Veja como evitar e tratar a dermatite da área das fraldas

Confira as dicas de prevenção e tratamento das assaduras

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Da Redação – A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou o documento científico “Dermatite da área das fraldas – diagnóstico diferencial“, com dicas para a prevenção e tratamento de dermatites – as famosas “assaduras”.

A dermatite de fraldas é a forma mais frequente de dermatite de contato na criança. Até os 2 anos de vida, 25% das crianças apresentarão esse problema, segundo as estimativas da SBP. De acordo com o documento, a lesão cutânea na dermatite das fraldas é ocasionada por múltiplos fatores, como o aumento da umidade, pH elevado, enzimas fecais e micro-organismos que se desenvolvem pela condição ideal pela oclusão.

A irritação também ocorre pela limpeza e, principalmente, pela utilização de lenços úmidos contendo álcool ou sabões com pH alcalino.

Os responsáveis pela elaboração do documento científico destacam que esses fatores são constantes e, enquanto a criança estiver utilizando fraldas, medidas preventivas devem ser aplicadas até o momento da retirada das fraldas.

O texto traz relevantes contribuições para prevenção e o tratamento dos problemas relacionados ao tema para os pediatras, mas também poderá ajudar outros especialistas da medicina e de outras categorias profissionais da área da saúde, bem como aos pais e responsáveis.

CLIQUE AQUI para ler o documento na íntegra.

 

Veja as dicas de prevenção:

1) Lavar as mãos antes e depois das trocas

2) Trocar a fralda o mais breve possível quando a criança urina ou evacua

– No caso do recém-nascido: a cada 1 a 2 horas de dia e pelo menos uma vez durante a noite

– No caso do lactente: a cada 3 a 4 horas de dia

3) Limpeza

– Não esfregar para evitar dano

– Limpar o períneo da frente para trás

– Não remover toda a camada de creme de barreira se não houver resíduos

4) Deixar a região perineal exposta ao ar um tempo

5) Aplicar o creme de barreira – camada que cubra toda a região exposta

Veja as dicas de tratamento:

1) Trocar fraldas com maior frequência – trocar o mais breve possível após cada evacuação ou micção. Nos recém-nascidos, a cada 2 horas e, à medida que diminui o número de evacuações, a troca a cada 3 a 4 horas é adequada. As fraldas cada vez mais absorventes evitam a hiper-hidratação e diminuem o contato com urina e fezes.

2) Limpar suavemente – a limpeza deve ser realizada com água fria ou morna e sabonetes com pH ácido. Esta medida permite manter o manto ácido. Na presença de fezes utilizar um sabonete infantil líquido. Os lenços úmidos, desde que sem álcool ou fragrância, podem ser uma opção para a limpeza ocasional. Limpar de maneira muito suave, sem esfregar a pele e enxugar com suavidade.

3) Expor a pele ao ar – expor o períneo ao ar logo após a limpeza, para secar a pele melhor.

4) Aplicar cremes de barreira – a utilização contínua nas trocas de fralda é uma medida eficaz de prevenção da dermatite de fraldas e também tem efeito terapêutico. Os cremes de barreira formam um filme lipídico que protege da umidade e evita o contato com irritantes. Deve ser hipoalergênico e dermatologicamente testado. Estes produtos exercem atividade protetora e preventiva ao mesmo tempo, por meio da formação de um filme na superfície cutânea. Devem ainda ser de fácil aplicação e inócuos para a pele da criança. A maioria dos cremes de barreira contém os ingredientes ativos óxido de zinco e/ou petrolato, além de óleo de fígado de bacalhau, aloe barbadensis, dimeticona, e dexpantenol. O creme deve ser aplicado em uma camada que cubra as áreas passíveis de lesão, nas trocas subsequentes não é necessário remover toda a camada, as áreas que não contiverem resíduos de fezes podem ser mantidas e se renova aplicação.

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