Artigos
Seu bebê chora na escola? 7 dicas para ajudá-lo

Quem nunca sentiu um aperto no coração ao deixar o filho com as professoras e ele abrir aquele berreiro? O começo das aulas pode ser um momento desafiador para o bebê – que não está acostumado com um ambiente novo e pessoas diferentes a sua volta. E mesmo aqueles que já frequentam a escola, podem sofrer com a mudança na rotina e a saudade de casa e dos pais. Estes, inclusive, também podem sofrer com a adaptação, se não estão habituados a passar horas longe do filho e mesmo se sentem inseguros em deixar o seu ‘tesouro’ com outras pessoas.
Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), explica que é importante dar atenção à criança e conversar com ela sobre o assunto, mesmo que ela não entenda tudo o que falamos. “Na hora de deixá-lo com as professoras, os pais devem se mostrar firmes e passar segurança aos pequenos”. Abaixo, confira as dicas que elaboramos com a ajuda da especialista para os primeiros dias na volta às aulas.
O que fazer para lidar com o choro na escola
- Prepare seu filho alguns dias antes de as aulas começarem, para que siga uma rotina de sono e de alimentação semelhante à que terá na escola – e assim não estranhe tanto o tempo fora de casa. Durante o dia, programe as refeições, lanches e sonecas em horários próximos aos praticados no berçário. À noite, calcule a hora de deitar do seu bebê de modo que durma entre 10 horas e 12 horas por dia, e de acordo a isso, programe tempo para o jantar e a rotina de antes de dormir.
- Se a criança já sabe andar, evite levá-la no colo ao entrar na escola. Você pode acompanhá-la pela mão até a sala de aula, para que ela tenha certa independência. “Inclusive, tem escolas que permitem que o pai deixe o filho e o material na sala, e depois a própria criança acompanha o pai até a saída. É uma prática interessante também”, conta Maria Angela.
- Ao se despedir, procure se mostrar confiante e passar segurança, sem demonstrar pena da criança. Se ela reconhecer que você está tranquila, provavelmente vai se sentir mais segura também. É preciso ser firme e não voltar atrás, para que ela entenda que precisa ficar ali.
- Se o choro é inevitável, busque identificar a sua origem: pode ser mesmo insegurança, mas também dor ou algum incômodo, por exemplo. Certifique-se de que o bebê está bem disposto, alimentado e com a fralda limpa. Se ainda assim ele continua chorando, tenha paciência e explique, olhando nos olhos dele, que você precisa sair, mas que voltará mais tarde para buscá-lo. Mostre também as coisas boas da escola e diga que ele poderá se divertir com brinquedos diferentes dos que tem em casa e com os amigos da turma.
- Saia de cena: enquanto você está presente e seu bebê o vê, ele pode ter a esperança de ir embora para casa, ou pode achar que você passará a tarde junto com ele. Nos primeiros dias, os próprios coordenadores pedagógicos orientam a ficar um pouco na escola e aguardar a criança se tranquilizar, antes de ir embora. Caso ela siga chorando e reclamando a ausência dos pais, o melhor é ficar um tempo em algum lugar próximo, na secretaria ou num café, por exemplo, sem que seu filho a veja. O importante é ele saber que você está por perto.
- Deixe com a criança algo que a lembre de casa, como um brinquedo, manta ou algum objeto com o qual tenha afinidade. Remetê-la ao lar pode ser uma maneira de reconfortá-la e deixá-la tranquila quando a saudade bater. Vale lembrar que é preciso combinar com a escola para saber o que é permitido levar e até quando a criança vai precisar desse lembrete.
- Você também precisa se preparar para esse momento: acostume-se com a ideia de que a criança vai passar mais tempo longe de casa e com outros educadores. Pode dar uma certa insegurança ter de deixar o seu ‘bem’ mais precioso com outras pessoas, mas é preciso confiar no trabalho da escola – afinal, se ela foi a escolhida, é porque você gosta do serviço oferecido e confia na equipe de docentes e auxiliares. Deixar a criança na casa de algum parente ou conhecido por algum tempo, antes das aulas começarem, pode ser uma forma de ajudar a ambos – pais e filho – a se familiarizarem com a separação.
Luísa Laval
Apaixonada pela infância por parte de casa e por parte de trabalho: ajudou a cuidar (e fez bagunça junto) de quatro irmãos e coordena o Projeto Velejar, que promove atividades lúdicas e educativas para meninas da Vila Missionária, em São Paulo. Atua em iniciativas sociais desde 2014.
VER PERFILAviso de conteúdo
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O site não se responsabiliza pelas opiniões dos autores deste coletivo.
Veja Também
Gripe K e H3N2: o que os pais precisam saber sobre a “nova gripe” que acendeu alerta no mundo
Variante do Influenza já tem primeiro caso identificado no Brasil. Segundo especialistas, a vacinação continua sendo a principal proteção para...
Por que o refluxo atinge quase todas as gestantes (e o que realmente vale a pena fazer)?
Alterações hormonais e o crescimento do útero aumentam o risco de azia e regurgitação. Gastroenterologista ensina medidas simples — e...
Entrada, prato e sobremesa: 3 receitas práticas para facilitar o Natal
A palavra do fim de ano é “simplificar”. Que tal começar pela ceia?
Por que as festas de fim de ano são tão difíceis para crianças com seletividade alimentar (e como ajudar de verdade)
Pratos desconhecidos, aromas novos e comentários de familiares podem transformar a ceia em um enorme desafio emocional para crianças seletivas....






