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O que você diz sobre o seu filho (ou para ele) pode influenciar seus pensamentos e atitudes para sempre

Eu sou mãe como você e às vezes sei que as palavras saem da nossa boca sem que a gente perceba. Hoje entendo que o que dizemos certas vezes pode não ser por “mal”, mas, na verdade, faz mal.
Não raro, dizemos frases como: “Ah este menino não come verdura nem amarrado”, “Ela não come fruta nenhuma”, “Ele adora uma tranqueira” e “Ele não tem jeito mesmo”.
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De tanto falarmos, essas afirmações se tornam comuns no dia-a-dia das crianças, e elas, de tanto escutarem, assumem como sendo suas verdades. Carregam isso ao longo de suas vidas, criando crenças que as limitam de alguma forma.
Essas crenças irão servir como uma espécie de desculpa inconsciente para as crianças não serem quem poderiam ser, mantendo-se na nossa zona de conforto e segurança, sem perceberem o quanto estão prejudicadas. Estou falando aqui sobre a comida, mas vale para tudo.
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O que dizemos sobre nossos filhos ou para eles, pode influenciar seus pensamentos e atitudes por toda a vida.
Tudo que aprendemos, ouvimos e vemos, desde a primeira infância, registramos em nossa mente inconsciente e ela nos faz repetir estes “aprendizados” ao longo de nossas vidas.
Por exemplo: eu escutei a minha vida inteira que era gulosa, que comia por dois, que comia com os olhos. Inconscientemente assumi isto como minha verdade de tanto escutar das pessoas a minha volta.
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E acabei assumindo esse comportamento como sendo verdadeiro. No meu mundo, eu era gulosa, comia com os olhos e em grandes quantidades. E meus hábitos reforçavam essas crenças, virando uma bola de neve: eu de fato comia muito e era gulosa, e ao ouvir isso, continuava comendo mais e sendo gulosa, já que haviam me dito que eu era assim mesmo. Resultado: fui obesa boa parte da minha vida.
Por isso, pense antes de falar algo para o seu filho ou de criticá-lo, mesmo que esteja cansada, apressada ou irritada. Pense antes de falar, principalmente neste período onde você está fora de sua rotina, tendo que se adaptar a um cotidiano totalmente novo – e ele também. Evite, portanto, falar algo que possa gerar nele uma crença limitadora.
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Se perceber que está saindo do sério, pare e respire profundamente por três vezes. Isso permitirá que você provoque alterações neuroquímicas em seu corpo e assim possa refletir melhor antes de agir ou falar.
Não é que as críticas e os comportamentos inadequados não mereçam uma conversa. Mas o ideal é fazer isso quando os ânimos estiverem mais calmos. Além disso, em relação às comidas, opte por sempre dizer frases de incentivo e que destaquem o que ela gosta de comer – e, não, o que ele não come. Diga por exemplo: “Ele tem uma alimentação bem variada” ou “Ele adora frutas como banana e tangerina”. Dessa forma, a criança vai se sentir mais segura e animada para adotar esses hábitos.
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Andrea Romão
Andrea Romão é psicóloga há mais de 20 anos, pós-graduada em Gestão de Pessoas, com certificações internacionais em Coaching, Programação Neurolinguística, Neurociência e EFT (Emotion Freedon Tecniques). Há dez anos, trabalha com reeducação emocional, ajudando adultos e crianças a entender e lidar com as suas emoções.
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