Museu da Língua Portuguesa reabre com protocolo rígido

Fechado por quase seis anos por causa de incêndio, museu traz novas exposições e exigirá medidas de segurança que devem ser seguidas por visitantes

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Após ficar quase 6 anos fechado Museu da Língua Portuguesa vai ser reaberto para o público no Domingo
Foto: Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo/Divulgação
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O Museu da Língua Portuguesa, que fica na Estação da Luz, em São Paulo, vai ser reaberto para o público dia 1º de agosto, após ter ficado fechado por quase 6 anos. Em dezembro de 2015, um incêndio danificou grande parte do prédio. Neste sábado (31), a cerimônia de reabertura será transmitida ao vivo pelas redes sociais do museu.

A reconstrução foi realizada pelo Ministério do Turismo e do Governo de São Paulo. A obra, de R$85 milhões, foi viabilizada por diversas empresas e instituições, entre elas a Fundação Roberto Marinho, o grupo Itaú, Sabesp e o Governo Federal por meio da lei de incentivo à cultura. As obras foram concluídas em dezembro de 2019. Com a pandemia de covid-19, a reabertura foi adiada para que o museu pudesse adaptar as suas experiências interativas e os seus protocolos de segurança.

A capacidade de público, agora, está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros para evitar toque nas telas interativas. Para visitar o museu, é obrigatório o uso de máscaras, medição de temperatura, uso de álcool em gel. Devem ser seguidas as marcações de distanciamento social.

Nos seus 10 anos de funcionamento, o museu contou com 4 milhões de visitantes, 30 exposições temporárias e 12 prêmios recebidos. Agora irá reabrir as suas portas para um novo capítulo da história. O funcionamento será de terça-feira a domingo, 9h às 18h (bilheteria fecha às 16h30). Os ingressos custam R$ 20 a inteira, R$ 10 a meia entrada e os sábados são gratuitos. Na primeira semana de funcionamento as vendas serão exclusivamente pelo site.


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O que ver: novas e antigas instalações

As exposições mostram a trajetória da língua portuguesa que é constantemente modificada e incorporada por outras culturas. Essa linha do tempo chega até os momentos atuais, onde a linguagem de rua vem ganhando espaço e protagonismo. A ideia é reverenciar tanto a língua culta como a oral, de forma a mostrar que todos fazem parte da sua formação e evolução ao longo dos séculos.

Segundo o site do museu, experiências que já existiam como “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil, e a “Praça da Língua”, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, continuam entre as novas instalações. 

Já as novidades são “Línguas do Mundo”, instalação que conta com máquinas que irão recitar frases de 23 das 7 mil línguas que existem no mundo, “Falares”, que celebra os diferentes sotaques e expressões do português no Brasil, e “Nós da Língua Portuguesa”, que a apresenta a língua portuguesa no mundo e a diversidade cultural da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).

O primeiro andar será direcionado para as exposições temporárias, que traz até outubro deste ano a “Língua Solta”. Essa exposição mostra os diversos desdobramentos do português na arte e no cotidiano. Todo o conteúdo das exposições foi desenvolvido com a curadoria de Isa Ferraz e Hugo Barreto, além da colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas entre outros profissionais renomados da língua portuguesa.


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O incêndio 

Inaugurado oficialmente em 2006, o museu foi tomado por chamas no dia 21 de dezembro de 2015 no único dia da semana em que fechava para o público. O fogo começou no primeiro andar da ala leste na tarde de uma segunda-feira e se alastrou para as torres de madeira, causando a morte de um bombeiro que trabalhava no local. 

Na época, a curadora do museu, Isa Ferraz, lamentou a tragédia, mas reiterou que grande parte do conteúdo queimado estava em arquivos digitais e que, com o tempo, o museu, referência internacional pela maneira de divulgar e promover a língua portuguesa, iria se reerguer.

De acordo com a conclusão do inquérito que apurou as causas do incêndio, o museu atendia a todos os requisitos de segurança e o fogo aconteceu por causa de um curto-circuito no prédio. Graças ao trabalho dos bombeiros, a ala oeste permanece intacta até hoje, original de 1901, e abriga uma nova exposição. 


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