Doenças de inverno: 6 cuidados para evitar que as crianças adoeçam

Bronquiolites, resfriados, crises de asma e complicações relacionadas a esses quadros tiveram sua incidência diminuída nos pronto-socorros infantis este ano, mas o clima seco e a mudança brusca de temperatura pedem atenção

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Doenças de inverno: 6 cuidados para evitar que as crianças adoeçam; na imagem, criança de blusa vermelha segura copo d'água sorridente
A ingestão de água deve ser incentivada e monitorada nos bebês e nas crianças
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A pandemia do novo coronavírus afastou as crianças da escola e da convivência com outras crianças, diminuindo muito a circulação não só do novo vírus, mas também de inúmeros outros, principalmente respiratórios, que acometem essa faixa etária nos meses de outono e inverno e costumam causar as chamadas doenças de inverno.

Tem sido um ano em que os pronto-socorros e unidades de internação pediátricos não viveram o seu pico de demanda habitual.

Bronquiolites, resfriados comuns, gripe, crises de asma e complicações relacionadas a esses quadros, como pneumonias, otites e sinusites, que costumavam levar as crianças ao hospital, tiveram sua incidência diminuída e alguns serviços optaram até por reduzir a quantidade de profissionais disponíveis para esses atendimentos.

Se, por um lado, agradecemos essa diminuição das doenças de inverno e também o fato de que o coronavírus não tem as crianças como o seu principal alvo, por outro, não podemos afirmar que a saúde das nossas crianças está melhor. Consultas de rotina foram canceladas, milhares de doses de vacina deixaram de ser aplicadas e o isolamento prolongado ao qual as famílias tem se adaptado a duras penas tem levado a inúmeras consequências para o bem-estar infantil.

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Mas nem tudo tem relação com o coronavírus. Mesmo em isolamento, estamos ainda em época de inverno e sujeitos às intempéries do tempo seco e da grande amplitude térmica que costuma acontecer nessa época do ano. Garganta seca e irritada, olhos que coçam, nariz escorrendo, sintomas que podem até disfarçar o início de uma infecção viral e deixar apreensivos os pais e familiares, pensando até se não pode ser a Covid-19.

Já dizia o ditado: prevenir é sempre melhor que remediar. Por isso, algumas medidas podem ser tomadas para lidar melhor com a baixa umidade do ar e mudanças bruscas de temperatura e, assim, evitar os desconfortos causados pelo clima e mesmo que as crianças adoeçam.

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Dicas para evitar as doenças de inverno

·         1. Hidratação: a ingestão de água deve ser incentivada e monitorada. Bebês e crianças pequenas que ainda não têm autonomia ou não conseguem comunicar a sede são mais vulneráveis nesses períodos de seca. Copos de treinamento são aliados no desenvolvimento do hábito de beber água e devem estar disponíveis em livre demanda desde o momento em que a criança atinge autonomia e consegue beber sozinha.

·         2. Umidificadores de ar: o uso de umidificadores de ar ajuda bastante a evitar sintomas do tempo seco, mas há de se tomar cuidado com a higienização do aparelho que precisa ser feita pelo menos uma vez por semana, de acordo com as recomendações do fabricante do aparelho.

·         3. Limpeza nasal com soro fisiológico: hábito que promove a hidratação das mucosas e retirada mecânica de alérgenos e poluentes. O volume utilizado na limpeza varia conforme a faixa etária, mas é indicado desde os primeiros dias de vida.

·         4. Uso de colírios lubrificantes: a sensação de secura ocular pode piorar com o maior tempo de uso de telas que comprovadamente tem acontecido nessa quarentena. O uso de colírios que imitam as lágrimas – lágrimas artificiais – pode ajudar.

·        5.  Hidratação da pele e lábios: o melhor produto também depende do tipo de pele e da faixa etária. A hidratação promove o fortalecimento da barreira cutânea, evitando ressecamentos e fissuras, sendo fundamental para enfrentar dias secos e frios.

·         6. Vestimenta adequada: estar preparado para as mudanças de temperatura ficou mais fácil com a tecnologia. Hoje temos a previsão do tempo a um toque no smartphone e adequar a quantidade de roupa ao ambiente evita o desgaste metabólico provocado por mudanças bruscas de temperatura.

Crianças alérgicas, com diagnóstico de dermatite atópica, rinite e asma, merecem ainda mais atenção pelo maior risco de exacerbações. Medicações para controle de outros sintomas alérgicos podem ser indicadas após consulta com pediatra ou especialista em alergia e medicações de uso contínuo não devem ser suspensas sem a avaliação médica, mesmo que a criança aparente estar bem.

Se houver dúvidas em relação aos sintomas apresentados, o pediatra deve ser consultado.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

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