Será que o prejuízo acadêmico das crianças deve nos preocupar agora?

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Crianças jovens estão em círculo e esticam os braços ao centro unindo as mãos. Será que é o momento de se preocupar com o prejuízo acadêmico que as crianças estão tendo por não ir à escola?
Será que é o momento de se preocupar com o prejuízo acadêmico que as crianças estão tendo por não ir à escola?
Buscador de educadores parentais
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No início do isolamento social, uma das primeiras atividades que foram fechadas foram as escolas. Desde então, nossos filhos estão afastados do ambiente escolar. As escolas, algumas de forma mais rápida, outras, mais lentamente, passaram a oferecer atividades e aulas pela internet. E as discussões nos grupos de pais e mães começaram a aumentar.

Alguns acreditando que as escolas e as crianças não estavam preparadas para esse avanço tecnológico. Em muitas casas, há somente um computador que precisa ser dividido entre os pais, que estão em trabalho domiciliar, e os filhos, com suas atividades escolares. Muitos argumentando a dificuldade do aprendizado no ensino à distância. Nele, está distante o papel do professor e muitos pais e mães se julgam incapazes de substituir esse profissional. Outra preocupação revelada é relativa à quantidade de conteúdos disponibilizados e as muitas
tarefas a serem entregues.

Mas em todas as discussões fica evidente que para a maioria dos pais e mães a maior preocupação é relativa ao possível prejuízo acadêmico das crianças. E acredito que esse ponto me permite levantar algumas questões. Será que essa deveria ser nossa maior preocupação? Será que o conhecimento acadêmico é o único relevante para as nossas crianças?

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Penso que esse momento seja único para que nossos filhos aprendam bastante sobre alguns outros valores, fundamentais para sua formação e futuro. A solidariedade é um deles. Acredito, inclusive, que a solidariedade será uma das formas de combatermos os efeitos da pandemia. Todos nós podemos fazer algo por alguém que está mais necessitado. Logicamente, aquelas pessoas que estão sendo menos afetadas podem fazer mais. Apoiar nesse momento as pessoas menos favorecidas é algo fundamental. E os nossos filhos precisam participar disso!

Na escola onde minha filha estuda, um grupo de mães criou uma campanha para arrecadar dinheiro para as pessoas que têm pequenos negócios na porta da escola. O baleiro, o pipoqueiro, a moça do cachorro-quente, todos eles ficarão muitas semanas sem nenhum faturamento. Tão logo tomamos conhecimento da campanha, fizemos nossa doação. E a Maria Eduarda foi a mais empolgada. Acompanhava a cada momento se o valor arrecadado já estava próximo do objetivo. Ao final, conseguimos arrecadar um valor suficiente para garantir um pouco de tranquilidade para eles nesse período tão difícil. E quando chegaram as mensagens de agradecimento dos familiares daqueles que foram ajudados, ela ficou muito emocionada. E acabou me dizendo:

– Papai, eles estão agradecendo a nossa ajuda!

Muitas pessoas anônimas e conhecidas estão organizando campanhas de doação de alimentos, material de limpeza e de higiene pessoal para serem distribuídos nas regiões mais carentes. Mutirões de doação de quentinhas para moradores de rua também estão sendo organizados. Não seria esse um bom conteúdo para aprendermos e praticar durante a pandemia?

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