Pais de crianças pequenas estão entre mais afetados pela pandemia, diz estudo

Pesquisa foi realizada no Reino Unido e avaliou se níveis de sofrimento mental de determinados grupos aumentou durante pandemia

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Mãe brinca com filho em casa, em ilustração à matéria sobre pesquisa que indica grupos mais afetados psicologicamente pela pandemia no Reino Unido.
Quase 17.500 pessoas participaram do levantamento, respondendo a um questionário sobre sua saúde mental durante a pandemia do novo coronavírus
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Um estudo publicado no periódico The Lancet Psychiatry na última terça-feira (21) analisou a saúde mental no Reino Unido durante a pandemia do novo coronavírus, investigando se grupos de pessoas tinham algum sofrimento psicológico no período anterior à pandemia e se esse sofrimento aumentou. Os resultados mostraram que pais de crianças menores de cinco anos estão entre os que foram mais afetados psicologicamente pela pandemia. Mulheres e jovens de 18 a 24 anos também estão entre os mais afetados. 

Quase 17.500 pessoas participaram do levantamento, respondendo a um questionário online entre os dias 23 e 30 de abril, quando a quarentena estava completando um mês no Reino Unido. O formulário incluía questões sobre a frequência com que essas pessoas sentiam sintomas como dificuldade para dormir ou se concentrar, problemas na tomada de decisões ou sensação de sobrecarga. 

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Os participantes da pesquisa haviam feito parte anteriormente do UK Household Longitudinal Study (UKHLS), estudo que tem acompanhado a saúde mental de 40.000 famílias por mais de dez anos, possibilitando uma comparação com a situação psicológica dessas pessoas em um momento anterior à pandemia. 

Segundo o estudo, 27% das pessoas do Reino Unido viviam algum nível de sofrimento psicológico quando preencheram o formulário – antes da pandemia, o total era 19%. Entre os grupos que mais tiveram aumento em seu sofrimento durante a pandemia – ou seja, os mais afetados por toda a situação – , estão os jovens de 18 a 24 anos, as mulheres e os pais com filhos pequenos. 

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O levantamento foi realizado por pesquisadores de várias instituições: Universidade de Manchester, Universidade de Cambridge, King’s College London, Universidade de Swansea, City University e do National Center for Social Research. 

Os autores concluíram: “ao final de abril de 2020, a saúde mental no Reino Unido havia se deteriorado em comparação com tendências anteriores à Covid-19. Políticas enfatizando necessidades de mulheres, pessoas jovens e aqueles com filhos em idade pré-escolar provavelmente irão desempenhar um papel importante na prevenção de futuras doenças mentais”, afirmam no texto da pesquisa. 

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