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Educação infantil: escolas não farão revezamento de crianças em São Paulo
As escolas públicas e privadas do município de São Paulo do ensino fundamental e médio só poderão receber inicialmente até 35% de seus alunos, tendo de fazer rodízio, caso o número de estudantes que decida voltar seja maior. Porém, na educação infantil, isso será feito de forma diferente, para que o mesmo grupo de crianças possa frequentar a creche ou pré-escola diariamente.
Segundo a Secretária Municipal de Educação Adjunta da capital paulista, a professora Minea Paschoaleto Fratelli Sonobe, as crianças menores necessitam se adaptar ao novo espaço e com revezamento isso não seria possível, informa reportagem da revista Crescer.
Para tanto, se o número de crianças que pretende voltar às escolas ultrapassar os 35%, será feita uma escolha de quem poderá frequentar as aulas presenciais nesse primeiro momento, com base em critérios de idade e vulnerabilidade social. A seguir, saiba mais detalhes de como funcionarão as escolas de educação infantil no município de São Paulo.
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Data de início das aulas
Escolas públicas e particulares da cidade de Sao Paulo começam o ano letivo no dia 15 de fevereiro, mas podem receber alunos para atividades extracurriculares e de reforço a partir do dia 1o de fevereiro.
Tempo de permanência na escola
O atendimento será no horário normal, de 10 horas diárias para as creches e 6 horas para a pré-escola.
Frequência à escola
Nas creches e pré-escolas, as crianças que optarem por voltar às atividades presenciais, poderão ir à escola todos os dias. “Na educação infantil, nós não trabalharemos com o rodízio. Nós atenderemos o mesmo grupo de crianças diariamente, porque os alunos são pequenos e precisam se adaptar. Por exemplo, eles ficam um período mais curto e esse tempo vai aumentando ao longo dos dias para que eles se adaptem a esse novo espaço. É muito ruim fazer uma adaptação com rodízio. Não achamos adequado para as crianças menores. O grupo que voltar será atendido todos os dias, já os demais permanecem com as atividades online”, explica a secretária municipal de educação adjunta.
Planejamento pedagógico
Todos os educadores retornam às escolas no dia 1º de fevereiro, de acordo com determinação da Secretaria Municipal de Educação. O período entre os dias 1º e 12 de fevereiro será dedicado ao planejamento, com acolhimento dos professores para esse retorno, já que eles mantiveram o seu trabalho de forma remota, organização da recepção das crianças e análise sobre o acesso dos alunos no ano de 2020 às atividades online.
Capacidade permitida
Para não ultrapassar o atendimento de 35% do total das crianças, cada instituição de educação infantil terá de decidir quais alunos poderão voltar primeiro, com base em critérios de idade e vulnerabilidade social. No dia 26 de janeiro será iniciada uma pesquisa para saber quais famílias querem mandar as crianças para escola. “Todas as nossas unidades estarão abertas, mas ao familiar é optativo encaminhar o aluno. “Se uma unidade tiver mais que 35% dos alunos que queiram voltar, haverá uma seleção. Começaremos com as crianças mais velhas e também será considerado o critério de vulnerabilidade dos alunos, se necessário. A prefeitura também criou um comitê científico para acompanhar o retorno às aulas. Mensalmente, faremos análises para avaliar a segurança e se tivemos mais casos. Assim, analisamos se é possível passar para a fase dois, com 70% da capacidade”, afirma a professora Minea.
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Protocolos de segurança
Entre os protocolos previstos, a determinação é que todos os professores usem máscaras e face shield e sejam disponibilizados álcool em gel e sabonete líquido nos ambientes para garantir que todos façam a higiene adequada. Com os bebês, os profissionais usarão luvas. Os alunos também receberão um kit com caneca e sabonete líquido para fazer a higiene.
Interação entre as crianças
Reduzir o manuseio de objetos por várias crianças, assim como a interação entre elas e delas com os educadores durante as brincadeiras e atividades escolares é um desafio para as escolas. A orientação da secretaria é que sejam evitadas atividades coletivas e incentivadas brincadeiras em que cada aluno brinque com o seu objeto, ainda que todos estejam em um mesmo ambiente. Atividades como contação de história e que envolvam músicas e sons devem ser priorizadas.
Segurança alimentar
Foi criada uma coordenaria para cuidar especificamente da alimentação escolar, fornecendo capacitação para os profissionais da área de alimentação e orientações desde o armazenamento até a higienização.
Teste positivo para a covid em crianças ou educadores
Se a escola suspeita que a criança tem sintomas da covid-19, ela é isolada e os professores entrarão em contato com os responsáveis e com a Unidade Básica de Saúde mais próxima. O aluno deve ser afastado, assim como o agrupamento que ele teve contato. No caso de teste positivo, a criança e o seu agrupamento são afastados por 14 dias. O mesmo procedimento é seguido no caso professores ou funcionários da escola que contraírem a doença.
Migração de famílias da rede privada para a pública
De acordo com a professora Minea, em dezembro de 2020 a fila da creche foi zerada, o que significa que todas as famílias interessadas em matricular seus filhos de 0 a 3 anos na rede pública puderam fazê-lo. “Nós estamos preparados e há vagas disponíveis. Só no mês de janeiro, até o dia 12, nós matriculamos 12.500 crianças em creches na nossa rede”, diz a secretária.
A segurança na volta às aulas presenciais
“Para além de dizer que é seguro as crianças voltarem, acho que precisamos frisar que é necessário. A escola é o espaço da infância. Na escola, a criança passa por situações de aprendizagem e desenvolvimento. A escola é o local que a criança está segura. Lá é o lugar onde damos conta de alimentá-la bem e garantimos a segurança e a integridade dela. O aluno é assistido de todas formas. Mais do que nunca as crianças precisam voltar para escola”, conclui Minea.
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