‘Conta Pra Mim’: programa do MEC dá dicas para incentivar leitura na primeira infância

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Pai e bebê olham para livro infantil ilustrando matéria sobre programa 'Conta Pra Mim', do MEC, que incentiva leitura na primeira infância.
Programa dá dicas para pais e responsáveis sobre como incluir práticas de literacia familiar no dia a dia.
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Neste período de isolamento social, as famílias estão passando mais tempo juntas. E os pais podem aproveitar para participar mais ativamente do processo de aprendizagem das crianças. É uma boa oportunidade, por exemplo, de praticar a literacia familiar, que propõe um maior engajamento dos pais e responsáveis no incentivo à leitura de bebês e crianças, sendo extremamente importante para o desenvolvimento intelectual dos pequenos na primeira infância – que é um período fundamental para a aquisição de habilidades que facilitarão a leitura e a escrita. E uma dica para começar é conferir o programa do governo federal “Conta Pra Mim”.  

Lançado pelo Ministério da Educação (MEC) no último mês de dezembro, o programa “Conta Pra Mim” faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA) e incentiva a prática da literacia familiar. A literacia familiar é um conjunto de estratégias simples que as famílias podem colocar em prática em sua rotina para trabalhar o hábito da leitura nas crianças desde a primeira infância. São técnicas que levam ao desenvolvimento linguístico, trazendo aos pequenos uma maior clareza para falar e uma maior autonomia para ler e escrever – auxiliando, assim, no processo de alfabetização.

O programa “Conta Pra Mim” oferece um guia com orientações e dicas simples e diretas para as famílias. O guia foi elaborado com o apoio de especialistas na área da alfabetização da primeira infância e explica como aplicar as melhores técnicas de literacia familiar no dia a dia. Também há uma série de 40 vídeos com instruções para pais e responsáveis. Os materiais podem ser adaptados à sala de aula por professores.

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Em entrevista ao site da organização sem fins lucrativos Nova Escola, Catherine Snow, professora da Universidade de Harvard e referência para as políticas de alfabetização do MEC, diz que a literacia familiar não envolve necessariamente o uso de livros ou outras referências de língua escrita. 

“Envolve todas as práticas para as quais usamos a leitura e a escrita – fazer listas, manter um calendário, mandar mensagens, assim como ler jornais e livros. Literacia familiar pode significar modelar essas práticas e engajar crianças nelas, como, por exemplo, fazer uma lista de compras ou planejar uma rota de ônibus para a cidade”, diz. 

Ou seja, a literacia familiar não é somente ensinar a leitura para as crianças. Ela também pode envolver cantar, brincar, contar histórias, cozinhar, fazer contas matemáticas, fazer jogos de palavras, observar rotas passeando pela cidade, entre outras atividades estimulantes. A mais importante para Snow, no entanto, é a conversa. 

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“Outra indicação chave do sucesso para a literacia são as habilidades linguísticas. Pais que conversam muito com suas crianças, sobre uma série de assuntos diferentes, constroem o vocabulário e o conhecimento que crianças usarão quando eles começarem a ler livros na escola. Ou seja, literacia familiar não significa ensinar crianças a ler em casa, mas ajudá-las a construir conhecimentos que possam ser usados quando começarem a ler. Não é obrigatório que os pais sentem com suas crianças para exercitar o conhecimento das letras do alfabeto. A mais poderosa prática de literacia familiar é estimular conversas com as crianças, da infância em diante”, declara a professora. 

As técnicas de literacia familiar auxiliam no processo de alfabetização e no desenvolvimento intelectual das crianças, contribuem para a construção de um hábito de leitura dos pequenos, trazem um maior envolvimento dos pais e ainda podem servir para reforçar laços familiares. Confira os materiais do programa “Conta Pra Mim” clicando aqui

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2 COMENTÁRIOS

  1. Esse programa foi implantado acredito mesmo que foi e será para colocar as nossas crianças cada vez mais a frente da interação com a leitura

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