O elo que existe entre pais e filhos é uma das ligações mais fortes da natureza. Prova disso é que dentre todos os relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossa vida, o único que permanece para sempre é aquele que estabelecemos com o bebê em suas primeiras semanas de vida.
Ao longo de anos de pesquisa, cientistas e especialistas em desenvolvimento infantil vêm descobrindo detalhes fascinantes sobre essa conexão.
É com os pais, na primeira infância, que as crianças vivem suas primeiras experiências afetivas. E é através das experiências satisfatórias que elas desenvolvem autoestima e amor próprio, crescem seguras e amadurecidas emocionalmente e tomam consciência positiva de si mesmas.
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A falta deste amor na primeira infância pode implicar em vários transtornos na fase adulta. A negligência no cuidado e no amor faz com que a criança não se sinta segura para gostar de si mesma, que sinta como se não fosse digna de receber amor. Além disso, ela pode desenvolver um sentimento de vazio que faz com que busque, de forma compulsiva, a satisfação externa por meio de um brinquedo, quando pequena, e, ao crescer, por meio da comida, podendo se estender também à bebida, ao cigarro e às drogas.
Essas crianças correm o risco de tornarem-se adultos com a autoestima e o amor próprio desenvolvidos de forma precária. Na tentativa de suprir este vazio, claro que de forma inconsciente, vivem a eterna busca pela aprovação. Nos relacionamentos, querem agradar, serem aceitos, não conseguem dizer não e têm medo dos julgamentos. Com os pais, buscam o reconhecimento a todo custo. Carregam sentimentos negativos como mágoa, frustração e raiva por se sentirem preteridos. Trazem lembranças como: “Minha mãe me criticava em tudo” ou “Eu sempre era excluído das brincadeiras” ou “Eu me lembro do dia em que minha mãe me esqueceu na escola”, entre outros.
É por isso que as relações de amor na primeira infância são tão importantes, são fundamentais para a manifestação de uma personalidade marcada pela autoconfiança.
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Demonstrações de afeto, carinho e palavras de afirmação como ‘Você fez isso bem feito, parabéns’, ‘Eu te amo’, ‘Ótimo que pode me ajudar nisso” ou ‘Tenho orgulho de você’, são ingredientes importantíssimos para criar adultos seguros e confiantes em si próprios e na sua capacidade de enfrentar os problemas que a vida trará. As crianças precisam da aceitação dos adultos a fim de desenvolverem uma autoestima positiva.
Ajude a sua criança a crescer com uma forte autoestima, não permita que ela busque em outros lugares o amor e o carinho que você mesmo pode dar.
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