mudando: em um piscar de olhos, os pequenos se transformam e os pais, é claro, acompanham tudo, cada pequena evolução de seus filhotes. Nesta fase, ocorrem os saltos de desenvolvimento do bebê – ou seja, momentos em que ele vai obtendo novas habilidades. São novas expressões, novos sons e novas descobertas com o próprio corpo. Os saltos de desenvolvimento também podem trazer algumas mudanças comportamentais.
“O bebê está em constante desenvolvimento, mas esse ritmo não é linear, ou seja, há períodos acelerados e outros mais lentos”, diz a médica pediatra e neonatologista Thais Bustamante, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ela explica que, toda vez que o bebê adquire uma habilidade funcional nova, ele fica tão obcecado e animado com a nova descoberta que quer praticá-la o tempo todo.
Leia também – Com videochamadas, mãe consegue ver bebê que está na UTI: ‘ele me busca com o olho’
Quando ocorrem os saltos de desenvolvimento, o comportamento do bebê muda porque ele se sente perdido em relação às novas habilidades que descobre – e isso o leva a ficar mais grudado com a mãe, por insegurança. Se o bebê passa a ficar chorão, carente, só quer colo e peito o tempo todo, tem mudanças no apetite e também no sono, mas não há nenhum sintoma físico que demande uma visita ao pediatra, ele está com os sintomas clássicos de saltos de desenvolvimento.
“É uma fase em que é preciso ter mais empatia e paciência com o neném. Converse, brinque, cante, leia para a criança e dê o colo que ela busca”, orienta Thais. “Cada salto dura, em média, de alguns dias a algumas semanas, mas passa”, afirma. A médica explica alguns saltos de desenvolvimento que são previstos de acordo com a fase do bebê:
Leia também – Dormir tarde pode aumentar risco de sobrepeso nas crianças, diz pesquisa
- 5 semanas: há melhora da visão, sorrisos ocorrem com mais frequência e há a capacidade de chorar com lágrimas.
- 8 semanas: percepção de sons, cheiros e sabores. O bebê começa a vocalizar conscientemente e percebe as mãos e os pés.
- 12 semanas: consegue firmar a cabeça, gritar e passa a ter curiosidade pelo mundo.
- 19 semanas: esse é um dos saltos mais longos e o bebê consegue segurar objetos, trocá-los de mão, levá-los à boca, começa a rolar… são muitas as descobertas do período.
- 26 semanas: o bebê senta sem apoio e compreende que as coisas podem trocar de posição (dentro e fora, frente e trás), entende que a mãe se afasta e adquire maturidade para receber alimentos sólidos.
“E apesar de serem mais facilmente perceptíveis em bebês, os saltos de desenvolvimento ocorrem em crianças e adolescentes. Então, não acabam nesta fase, apenas mudam com a maturidade da criança”, declara Thais.
Leia também – Crianças de até 6 anos serão as mais afetadas, a longo prazo, pela suspensão das aulas presenciais
Picos de crescimento
Segundo Thais, picos de crescimento estão relacionados à altura e não com o desenvolvimento. Para poder crescer, o corpo do bebê demanda mais energia, o que faz com que aumente a frequência das mamadas e ele acorde mais vezes à noite para mamar.
“Tem mãe que acha que o leite ficou fraco, passa a querer oferecer fórmula e não é isso. O bebê só está mamando mais para poder crescer. Conversar com o pediatra é essencial para que a nutrição do bebê ocorra de forma correta e o aleitamento materno não seja prejudicado”, defende a médica.
Quer receber mais conteúdos como esse? Clique aqui para assinar a nossa newsletter. É grátis!