A pandemia causada pelo Covid-19 tem nos imposto situações nunca vividas e em decorrência dela, trazido também, conflitos e angústias filosóficas, conceituais e operacionais.
Um desses assuntos é a análise profunda acerca da Educação Infantil, sua finalidade e objetivos. Com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) essa etapa se torna parte integrante da educação básica, estando no mesmo patamar de importância do ensino fundamental e médio. Quero ressaltar aqui que a educação infantil é a meu ver, imprescindível para o sucesso dos demais segmentos, é o fundamento do processo educacional. No entanto, precisamos entender também que ela só é obrigatória no Brasil para as crianças a partir dos 4 anos, decisão essa oriunda de uma emenda constitucional de 2009.
Muito se tem perguntado diante dessa crise sanitária sobre a relevância ou necessidade de praticar educação remota com essa etapa da educação básica. Se isso faz sentido, se é legal ou normatizado ou ainda se é benéfico ou não. Muito se tem perguntando, mas poucos estão se aventurando a afirmar isso ou aquilo, sabem o motivo? Porque é inusitado, não foi pensado e nunca vivido.
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Partindo da própria BNCC que diz que a educação infantil “têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar”, em outro trecho reforça ainda dizendo “ para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família”, portanto cabe nossa reflexão acerca de que escola e família devem caminhar juntas, uma completando a outra, potencializando assim as aprendizagens. Diálogo é a chave nesse momento.
Muito mais importante do que afirmarmos a legalidade dos atos sobre educação infantil e ensino remoto, está a necessidade de pais e professores caminharem juntos, apoiando ações pedagógicas a serem realizadas em casa. Acrescento ainda que essa mediação tecnológica feita pelo professor não será para sempre. É apenas uma parada estratégica por conta de uma crise sanitária. Sendo assim, breve estaremos no ambiente escolar e retomaremos as atividades específicas.
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O que escolas e professores precisam nesse momento é entenderem que pais não são professores e que para o ensino remoto ser funcional nessa etapa, faz-se necessário um bom roteiro para as famílias. Uma bússola onde as atividades sejam explanadas e pormenorizadas para que pais e familiares possam dar continuidade em casa, à educação dos pequenos, que também é de responsabilidade deles. Agora não é tempo de mandar para casa, grandes dossiês (aliás nunca foi), verdadeiros tccs para serem realizados pelas crianças. É hora de trabalharmos os direitos de aprendizagem em casa, com atividades simples e funcionais. Lembrando que não é papel que faz a aprendizagem acontecer, é a experiência entre o indivíduo e o conhecimento. Experiências marcantes, que toquem o coração, atingirão realmente o alvo.
Se a carga horária remota será contabilizada pelos conselhos estaduais como trabalhadas efetivamente, não sabemos ao certo. Poucos conselhos explanaram sobre a educação infantil e até o momento. Mas de uma coisa sabemos: as crianças ganharão e muito realizando atividades dirigidas pedagogicamente, com intencionalidade, para seu crescimento integral.
Olá, Márcia Conceição, tudo bem? Obrigada por compartilhar sua opinião conosco! De fato, a colunists Iolene Lima sempre traz ótimos temas e boas reflexões sobre eles. Temos também outro colunista que escreve sobre educação, Demétrio Weber:
https://cangurunews.com.br/categoria/colunas/demetrio-weber/
e uma seção com notícias de educação que atualizamos constantemente:
https://cangurunews.com.br/categoria/familia/educacao/
Esperamos que goste! Um abraço, Verônica.
Bom dia, no meu município nessa pandemia a educação tem dado o suporte necessário na educação infantil desde o maternal . Estamos caminhando juntos Escola/família.
O elo entre escola e família é extremamente importante no processo de aprendizagem da criança, principalmente nesse momento de pandemia. O texto é bastante esclarecedor!
Oi, Verônica (minha xará, rs), ficamos felizes que tenha gostado do texto, essa é a intenção, que ele ajuda a esclarecer um assunto que é tão importante para as crianças e suas famílias. Críticas, elogios e sugestões são sempre bem vindos. Abraço, Verônica.
Uma criança de 4 , 5 anos não estando matriculada em função da crise economica, distanciamento social deve ter todo respaldo do governo para que quando voltar as aulas presenciais poder matricular-se e continuar seus estudos sem que os pais precisem responder judicialmente…até mesmo porque eles fizeram o acompanhamento domiciliar usando estratégias pesquisadas pela internet de acordo com a idade de seu filho …qdo as aulas presenciais retornarem as escolas devem aceitar a matricula após uma sondagem e para ver o nivel de conhecimento desta criança para assim encaminha-la para o ano a qual estaria apta.
Vejo que todos nós devemos nos juntar em uma força tarefa para que essa criança seja recolada sem agredir ainda mais a sua família que já vem sofrendo com a situação atual do país.
Olá, Hania, obrigada por compartilhar sua opinião com a gente! Abs, Verônica.
Diálogo é a chave nesse momento. Experiências marcantes, que toquem o coração, atingirão realmente o alvo. Mas de uma coisa sabemos: as crianças ganharão e muito realizando atividades dirigidas pedagogicamente, com intencionalidade, para seu crescimento integral. Importantíssimo esse trecho do texto. Sou
professora da Educação Infantil. E tocar a alma e o coração com momentos dirigidos com intencionalidade de trocas, aprendizados, experiências e afeto mesmo que distantes é de grande valia. Claro que não se compara com a socialização propriamente vivida. Me encho de alegria em poder compartilhar com às crianças, os pais ou responsáveis um momento de amizade, solidariedade, companheirismo e dedicação.
Boa tarde,
Texto muito esclarecedor!! É uma pena que a maioria dos conselhos estaduais e municipais tem se calado sobre a normatização da educação infantil nesse momento dificil.
Pretendo ficar acompanhando a pagina para acompanhar outras reflexões sobre o assunto.