Dia Internacional da Mulher: cada uma de nós apoia a outra e se apoia individualmente

Celebração da data reforça importância de uma consciência coletiva quanto a um maior respeito às vontades e individualidades de cada mulher, destaca educadora parental

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Numa enquete que lancei no Instagram, perguntava às mulheres o que elas sentiam que precisavam desenvolver mais nelas. Entre as respostas que recebi, elas citaram aspectos como:

  • “Mais confiança”
  • “Ser assertiva na comunicação e conseguir me conectar mais”
  • “Ser mais paciente e tolerante”
  • “A forma como comunico”

As participantes da pesquisa têm entre 32 e 46 anos – uma idade em que é esperado que já tenhamos adquirido as competências acima. Pelo menos, quando penso nos meus filhos, espero que eles saibam fazer tudo isso antes de atingirem a idade em que serão legalmente, adultos. Então, como é que eu exijo isso deles e não de mim?

Ser tudo isto nos dá uma qualidade de vida imensa. Quando somos firmes, quando sabemos ser pacientes e quando conseguimos ser tolerantes também ensinamos os que vivem conosco a sê-lo. Na verdade, a melhor forma de nos desenvolvermos é estando com pessoas que já o são. Então, se você ainda tem dificuldade em ser corajosa e dizer que não, ou se gostaria de ter uma voz mais firme ao falar ou se fica brava com facilidade e preferiria não ser assim, pergunto: com quem você tem andado? Quem são as pessoas que fazem parte da sua vida e de que forma você se permite aprender com elas? Não tem essas pessoas na sua vida? Olha que bela ocasião para começar a procurá-las! 

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Quando trabalhamos tudo isso, deixamos de dizer coisas como “Eles vão ouvir o que eu tenho para dizer”. Paramos com frases do tipo “Eles vão passar a me respeitar.” Na verdade, vamos deixar de colocar o poder na outra pessoa e vamos dizer o que temos para dizer porque queremos dizê-lo. Vamos deixar de pedir ao outro para nos respeitar e vamos mostrar como é que nos respeitamos. Vamos aprender a fazer isso! 

O Dia Internacional da Mulher continua a existir por vários motivos – pela necessidade de equidade em termos profissionais, pela violência doméstica, pelo fato de muitas meninas não terem direitos em muitos países desse mundo afora. E, a par de tudo isso, é necessária uma consciência coletiva, em que cada mulher apoia a outra e se apoia individualmente. É urgente que possamos crescer, cuidar de nós com foco, com carinho e com a certeza que, ao fazê-lo, estamos a fazê-lo por nós e pelas outras mulheres à nossa volta e também pelas nossas filhas.

O Dia da Mulher é para ser celebrado, recordado todos os dias. Se cada uma de nós começar por si, pela coragem de dizer que sim ou que não (ou o que bem entender), pela capacidade em ser mais paciente, inteligente e madura, então, esse pequeno movimento irá inspirar muitas mais mulheres. Para isso, basta esta simples questão: quem é que eu quero ser enquanto mulher? A resposta pode ser infinita.

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

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Magda Gomes Dias
Magda Gomes Dias, 44 anos, tem dois filhos: Carmen, 12 anos, e Gaspar, 9 anos. É natural do Porto, Portugal, e fundadora da Escola da Parentalidade e Educação Positivas, onde oferece programas de certificação e especialização na área. Autora do blog 'Mum's the boss', escreveu os best-sellers 'Crianças Felizes' e 'Berra-me Baixo', além do livro 'Para de Chatear a Tua Irmã e Deixa o teu Irmão em Paz'.

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