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Sinais de alerta: saiba como identificar se seu filho não está lidando bem com a quarentena
A pandemia do coronavírus mudou a vida dos adultos no mundo inteiro. Todos estão se adaptando a um novo jeito de viver por um tempo (que não se sabe quão longo será). E a vida das crianças também mudou. Alguns vão se adaptar fácil, mas outross vão precisar de ajuda para lidar com tudo isso. Você sabe quais são os sinais de alerta em relação à saúde emocional dos seus filhos nesse período de quarentena?
Uma das idealizadoras do workshop “Treinamento de Pais”, a psicóloga mineira Patrícia Noleto lembra que crianças expressam suas emoções através de comportamentos. É preciso que os pais fiquem atentos a reações que têm por trás a dificuldade da criança lidar com as mudanças que estão acontecendo em volta dela e precisa de ajuda.
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Confira os 5 comportamentos que podem indicar que a criança não está bem:
- Apatia: quando a criança fica
desanimada, sem energia, perde a espontaneidade, o riso fácil. É diferente de
ficar entediada em algum momento. É algo que dura mais tempo e se repete em
vários dias. - Agressividade: a criança fica explosiva, se irrita com
facilidade, tem reações de raiva desproporcionais ao fato. É natural sentir
raiva nesse momento, mas ser agressivo com o outro em diversas situações do dia
pode ser um sinal de que algo não vai bem. - Insegurança: quando criança começa a ter
medos que não tinha antes, solicitando sempre a presença dos pais. Por exemplo,
não quer ficar em um cômodo da casa se não tiver alguém por perto, não vai mais
ao banheiro sozinho. - Hiper vigilância: é quando a criança fica
constantemente em estado de alerta. Começa a vigiar os adultos, se estão
lavando as mãos, se higienizaram os produtos que chegaram da rua. Podem também
ficar buscando informações sobre o Covid 19 na internet, em programas de
televisão ou em redes sociais. - Indiferença: quando a criança não expressa
nenhuma emoção em relação ao que está vivendo. Não diz que está com saudade dos
amigos, não relata tristeza por não ver os avós, não demonstra raiva ou medo
por não poder fazer coisas que fazia antes. Nessas situações a criança está
desconectada das próprias emoções, como se tivesse anestesiada, sem sentir
nada.
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E como agir se você identificar um desses sinais no seu filho?
1. Comece sempre pelas emoções. Identifique qual delas tem aparecido mais. Na apatia e na indiferença a emoção desregulada é a tristeza. Na agressividade, a raiva. Na Insegurança e na hipervigilância é o medo.
2. Valide a emoção da criança. É normal se sentir assim nesse momento. Explique que sentir muito uma dessas emoções pode virar uma dificuldade e que conversar sobre o que ela sente pode ajudá-la a se sentir melhor. Uma forma de conversar com a criança é desenhar como a vida dela era antes e como está agora.
3. Explique que existem comportamentos que ajudam a se sentir melhor. Brincar, ouvir música, dançar, fazer um bolo juntos, ler histórias e desenhar, por exemplo. E existem comportamentos que atrapalham: ficar muito tempo na TV ou jogando um jogo eletrônico, passar o dia deitado sem usar a criatividade, dormir e acordar tarde. Peça que durante o dia ele escolha fazer um dos comportamentos e dizer como se sente depois.
4. Se perceber que os sinais continuam, procure ajuda de um psicólogo infantil.
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